terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Em caso de doença grave, e “Sem céu e Sem chão” - De menos as “licenças de maternidade e acidentária”, e prejudicando ainda a própria saúde! 322 Empregados da Vale votaram a favor do corte do “PLR 2019/2020” sabendo que a “doença não tem aviso”

“PLR 2019/2020” – Proposta mais crítica e polêmica dos últimos tempos! “O que nós aprovarmos aqui hoje não influencia na ‘Plr’ deste ano”, esclareceu o André Viana

Sem ter a noção da a nova prosta do benefício, 322 empregados da Vale aprovam a nova 'Plr-2019/2020 (Foto/Rodrigo Ferreira)

Cerca de 542 empregados da Vale S/A compareceram na sede da Associação dos Técnicos Industriais da Vale (ATIVA) para aprovar a mais recente proposta polêmica do novo cálculo da “Participação de Lucros e Resultados (PLR-2019/2020) equivalentes a 7 salários mínimos de “R$ 6.986,00” durante a assembleia desta quinta-feira (25), do qual a proposta que foi crítica e imposta pela própria mineradora permitindo o corte do benefício destes trabalhadores que se ausentar das atividades minerárias acima de 12 meses. Quando se trata em caso de afastamento por problemas de saúde que acabam resultando em licenças médicas durante as atividades rotineiras. Sendo que somente os trabalhadores da mineradora que estiverem afastados durante o período de 3 messes que equivale a 90 dias de afastamentos por problemas de saúde receberão o beneficio integral da mineradora, e sem nenhuma dedução nos valores destes recebimentos dentro das conformidades de suas funções. Como a prioridade principal, os empregados da mineradora com afastamentos por licenças de maternidade e acidentária serão os grandes beneficiários desta nova proposta da “Plr - 2019/2020” que serão pagos a partir do dia 1º de Março do ano que vem. Já a “Plr” deste ano serão pagos integralmente, e sem haver nenhum prejuízo sequer no momento. Sendo que a nova proposta da “Plr - 2019/2020” foi aprovado com 322 votos favoráveis e 185 votos contrários com apenas 4 votos brancos. Para entender, a “Plr” será paga dentro dos cálculos salariais dos demais colaboradores da mineradora que foram acordadas com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Extração do Ferro e Metais Básicos de Itabira e Região (Metabase) ainda no ano passado. “O que nós aprovarmos aqui hoje não influencia na ‘Plr’ deste ano, e somente influencia na ‘Plr’ do ano que vem”, esclareceu.

André Viana apresentou a nova proposta da 'Plr'
(Foto/Tonny Morais/Acom Metabase)
Segundo o presidente do Sindicato Metabase, vereador André Viana Madeira (Podemos), ele ainda confirmou a nova proposta do novo modelo da “Plr - 2019/2020” que foi apresentada pela Vale durante a última reunião com a mineradora que aconteceu na penúltimasemana de terça-feira (15). Sobre o acordo dessa nova proposta da “Plr” que foi feito com a mineradora no ano passado durante a gestão do ex-presidente  (2002/2018) do Metabase, vereador Paulo Soares de Souza (PRB). Sendo que esse acordo foi feito através de empréstimos no valor de “R$ 1 Mil” que foram tomados pelos empregados da mineradora durante a gestão de seu antecessor, e ainda havendo descontos deste valor de ½ (R$ 500,00) salário que serão divididos de duas vezes para serem abatidos durante o pagamento deste beneficio a partir de março do ano que vem. “Então, sobre este ano existe uma conversa da atualização do fechamento do ultimo trimestre. Ainda não é oficial por que a ‘Vale’ vai enviar o relatório final para a bolsa de valores, e para a comissão filiada fazer as avaliações e enviar o resultado no mês de fevereiro. Existe uma conversa de uma ‘Plr’ [Participação de Lucros e Resultados-2019/2020-] em Itabira, e em torno de ‘6,5’ salários mínimos para cima, e existe em algumas áreas [a Plr] que já chegou a ‘6,8’ [salários mínimos superiores]. Pode ser que alguma área [da Vale] atinja o teto máximo que é de sete salários”, explicou.

André Viana falou  sobre o novo modelo da proposta da 'Plr' de 2020
(Foto/Rodrigo Ferreira)
Durante a assembleia para a discussão da aprovação da “Plr - 2019/2020”, André Viana ainda apresentou o novo modelo de proposta deste beneficio com a extinção do Fluxo de Caixa Operacional (FCO) que atualmente calcula os valores dos benefícios dos empregados da mineradora, e sendo que o “Fco” será trocado por indicador muito conhecido pela quase totalidade das empresas de capital aberto (S/A), e os Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization “lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização com ações negociadas em bolsa de valores” (EBITDA). Que será medido através dos cálculos que serão feitos pela ‘Vale’ para fazer os pagamentos deste beneficio por este novo modelo de medidas de valores no mercado financeiro, e dentro das conformidades dos pisos salariais desses empregados da mineradora em suas funções. “Então, hoje se utiliza-se o ‘Fluxo de Caixa Operacional [FCO]’. Tanto o  ‘Fluxo de Caixa Operacional’ como o Ebitida [lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização com ações negociadas em bolsa de valores], e eles são indicadores econômicos globais que visam a externar a condição de uma empresa para o mercado financeiro. Então, quando você fala de ‘Plr’. Você não está falando só de empregados [da Vale]. A empresa tem interesse nesse assunto não é por que ela é boa, e não é por que ela preocupa com você que está no somente. Uma ‘Plr’ e um resultado de mercado reatrai investidores. Ele atrai os famosos investidores da bolsa [de valores] e os papeis. Por que o dono da empresa não é o Rodrigo Chaves o gerente geral [da vale]. O dono da empresa são os [grandes] investidores espertos e os grupos de ‘Rolderings’ que investem na empresa. Então, quando se calculam uma ‘Plr’ a empresa não está fazendo algo por que ela  quer tão somente por saúde, e ela está dizendo pro mercado que ela é uma boa opção de se investir, e ela usou até agora o ‘Fco’. Qual que é a diferença de ‘Fco’ para o ‘Ebitida’?”, comparou.              

André Viana falou sobre outro ponto da nova "Plr" nesta contrapartida
(Foto/Tonny Morais/Acom Metabase) 
Outro ponto da nova proposta da nova “Plr - 2019/2020”, André Viana ainda esclareceu aos trabalhadores da mineradora que estiveram presentes na assembleia para aprovar a proposta mais polêmica de todos os tempos da história da mineradora, e fez mais comparações na diferenciação entre o “Ebitida” e o “Fluxo de Caixa operacional”. “O ‘Fco’ tem um cálculo sobre o poluente que analisa o volume de valor de mercado [da Vale]. Você pode ter uma empresa que produz muito e vale muito mais do que produz? Pode! É o caso da vale. Recentemente, a ‘Vale’ voltou a ser uma das maiores marcas do mundo. Então, quando você analisa rendimentos pelo ‘Fco’? Você está fazendo análises fiscais para descontar os impostos fiscais; ‘não tem como a empresa omitir’, ‘não tem como a empresa manipular’. Por que o rendimento só é analisado depois que paga esses impostos oficiais. Se é um muito imposto ou pouco esse é um problema do governo federal e não é do trabalhador. A empresa não pode querer penalizar o trabalhador por causa dessa sigla, então, o poluente é mais fiel. Então, o ‘Fco’ ela avalia quanto vale a marca ‘Vale’, é um dos itens dentro do indicador. Se a ‘Vale’ produziu ‘U$$ 10 Bilhões’ de dólares é uma coisa, e se ela vale ‘U$$ 100 Bilhões’ é outra [história]”, explicou.  

André Viana  afirmou quem tiver 3 meses de afastamentos receberão
 a 'Plr' (Foto/Rodrigo Ferreira) 
André Viana ainda falou sobre o outro ponto da proposta da nova “Plr - 2019/2020” que foi aprovado pela maioria dos empregados da mineradora, e favoreceram ao corte do beneficio em caso de problema de saúde fora do local de trabalho com afastamentos superior a 12 meses durante a aplicação da validade desta nova proposta do novo modelo do benefício que foi imposta pela mineradora. “Outro ponto da nova proposta da Vale [Plr-2019/2020], e quem estava afastado do trabalho por um ano completo. Ele recebia um valor mínimo de ‘Plr’, e com a nova proposta se aprovado for. Vamos supor que você ‘Deus me livre me guarde’ e se acidenta hoje, e tem uma doença ocupacional ou uma doença na enfermidade e você afaste 12 meses. A pessoa que se afastar no total de 12 meses, ela não recebe mais nenhum valor total de ‘Plr’. A empresa alega coerência; ‘ah nos não estão sendo coerentes por que a pessoa não trabalhou e não produziu?’ Mas, eu pergunto pra vocês; ‘alguém aqui escolhe ficar doente?’, ‘alguém aqui escolhe ficar incapacitado?’. Por que quando a pessoa estar afastado tem um ano. Deduz que a situação dela é grave, e ninguém fica afastado um ano do trabalho por que ele quer. Então, essa mudança da [nova] ‘Plr 2019’ [-2020] é alvo que nós criticamos ferrenhamente a ‘Vale’. Embora a empresa ter a justificativa de não ter a coerência. Nós temos a justificativa da humanidade. O trabalhador produziu 12 anos seguidos, ele nunca teve um atestado médico, e ele nunca faltou sem motivos. Então, isso é alvo que nós criticamos dentro dessa [nova] proposta [da Plr-2019/2020]. São os dois pontos mais conflitantes da proposta. Com um detalhe, a empresa disse o seguinte; ‘que a cada mês que demorar a aprovar a proposta. Ela [a Vale] vai descontar ¹/12 avos da Plr, ou seja, pela pressão’”, concluiu. 

Vice-presidente do Metabase, Carlos Estevam se desespera ao saber que a 
nova 'Plr' será aprovada (Foto/Rodrigo Ferreira)
Antes de dar o inicio no processo de votação da nova “Plr-2019/2020” que foi proposto pela própria Vale indevidamente para prejudicar os trabalhadores da mineradora. No final da primeira assembleia da “Plr-2019/2020”, o vice-presidente do Sindicato Metabase, Carlos Estevam José “Cacá” que trabalha na mineradora há cerca de 33 anos, e ele ainda falou em defesa da categoria destes trabalhadores e reiterou na proposta mais polêmica da mineradora de todos os tempos, e ainda ele chorou de muita emoção sabendo que os trabalhadores votaram a favor desta proposta sobre o beneficio que impossibilitou a todos a ter o acesso ao pagamento anual da “Plr”. Mesmo chorando e derramando lagrimas com fortes emoções e desesperado com a proposta mais polemica de todos os tempos que foi imposta pela mineradora, “Cacá” não desistiu de falar e foi até as ultimas consequências ao terminar a sua fala pedindo em todo e último instante. Ainda ele implorou para que os trabalhadores não votem na proposta que foi imposta pela própria mineradora. Sabendo que vai prejudicar a todos os trabalhadores da categoria. Caso, os trabalhadores pedir afastamentos através de licenças médicas quando se trata de problemas de saúde, e sabendo que “doença não tem aviso”. “O que vocês perceberam com isso gente? Que vocês são seres humanos; ‘vocês se tocaram’, ‘vocês conhecem quem está do seu lado’, ‘vocês sabem da necessidade de quem está do seu lado’, ‘você desprotege de quem está do seu lado’, ‘vocês são humanos’. Eu sempre falo disso; ‘não sois máquinas, homens é que sois!’ A ‘Vale’ e as empresas elas nos tratam como se fossem máquinas. Elas não olham nos nossos olhos por que o nosso patrão não tem cara, e ele tem poço pessoal. Olha companheiros! A nossa luta é para que nós possamos instigar o movimento sindical. A nossa luta é para que nós não sejamos ficar de cúpula da manada, e nós estamos indo. Nós temos por outro lado os sindicatos que não se unem conosco. Esses também veem os seus associados e aposentados como máquinas. Sabe por quê? Por quê eles não tem coração, e eles tem bolso! Isso é muito sério!”, desabafou.         

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