Com “O Maior Simulado do Brasil”
fracassado - Mesmo com baixa adesão! “Nós temos que disponibilizar qualquer
recurso pra salvar essa vida”, defendeu o Flávio Godinho
Coordenador Adjunto da Defesa Civil de Minas Gerais , tenente coronel Flávio Godinho Pereira (Foto/Acom PMI/Arquivo/Divulgação)
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Após
conceder a coletiva de imprensa deste sábado (17) para apresentar todos os
detalhes sobre a elaboração do simulado de evacuação das barragens de barragens de mineração como Itabiruçu, Conceição, Rio
de Peixe, Sistema Pontal e Cambucal I e II. Que ficam dentro dos 27 bairros que
são considerados áreas de grande risco eminente dentre as Zonas de Auto
Salvamento (ZAS) e as Zonas de Segurança Secundária (ZSS) através das
conformidades do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM),
da Vale S/A. O Coordenador Adjunto da Coordenadoria Estadual Defesa Civil
de Minas Gerais (CEDEC-MG), tenente coronel Flávio Godinho Pereira deu todas as
continuidades durante a coletiva de imprensa, e apresentou todas as
funcionalidades do posto de comando pela primeira vez. Onde foram apresentadas
todas as atividades e os planos e ações que foram elaborados dentro das
conformidades do Paebm que foi implantado pela própria mineradora no município.
“Nós temos uma recepção das autoridades neste caso aporte aqui [no posto de
comando], e nós vamos receber essas autoridades aqui para explicar essa
operação pra essas pessoas, e bem como nos vamos ofertar também. Caso, outra
pessoa envolvida nesse simulado queira conhecer o posto de comando, e a gente
faz uma visita guiada para que essas pessoas saibam”, contou o Flávio Godinho.
Mapa do simulado das barragens principais dos pontos de
evacuação (Foto/Vale/Divulgação)
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Desde quarta-feira (14) para a sexta-feira (16) antes de
acontecer o simulado, Flávio Godinho ainda esclareceu durante a entrevista coletiva.
Foram feitos todos os levantamentos situacionais das “19 Mil” pessoas que são
de todos os tipos de locomoção que moram em “8 Mil” imóveis que são cadastrados
dentro das “Zonas de Salvamento” e das “Zonas Secundária”. Sendo que essas
pessoas de todos os tipos de locomoção tem muita dificuldade de se locomover
até os “Pontos de Encontro”. Caso, isso ocorra realmente o rompimento de
barragem durante a sua evacuação ao atravessar pelas “Rotas de Fuga” até chegar
aos “Pontos de Encontros” que foram demarcadas pela própria mineradora. “Nesse
mapa aqui [nesse posto de comando], a gente consegue visualizar em cada ‘Ponto
de Encontro’. Eu tenho a quantidade de pessoas e o tempo em que a mancha [do
rejeito de minério ou ‘mar de lamas’] chegaria aqui [pelo posto de comando
através deste mapa de monitoramento pelo satélite]. Esse trabalho ele foi feito
escutando casa por casa em Itabira [-Mg]. Então foi feito um trabalho de bater
de casa em casa de fazer aquela pergunta; ‘você mora aqui há quanto tempo?’,
‘quantas pessoas moram?’, ‘tem pessoas acamadas’, ‘tem pessoas com [Portadores
de] Necessidades Especiais [-PNE]?’. Então, eu tenho hoje mapeado em Itabira
por ponto de coordenada geográfica todas as pessoas acamadas”, explicou o
Flávio Godinho.
Foram 3 meses de trabalho durante o processo de elaboração
do simulado (Foto/Thamires Lopes/Defato/Arquivo/Divulgação)
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Em sala fechada, Vale e Defesa Civil Estadual e Municipal, e agencias
dão os últimos ajustes para que o simulado dê tudo certo
na tarde de sábado (Foto/Acom/Cedec-Mg)
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Sobre
o rompimento da barragem de Brumadinho que vai se completar há 8 meses de
tragédia ainda neste mês. Flávio Godinho ainda relembrou a “Pousada Estancia”
que foi invadida pelo “mar de lamas” durante o rompimento da barragem de
Brumadinho – Mg (que resultou 395 localizados, 21 desaparecidos com 249 óbitos).
“Aquela ‘Pousada Estancia’, de Brumadinho [-Mg] em que o proprietário [Márcio Mascarenhas ‘In Memoriam’, de 74 anos] faleceu, mas, a senhora [Cleosane Coelho Mascarenhas ‘In
Memoriam’, de 58 anos] e outras pessoas [que estavam hospedadas na pousada]. Se
ele deslocasse a ‘100 Metros’ [das Zonas de Auto Salvamento – Zas para as
‘Rotas de Fuga’ até chegar ao ‘Ponto de Encontro’] ninguém teria morrido. Por quê ali
era um ponto seguro. Só que eles não sabiam dessa informação. Por isso, que eu
sempre digo; ‘prevenção salva vidas’. Então, tem toda a plotagem do trabalho
que nós fizemos”, exemplificou o Flávio Godinho.
Com as agências, Flávio Godinho e a Vale dão seus últimos ajustes nos detalhamentos deste simulado (Foto/Acom/Cedec-Mg) |
População faz o cadastro após se evacuarem para os 96 pontos de encontro durante o simulado (Foto/Rozenilda Lemos) |
Onde foram elaborados todos os cronogramas para dar tudo
certo durante a elaboração do simulado de barragens. Ainda com reunião de
orientação para os efetivos dos Pontos de Encontro (dentre a Vale e as agencias
envolvidas), do qual foram disponibilizados 883 tablets para as pessoas serem
cadastradas por “4 Mil” funcionários da Vale. Sendo que dentre 96 “Pontos de
Encontro”, apenas 5 pontos de encontro não possuem sinais de internet para poder
fazer todos os cadastros digitais destes “19 Mil” moradores das “Zonas de
Salvamento” e das “Zonas Secundárias” quando, caso, ocorrer o rompimento de barragem com direito ao banho
de enxurrada de “mar de lama”. “Isso daqui é um trabalho que é usado
mundialmente de ter qualquer tipo de enfrentamento de crise com informações
rápidas aos olhos. Então, eu tenho todas as estruturas de pessoas que estão
trabalhando. Por que a gente vai a cada momento captando as informações dos
órgãos (agencias envolvidas), e nós vamos atualizado isso aqui. Então, se
surgir uma informação agora, ela vem aqui e ela é alterada. Ou seja, onde que
nós vencemos qualquer grito, é com a simplicidade e com a vontade de se doar
para as pessoas e ouvir essas pessoas. Nós temos que ouvir as pessoas que estão
envolvidas nessa crise”, acrescentou o Flávio Godinho.
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