Barragens
e exaustão da mineração – Mineradora assassina! “É um problema que não se discute abertamente com a população”, desabafou o
Leonardo Fontes
Após a tragédia em Brumadinho, Manifestantes protestam contra as obras de alteamento da barragem do Itabiruçu (Foto/Rodrigo Ferreira)
Após
o vice-presidente da Associação dos
Municípios Mineradores de Minas Gerais (Amig), o prefeito Ronaldo Lage
Magalhães (PTB) ter afirmado que as 15 barragens de Itabira estão bem seguras.
Principalmente, as barragens “Itabiruçu, Conceição e Pontal” que são as
barragens consideradas as mais criticas do município há mais de décadas desde a
sua implantação, após as instalações da Companhia Vale do Rio Doce S/A (CVRD) que era empresa ainda estatal
durante o governo do ex-presidente da república (1930-1945) Getúlio
Dornelles Vargas “In Memoriam” (PTB), hoje, denominado “Vale S/A”, da qual
a empresa se encontra privatizada desde 1997 pela Companhia Siderúrgica
Nacional (CSN), de Volta Redonda-RJ, durante o governo do ex-presidente da república
(1995-1998/1999-2002) Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Como foianunciado durante a coletiva de imprensa desta quinta-feira (31), após orompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho-Mg que
aconteceu por volta das 12:00 Hs, na tarde desta sexta-feira (25), do mês
passado. Mesmo sem o Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração
(PAEBM) que já foi apresentado aos colegiados durante a reunião do Conselho
Municipal de Meio Ambiente (CODEMA) no ano passado, do qual o Departamento
Nacional de Produção Mineral (DNPM) tomará todas as providências cabíveis contra
a Vale S/A, em contrapartida com o “Plano de Contingência” da Prefeitura de
Itabira que será implantado através da Defesa Civil em trabalho conjunto com a
mineradora durante as inspeções e as auditorias nestas 15 barragens que são
mantidas pela mineradora há 76 anos (desde 1942).
Manistantes atravessam o centro comercial da João Pinheiro (Foto/Rodrigo Ferreira)
A manifestação do “Ato Contra o Massacre da Vale” desta sexta-feira
(01) teve o trajeto no inicio da Praça Laércio Guimarães Rosa (ao lado da
Estação Rodoviária Genaro Mafra) que atravessou a rotatória da Rua Água Santa
com acesso a Avenida João Pinheiro até chegar a Praça Acrísio Alvarenga “Praça
Redonda”. Onde os manifestantes e organizadores deste ato publico contra a mineradora
fizeram o seu relato com muitos manifestos e sentimentos, e também com a perca
dos seus entes queridos entre familiares e amigos durante as tragédias dos
rompimentos das barragens de fundão na mina de Bento Rodrigues, de Mariana-Mg
(com 19 mortos), em 2015, e também o rompimento da barragem de Brumadinho
com; 20 corpos foram submetidos para os exames de Ácido Desoxirribonucleico (DNA), 119 corpos não identificados, 144 corpos desaparecidos,
166 mortos, 182 corpos identificados e 299 corpos localizados até o momento.
Sendo que em Itabira foram somente 3 mortos durante a tragédia em Brumadinho
entre os empregados da Vale e empresas contratadas da mineradora que morreram durante
o rompimento da barragem de Brumadinho, e em pleno horário de trabalho que
deixaram muitas revoltas por parte dos seus familiares e ente queridos, e
amigos neste momento mais difíceis da vida quando se perde um ente querido e
considerado amigavelmente e familiarmente.
Manifestantes exibem os cartazes para a imprensa (Foto/Rodrigo Ferreira)
De acordo com um dos organizadores da manifestação do “Ato
Contra o Massacre da Vale” desta sexta-feira (01), e também um dos
idealizadores da criação do “Comitê Popular” contra a mineradora devido às
mortes e as tragédias ocorridas em Mariana e em Brumadinho durante o rompimento
destas barragens que resultaram em mortes com vitimas fatais entre
trabalhadores da Vale e empresas contratadas da mineradora. Com o envolvimento
dos moradores próximos destas barragens que também são vitimas fatais desta
tragédia. Sendo que o “Comitê Popular” terá a finalidade de apurar todas as
causas e as tragédias irregulares que ocorreram em Mariana e Brumadinho. Para
poder fazer todas as apurações destas irregularidades com relação às barragens“Itabiruçu, Conceição e Pontal” devido a não a implantação do Paebm nos bairros
próximos das barragens da mineradora, e também evitando futuros rompimentos das
barragens que são mantidas pela mineradora até o momento.
Pontal, Conceição e Itabiruçu não ficaram de fora da manifestação
(Foto/Rodrigo Ferreira)
Preocupado, com as situações destas 15 barragens da
mineradora no município, Leonardo Fontes ainda esclareceu de forma muito
preocupante com relação à questão da exaustão da mineração, em 2018, e também
com relação às barragens da mineradora “Itabiruçu, Pontal e Conceição”. Principalmente,
sobre as obras de alteamento da barragem do Itabiruçu que estão prestes a provocar
o rompimento como ocorreu em Mariana e Brumadinho. Sendo que a barragem do
Itabiruçu tem rachaduras que podem comprometer o rompimento com as lamas do
rejeito de minério que são dragados e despejados nestas barragens. Que vão atingir
as casas e residências, e também comércios e empresas que se encontram
instaladas nas áreas comerciais do Barreiro e na Companhia do Distrito
Industrial (CDI) pelas margens da rodovia federal “Br-262” no sentido “Chapada/Boa
Esperança”. Que ainda poderão destruir casas e residências próximas desta
localidade atingindo os bairros conceição de baixo que atravessarão as margens
da rodovia federal “Br-262” até chegar ao João XXIII e demais bairros e
adjacentes próximos do local.
Em Brumadinho, Casas invadidas pelas lamas do rejeito de minério
(Foto/Acom Metabase)
Ainda causando mortes e destruições como aconteceu esta
enorme tragédia em Brumadinho após 3 anos em Mariana que causou 19 mortes após
a tragédia, e sem dar a total e a mínima satisfação nas assistências dos
familiares das vitimas desta tragédias após “1000 dias” do fato ocorrido em
Mariana, de forma muito inaceitável. “Por que nós precisamos discutir isso, e nós
temos um problema muito sério o problema a respeito de barragens. Mas, nóstambém temos que discutir o futuro econômico da nossa cidade. Eu sei que o
itabirano muitos dependem do emprego da Vale, e o nosso intuito não é querer que
a Vale saia da cidade. E nós não queremos isso, e nós queremos é melhorar a relação
dela com a cidade. É a Vale ter uma relação com a cidade de maior responsabilidade
social. Por que, as pessoas que dependem dos empregos diretos e indiretos da
Vale, e não ficam nada satisfeitos com a Vale encerrar as suas atividades na cidade.
Discutir o que pode ser feito, e eu acredito que é necessário a sociedade civil
junto com a Vale e as autoridades no município. A Prefeitura [Municipal de
Itabira-PMI] e a Câmara [Municipal de Itabira-CMI] discutir em sí; ‘Qual que
deve ser a nossa saída?’. Por que todos os setores tem que se unir e falar”,
defendeu.
Ronaldo Magalhães e Rodrigo Chaves (Foto/Rodrigo Ferreira/Arquivo/Divulgação)
Leonardo Fontes ainda relembrou sobre o projeto “Itabira 2025”
que foi criado e implantado pela Associação Comercial Industrial de Serviços e
Agropecuária de Itabira (ACITA) durante o mandato do ex-presidente (1989/1990)
Pedro Eustáquio dos Santos “Pedrinho da Sempre Viva” e do o governo do
ex-prefeito (1989/1992) Luiz Menezes “In Memoriam” (PPS). Sabendo que somente
restam apenas 6 anos para a mineração para se exaurir no município como foi
previsto no governo Luiz Menezes na época em que a Vale ainda era estatal. Outro
lado da situação que foi comentado durante a reunião publica do Conselho
Estadual de Politica Ambiental (Copam) e da Vale S/A que contou com a
participação do gerente geral da mineradora Rodrigo Paula Machado Chaves
falou sobre a exaustão da mineração que terá duração de dez anos que vai até2028 , em contrapartida do “Itabira 2025” com diferença de quatro anos apenas no
momento, do qual a reunião pública que aconteceu no plenário da Câmara
Municipal de Itabira (CMI) na quinta-feira (28/07), e sendo que o Rodrigo Chaves também reforçou o seu esclarecimento com relação à exaustão da mineraçãodo município durante a coletiva de imprensa na terça-feira (18/07), no ano
passado. “Na verdade, o quê que acontece? Já há muito tempo eu penso em relação
à questão do fim do minério da cidade que é um problema que não se se discute.
Isso não é discutido abertamente. Quando eu vim morar em Itabira, eu era adolescente
e tinha aquele projeto do ‘Itabira 2025’ que era feito pela Acita [Associação
Comercial Industrial de Serviços e Agropecuária de Itabira]. Foi uma época em que
mais tiveram conversas em favor de um possível novo ciclo econômico em Itabira,
e acabou virando um discurso politico e muito pouca criatividade no final das
contas. Então, se a gente fosse observar pela linha do tempo em que a Acita
vinha colocado, e nós já estamos no final dela. Daqui a pouco nós não temos
tempo para buscar uma nova saída econômica [no município]”, relembrou.
Ronaldo Magalhães ganha repercussão internacional com o jornal "Lemond",
da França (Foto/Rodrigo Ferreira/Arquivo/Divulgação)
Sendo que o Ronaldo Magalhães ainda esclareceu sobre a
exaustão da mineração durante a entrevista ao programa “Plantão Cidade” que foi
apresentado pelo Senador Carlos Viana (Podemos) na Rádio Itatiaia (Am/Fm), emBelo Horizonte - Mg, na sexta-feira (29/6) em seu último programa no anopassado, e em plena véspera do período eleitoral, antes de ser eleito
parlamentar pelo senado federal, no congresso nacional. Ainda deputado estadual,
Ronaldo Magalhães relembrou que em 2007 esteve com o ex-presidente da Vale Roger
Agnelli “In Memoriam” ainda vivo, e antes de ser vitima de acidente aéreo (de
avião) que resultou em morte junto com a sua esposa e os seus filhos que morreram
em 2016, de forma muito trágica e catastrófica naquele ano. Antes de sua morte,
Roger Agnelli ainda esclareceu ao Ronaldo Magalhães que estava em exercício na
função de parlamentar na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) que
Itabira terá mais 50 anos de exploração do minério pela frente, e sem ter o
prazo programado para o encerramento das suas atividades nas cidades e região.
Contra o descomissionamento - “Não justifica a gente estar
parando o funcionamento de barragem das minas de itabira”, disse o Ronaldo
Magalhães
Ronaldo Magalhães viajou para Brasilia para se reunir com a Agência Nacional da Mineração (Foto/Rodrigo Ferreira)
Representando
como vice-presidente da Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais (Amig), o prefeito Ronaldo Lage Magalhães
(PTB) viajou a Brasília-Df nesta quinta-feira (05) para discutir com o
presidente da república Jair Messias Bolsonaro (PSL), e também com a Agência
Nacional da Mineração (ANM) para buscar um novo dialogo e um novo entendimento
com a Vale S/A sobre o planejamento do futuro dessas 10 minas que são
gerenciadas pela mineradora dentre os assuntos relacionadas a fiscalização e o
plano de contingencia das 10 barragens, e também das diferenças dos repasses
dos royalties da mineração. Para poder manter a captação do abastecimento de
água e também os rejeitos de minérios que são despejados durante a dragagem na
mineradora como as minas “Conceição, Itabiruçu e Pontal” que são as barragens
mais criticas do município.
Barragem do Itabiruçu (Foto/Divulgação)
Após a
tragédia do rompimento da barragem da mina “Córrego do Feijão”, em Brumadinho-Mg,
que teve o seu rompimento por volta das 12:00 Hs durante a tarde desta
terça-feira (25) na mineradora que pegou todos os funcionários da Vale e demais contratadas da mineradora de surpresa
em horário de trabalho e em pleno intervalo do horário de almoço, e também os
moradores próximos da barragens e com as casas cobertas de lamas do rejeito de
minério durante o rompimento da barragem em Brumadinho. “Então, vai ter que
mudar o conceito da maneira de se fazer, e pode estar certo que nós vamos estar
acompanhando [as obras de alteamento barragem do Itabiruçu], e inclusive ontem,
eu estive na Amig [Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais] e
reeleito vice-presidente [da Amig]. Isso, é uma discussão que nós vamos montar
uma equipe da Amig. Para estar discutindo e acompanhando todos esses processos
em que a Amig tem a obrigação de acompanhar da forma mais objetiva junto com Vale”,
defendeu.
Que entraram
em pânico e em desespero durante o rompimento da barragem de Brumadinho para
salvar as suas vidas que acabaram mortos durante a tragédia causada pela mineradora,
da qual as lamas da barragem de brumadinho atingiram as zonas rurais e urbanas
do município que resultou; 165 mortos, 160 corpos identificadas com 134 corpos
identificados (são 55 funcionários da mineradora e 20 funcionários das contratadas
da mineradora, totalizando 75 funcionários) pelo Instituto de Médico Legal
(IML), 182 pessoas desaparecidas com 194 dentre os 61 trabalhadores da
mineradora e mais 133 trabalhadores contratados da mineradora com 393, e ainda com
a inclusão de mais 223 pessoas que se enquadram dentro lista da mineradora e
169 das contratadas da mineradora e da comunidade que são os moradores daquele
local antes e após a tragédia em brumadinho até o momento.
Ronaldo Magalhães na reunião da ANM, em Brasília-Df (Foto/Acom Ita)
Durante
a coletiva de imprensa desta quinta-feira (31), Ronaldo Magalhães ainda confirmou
a viagem a Brasília na próxima quinta-feira (05) para discutir e debater sobre
a segurança das 10 barragens das mineradoras que estão dentro das conformidades
do plano diretor do município. Sabendo que o município depende das arrecadações
mensais de “R$ 35.355.643,83”
sobre a alíquota de “3,5%” da Compensação Financeira
da Extração Minerária (CFEM), do governo federal. Para investimentos nas obras
de infraestrutura, saúde, educação e dentre outras obras de grande porte do
município dentro das conformidades do novo marco regulatório da mineração. Na
contrapartida dos repasses do Imposto de Circulação
de Mercadorias Serviços (ICMS), do governo estadual, que ainda está em falta
com os 853 municípios mineiros, e sendo que os municípios mineiros são
dependentes da alíquota de “70%” das receitas que são repassadas mensalmente
pelos governos estadual e federal que são oriundos da mineração, e sendo que o
governo estadual deve “R$ 56 Milhões” em repasse de Icms para Itabira. “Como que
elas [as cidades mineradores] vão ficar com a questão da receita? Por que a cidade
depende muito ainda da receita da Cfem [Compensação Financeira da Extração Minerária] que são os royalties, e perde também
no Icms [Imposto de Circulação de Mercadorias Serviços]. Então, como que a Vale
vai amenizar a questão financeira para esse município? Vai fechar hospital? Vai
fechar escola? Vai mandar o funcionário embora? É uma série de coisas, e também
a coleta de lixo. Então, tem que rever isso”, questionou.
Após a coletiva de imprensa, Ronaldo Magalhães ainda
postou a mensagem no dia seguinte em sua “fan-page” no facebook. Quando chegou a
Brasília para discutir e debater as situações relacionadas com a mineração, e sobre
o descomissionamento das 10 barragens e dos royalties do Cfem, após o
pronunciamento do presidente da Vale Flávio Schvarstman durante a coletiva de
imprensa. “Participei hoje de uma reunião na Agência Nacional de Mineração [ANM], em Brasília [-Df], com outros prefeitos de cidades mineradoras. Cobramos uma
postura firme do órgão com a segurança das barragens e falamos também sobre os
impactos da tragédia de Brumadinho. Daremos outras informações em
breve. Ressalto que continuo cobrando e buscando transparência e ações
efetivas diante do que enfrentamos”, disse.
Sindicato Metabase quer mais esclarecimentos sobre a segurança das barragens "Itabiruçu e Pontal" que são alvos mais criticos dos moradores que moram proximos destas ajusantes da mineradora (Foto/Acom Metabase)
Em
respeito às famílias itabiranas, tomamos a frente para iniciar as discussões
tão esperadas. Em reunião na tarde desta segunda-feira (04) com a gerência
executiva da empresa Vale S/A, cobramos firmemente respostas convincentes sobre
o pânico que se instaurou em Itabira, devido às barragens que nos cercam. As
barragens de “Itabiruçu e Pontal”, que juntas são quarenta vezes maiores que a
de Brumadinho-Mg, na mina Córrego do Feijão que assombram o nosso povo dia e
noite.
Comunicamos
à gerência da empresa que estamos convictos da necessidade urgentíssima de um
acompanhamento de engenheiros independentes, paralelo à empresa. Esses
engenheiros poderão emitir laudos, pareceres e até mesmo auditar os serviços
nelas realizadas. Assim, teremos uma outra leitura das barragens e não somente
da empresa.
Cobramos
a implantação do Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM)
que se arrasta ao longo do tempo e nos prometeram que este ano, tudo será
resolvido, inclusive as simulações com os toques das sirenes que já estão sendo
implantadas. Ao questionarmos quanto às técnicas utilizadas nas barragens e
periodicidade de fiscalização, a empresa afirmou que essas vistorias passaram aser diárias, (antes eram quinzenais) e as técnicas são as melhores, inclusive
com todas as licenças devidamente em dia.
A
manutenção dos empregos, outra grande preocupação, a empresa mineradora
reafirmou o compromisso, por meio do gerente-geral Rodrigo Paula Machado Chaves
e de seu presidente da mineradora Fabio Schvartsman, que não haverá demissões
em virtude do acidente de Brumadinho e em caso de uma eventual paralisação de
produção nas Minas de Itabira para fazer as inspeções e as auditorias para implantar
o “Plano de de Emergência e Contingência”, no local.
O presidente do Sindicato dos
Trabalhadores nas Indústrias de Extração do Ferro e Metais Básicos de Itabira e
Região (Metabase), vereador André Viana Madeira “Pato Roco” (Podemos) através de de sua mesa diretoria, continuará empenhado para amenizar o anseio do povo que
deseja informações. Itabira está sedenta por paz, tranquilidade ao deitar e
nos, diretores do Metabase Itabira, legítimos e únicos representantes dos
trabalhadores da Vale em nossa extensa região, cumpriremos nosso dever de
defender a todo custo, custe o que custar, os interesses que beneficiam nosso
município. Semanalmente teremos encontros com representante da empresa que
trará informações pertinentes à atual situação.
Sobre
o rompimento das barragens – Mais segurança para a população e evitando o
descomissionamento! Ronaldo Magalhães quer auditoria e inspeção nas barragens
da mineradora
Com as presenças da imprensa de Belo Horizonte e da França durante a coletiva de imprensa, Ronaldo Magalhães ainda falou de mais reforços nas inspeções e auditorias nas barragens do município (Foto/Rodrigo Ferreira)
Em coletiva de imprensa desta quinta-feira (31), o
vice-presidente da Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais
(AMIG), o prefeito Ronaldo Lage Magalhães (PTB) ainda esclareceu para a
imprensa que a Vale S/A que os processos de licenciamentos ambientais estão
devidamente em dia com as Licenças; Ambiental (LA), Operação (LO) e de Operação Corretiva (LOC). Ronaldo Magalhães ainda esclareceu que foram feitas todas
as vistorias e as inspeções que são divididas parcialmente em blocos na
barragem do Itabiruçu durante todo o final de semana, antes de dar todos os
esclarecimentos para a imprensa sobre a implantação do “Plano de Contingência”
para poder acalmar todos os moradores das proximidades da área da mineradora. Onde
foi instalada a barragem do Itabiruçu, em contrapartida com o Plano de Ação de Emergência para Barragens de
Mineração (PAEBM) que será implantado pela mineradora em parceria com os
moradores que reside nas proximidades da área da mineração há mais de décadas.
Barragem do Itabiruçu (Foto/Divulgação)
Sendo que algumas sirenes já foram instaladas em algumas
partes nas dependências da mineradora que está prestes para serem concluídos
dentro do prazo de oito meses até o momento. “Então, nós estamos conversando há oito meses discutindo
esse Plano [de Ação de Emergência para Barragens
de Mineração - Paebm]. Até independente desse acidente ou não. Nós
estamos trabalhando que é com o plano da Vale que está sendo feita, e
acompanhar a Vale que tenha a possibilidade de fazer. Ate então a legislação
federal que obriga a Vale a fazer esse ‘plano de contingência’ conseguindo com
conscientização e definir os locais de refugio. Nós, estamos agora cobrando
novamente e vai ser implantado, e você tem que trabalhar toda a comunidade;
fazer as palestras, instruindo e mostrando toda a realidade [da situação da
barragem do Itabiruçu]. Então, vamos cobrar da Vale para que termine isso o
mais rápido possível, e nós vamos acompanhar muito de perto”, explicou.
Em 1991, o ex-presidente Fernando Collor de Mello inaugura o “Parque do Itabiruçu”
Onde
já foi “Parque Ecológico do Itabiruçu”, que foi inaugurado em 1991 pelo ex-presidente
da república (1990/1992), senador Fernando Affonso Collor de Mello
(PROS) durante os governos; do ex-prefeito (1989/1992) Luiz Menezes “In
Memoriam” (PPS); e do ex-governador (1984-1987/1991-1994) do estado de Minas
Gerais, Hélio Carvalho Garcia “In Memoriam” (PRS). Na época em que a Companhia Vale do Rio
Doce S.A (CVRD) era empresa estatal durante o governo do ex-presidente da
república (1930-1945) Getúlio Dornelles Vargas “In Memoriam”
(PTB), hoje, denominado “Vale S/A”, da qual a empresa se encontra
privatizada desde 1997 pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), de Volta
Redonda-RJ, durante o governo do ex-presidente da república
(1995-1998/1999-2002) Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Sendo que o parque do Itabiruçu atualmente se encontra desativado após a
utilização da barragem para o despejo do rejeito de minério durante a dragagem
na mina Conceição. “Eu pedi
a Vale que acelerasse esse problema agora, até mesmo para tirar um pouco a
ansiedade da comunidade com todo o pleito pra não ficarem mais ansiosos nesse
período, e isso agora vai acelerar em breve”, alertou.
Ex-prefeito Luiz Menezes é ladeado por Hélio Garcia e Collor
em Itabira (Foto/Reprodução/Terezinha Souza/ Arquivo/Divulgação)
Durante a coletiva de imprensa, Ronaldo Magalhães ainda deu todos os esclarecimentos sobre
as barragens que correspondem à mina Cauê como; o Sistema Pontal, que abriga
“220 milhões m³” de rejeito de minério, e este é o volume que consta no site da
mineradora. No entanto, no plano de emergência, a sua capacidade é de “137
milhões m³”. Termina com o Complexo Santana; as barragens Piabas e da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) I
e II e Santana totalizam-se “15,7 milhões de m³”. Esse número também diverge do
plano de emergência que apresenta “26,95 milhões m³”. Referentes à mina de
Conceição; as barragens do Itabiruçu, e ainda com o volume de “220 milhões m³”
no site da Vale. Que são bem diferentes dos 130 milhões m³ no plano
emergencial; Conceição, “36 milhões m³” contra “25,9 milhões m³” apresentados
no plano de emergência e Rio de Peixe. Com “12,2 milhões m³” confirmados no
portal da mineradora que são diferentes dos “15,5 milhões m³” no plano
emergencial.
Ex-prefeito Luiz Menezes na inauguração do “Parque do Itabiruçu”
Para
as minas do Meio; as barragens Cambucal I (119 mil m³), Cambucal II (110 mil
m³) e Quinzinho (432 mil m³). Também serão feitas e auditadas para a
implantação dos planos de contingência e emergência para aliviar os moradores
que moram próximos das barragens e da mineradora onde abrigam essas barragens
de abastecimento de água e de rejeito de minério durante a dragagem nas
barragens; “Itabiruçu, Pontal e Conceição”; que são as barragens mais críticas,
e mantidas pela própria mineradora. “Não, é lógico! Se tiver um problema qualquer
nós vamos montar uma comissão ou até contratar alguém que possa nos dar o
atestado positivo ou negativo. Se houver uma empresa que tenha capacidade de fazer
e atestar que existe algum problema técnico. Se for pessoas técnicas em
barragens e atestar que tem problemas nós podemos fazer realmente uma
contratação de uma empresa para fazer uma auditoria para a gente fazer uma
analise própria, e sem problema, e até hoje não me apresentaram nada”, esclareceu.
Caravana em Brumadinho é corrdenada pelo vice-presidente do Sindicato Metabase, Carlos Estevam "Cacá" (Foto/Acom Metabase)
Apesar
de estar em viagem em Bogotá, na Colômbia. O presidente do Sindicato dos
Trabalhadores nas Indústrias de Extração do Ferro e Metais Básicos de Itabira e
Região (Metabase), vereador André
Viana Madeira (Podemos) tem demonstrado bastante preocupação com a situação em
Brumadinho-Mg. André Viana ainda nomeou uma comissão formada por diretores que
são composta por sua própria mesa diretoria do Sindicato Metabase que se reuniram
nesta manhã desta quarta-feira (30) com a direção do Sindicato Metabase de
Brumadinho, onde foi o palco de mais uma tragédia humana e ambiental por
rompimento de barragem depois de Mariana-Mg, em 2015. Os diretores do Sindicato
Metabase foram até a cidade atingida para um grande encontro com os ambientalistas
e demais representantes de entidades de classe e da população. Para discutir e
debater sobre o futuro dos trabalhadores da mineradora, e contratadas da Vale
S/A.
Casas invadidas pelas lamas do rejeito de minério durante o rompimento da barragem de Brumadinho (Foto/Acom Metabase)
Segundo
o coordenador da caravana, o vice-presidente do Sindicato Metabase, Carlos
Estevam “Cacá”, ele afirmou que a reunião foi para fazer uma avaliação da real
situação da barragem de Brumadinho. Ainda de acordo com o Carlos Estevam, as
famílias ainda não estão sendo assistidas como a mineradora tem divulgado durante
a coletiva de imprensa que foi concedido pelo Diretor
Executivo de Finanças e Relações com Investidores, da Vale, Luciano Siani Pires
nesta segunda-feira (28). “Assistência
médica, psicológica e financeira ainda não está satisfatória e pior, os
parentes que chegam ao IML [Instituto de Médico Legal] para reconhecer os
corpos, e não são amparadas por ninguém no local. O choque que são submetidos
ao reconhecimento de seus familiares é muito grande e não há ninguém no plantão
para dar uma assistência à essas pessoas... muito triste”, desabafou.
Caravana do Metabase de Itabira entram em diálogo com
sindicalistas (Foto/Acom Metabase)
De
acordo com o Carlos Estevam, é necessária uma mobilização de grande porte na
cidade para quebrar a “caixa preta” que a Vale implantou, a lei do silêncio,
como fez em Mariana. “A Vale continua fechada, insensível, difícil
acreditar...” disse.
Ainda
de acordo com o presidente do Sindicato Metabase de Brumadinho, Agostinho José
de Sales, ele ainda pediu à Vale "há pelo menos dois anos", a mudança
de local das instalações administrativas e do refeitório de mineradora que
foram atingidos pela lama do rejeito de minério durante o rompimento da
barragem de Brumadinho. “Em reunião, representantes da Vale disseram que
existia um projeto pronto para a transferência, o que não ocorreu a tempo de
evitar essa tragédia. Hoje, sequer temos acesso ao local do acidente, queremos
colaborar, conhecíamos praticamente todos os trabalhadores mortos ou
desaparecidos”, completou.
Em
tom desanimador, o diretor de relações exteriores, Flávio Serafim desabafa:
“Encontramos uma cidade arrasada psicologicamente, olhares espantados e
tristes. A cada momento que um helicóptero pousa gera expectativa na população,
pois todos aguardam a triste notícia de mais um corpo encontrado”, disse.
Segunda-feira
(4) o Metabase Itabira irá iniciar o cronograma de ações a serem tomadas devido
ao acidente com a barragem da mina Córrego do Feijão. De acordo com o
presidente do Sindicato Metabase, André Viana, ele ainda esclareceu que serão feitas
todas as providencias cabíveis com relação às medidas judiciais e humanitárias após
a tragédia em Brumadinho. O Sindicato Metabase acompanhará de passo a passo toda
a assistências; financeira e psicológica da mineradora aos familiares dos trabalhadores itabiranos mortos durante o
trabalho, do qual foram vítimas desta tragédia, em Brumadinho. “Cabe à empresa
cumprir, e fielmente as normas de segurança e medicina do trabalho conforme
manda a lei [federal], e isto está claro que a Vale não cumpriu [até o momento].
A lei ainda diz que a empresa é responsável pela adoção e uso de medidas
coletivas e individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador. Vamos
até o fim, essa luta não será apenas dos familiares, essa luta é uma questão de
honra para o [Sindicato] Metabase”, finalizou.
Assista a matéria sobre a barragem do Itabiruçu, e a entrevista coletiva do presidente da Vale, após a tragédia em Brumadinho:
Ronaldo Magalhães esclareceu que a Barragem do Itabiruçu não oferece riscos a população da cidade durante a coletiva de imprensa (Foto/Rodrigo Ferreira)
Segundo
o vice-presidente da Associação dos Municípios
Mineradores de Minas Gerais (AMIG), o prefeito Ronaldo Lage Magalhães
(PTB), ele ainda esclareceu que preocupa com as 15 barragens que se encontram
instaladas no município há mais de décadas devido aos rompimentos das barragens
de fundão na mina de Bento Rodrigues, de Mariana-Mg, em 2015, e também da mina
do Córrego do Feijão, em Brumadinho-Mg que também teve o seu rompimento da
barragem recentemente nesta sexta-feira (25). Que resultou três vítimas fatais
de Itabira-Mg que estavam trabalhando na Vale S/A e nas empresas contratadas da
mineradora em Brumadinho, do qual essas vítimas morreram em pleno horário de
serviço durante as atividades profissionais que acabaram resultando em morte
após o rompimento barragem de Brumadinho que causou uma maior tragédia com muita
revolta e comoção por parte dos seus parentes, amigos e familiares. Após a esta
grande e a maior catástrofe, e de muita tristeza dos familiares ao ver o corpo dos
seus entes queridos saírem lacrados dentro do caixão para ser enterrado de
imediato no “Cemitério da Paz”, e sem velar o corpo sequer no saguão da capela para
o velório fúnebre no cemitério da paz devido à decomposição destes corpos que
ficaram expostos há mais de uma semana no local durante a localização destas
vitimas após a tragédia do rompimento da barragem de Brumadinho. “Agora mais
uma vez aconteceu [a tragédia em Brumadinho]. Lógico todos ficam ansiosos, e
principalmente nós itabiranos. Temos várias barragens aqui em Itabira, e eu
também me preocupo muito com isso, e temos conversado e discutido muito [com a
Vale] sobre isso”, lamentou.
Gerente Geral da Vale, Rodrigo Chaves
(Foto/Rodigo Ferreira/ Arquivo/Divulgação)
Em coletiva de
imprensa desta quinta-feira (31), Ronaldo Magalhães ainda esclareceu que
conversou e discutiu com o gerente geral da Vale, Rodrigo Paula
Machado Chaves sobre as obras do alteamento da barragem do Itabiruçu, e
ele ainda esclareceu que não vai afetar na paralização nas atividades da
mineradora local devido ao rompimento da barragem de Brumadinho. Sendo que
Itabira e está excluída do descomissionamento das 19 barragens que ficarão
paralisadas por 3 anos para serem recompostas durante as atividades minerárias
ao fazer todas as dragagens da mineração para serem despejadas com toda a maior
segurança no local, evitando futuros rompimentos nas barragens que serão
descomissionadas até o momento. Em Itabira, a Vale possui cerca de 15 barragens
que estão fora do processo de descomissionamento da mineradora, e dentre as
barragens do “Itabiruçu, Pontal e Conceição” que são consideradas as barragens
mais criticas devido a dragagem de rejeito de minério que são depositadas
nestas unidades quando se tratam sobre a questão de rompimentos destas
barragens devido ao excesso de dragagens que ocorrem diariamente na mineradora.
Que são de inteira responsabilidade da própria mineradora, e sendo que estas 15
barragens não oferecem nenhum risco sequer ate o momento. Desde que não haja
falha apontada por parte dos seus responsáveis técnicos da mineradora neste
exato momento. Principalmente, as obras de alteamento da barragem do Itabiruçu que
já está com o Licenciamento Ambiental (LA) que foi aprovado pelo Conselho
Estadual de Politica Ambiental (Copam) neste momento.
Barragem do Itabiruçu (Foto/Divulgação)
Após
o presidente da Vale, Flávio Schvarstman ter feito o seu pronunciamento durante
a coletiva de imprensa desta terça-feira (29), em Brasilia-Df, após a reunião
com os Ministros; de Minas e Energia (MME), Bento
Albuquerque; e de Meio Ambiente
(MMA), Ricardo Salles; do governo Jair Messias Bolsonaro (PSL). Para poder
definir o futuro das barragens mais criticas e complicadas durante a
operacionalização nas 19 unidades da mineradora, evitando novas tragédias como aconteceu
em Mariana e em Brumadinho. Sendo que Itabira está fora do processo de
descomissionamento dentre as 19 unidades que integram o sistema da mineradora. Por
ser considerado como o maior “berço de ouro” da mineração no município desde
1942, no governo do ex-presidente da república (1930/1945) Getúlio Dornelles
Vargas “In Memoriam” (PTB), ainda estatal. Durante a entrevista coletiva,
Ronaldo Magalhães ainda esclareceu para a imprensa local, e principalmente a
imprensa de Belo Horizonte e da França que também estiveram presentes durante a
coletiva de imprensa para fazer todos os devidos questionamentos com relação aos
rompimentos das barragens do “Pontal, Itabiruçu e Conceição” que são as
barragens mais críticas do município quando se trata de rompimentos devido aos
excessos de dragagem de rejeito de minério que são depositados dentro destas barragens
que são utilizados e mantidos pela mineradora diariamente no município.
Ronaldo Magalhães acompanhado pela imprensa local e internacional durante a entrevista coletiva (Foto/Rodrigo Ferreira)
Ronaldo
Magalhães ainda afirmou que após a tragédia ocorrida em Brumadinho, ele ainda
esclareceu que a Vale fez todo o acompanhamento junto com a Defesa Civil do
município durante todas as revisões que foram feitas em todas as dependências
da mineradora. Com a intervenção da Amig, Departamento Nacional de Produção
Mineral (DNPM) para a implantação do Plano de Ação de Emergência para Barragens
de Mineração (PAEBM). Onde ficam as barragens mais críticas e de auto risco, e
sabendo que ainda pode colocar em risco a vida destes moradores que residem próximo
do local, de forma muito preocupante com esta situação depois de muita
repercussão na cidade após a tragédia que ocorreu em Brumadinho. Sendo que
estas revisões foram feitas durante o final desta semana após o fato ocorrido
em Brumadinho para a elaboração do “Plano de Contingência” que são referentes às
instalações das sirenes em todas as dependências da Vale que integra o sistema
de segurança da mineradora, do qual este plano foi elaborado em cerca de oito
meses para garantir o reforço da segurança dos trabalhadores das mineradoras e
contratadas, e também destes moradores que moram nas proximidades destas
barragens. Ronaldo Magalhães ainda esclareceu que haverá trabalhos de inspeção
e de auditoria nas barragens da mineradora no município. Para que a população
fique toda despreocupada com esta situação na cidade evitando futuros
rompimentos destas barragens. Ainda,
Ronaldo Magalhães também confirmou que 100% dessas barragens que foram construídas
pela própria Vale, antes de ser privatizada em 1997, durante o governo do
ex-presidente da república (1995-1998/1999-2002) Fernando Henrique Cardoso
(PSDB).
“Agora a etapa
seguinte, a conscientização da comunidade e os trechos que tenha um possível
problema. Nós temos feito isso rotineiramente. Aquelas pessoas e aquelas
comunidades que estão envolvidos, e que poderiam estar envolvidos estão
conscientes e a Vale está trabalhando. Então, o que nós teremos hoje discutir isso
com a Vale que acelere esse processo e nesse projeto no que está acontecendo. É
um acidente, as barragens de Itabira são diferentes na sua construção tanto de
Mariana [-Mg] e como a de Brumadinho
[-Mg] que são essas barragens que já aconteceram esse problema. São construção
tecnicamente desamontante do alteamento desta barragem, e ela foi feita com o
próprio rejeito. Que são minas que a Vale adquiriu já em funcionamento. Agora,
Itabira foram as barragens construídas pela [própria] Vale. A Vale foi a
primeira mina de Itabira, e foi construção à jusante. Então, é uma obra
diferenciada”, esclareceu.
Após a entrevista coletiva sobre o escalrecimento da barragem de Itabiruçu, especialistas escalrecem sobre a seguranças nas obras de alteamento das barragens, assista:
Fachada do Sindicato Metabase (Foto/Acom Metabase/Divulgação)
A direção do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Extração do Ferro e Metais Básicos de Itabira e Região (Metabase) Itabira recebeu com muita tristeza a informação do rompimento de mais uma barragem em Minas Gerais. Desta vez o município de Brumadinho - Mg foi o palco desta terrível tragédia ambiental e social.
Ainda a barragem da mina Feijão Seco que teve o seu rompimento, é pertencente à Vale S/A que reforça ainda a necessidade da mineradora em divulgar aos itabiranos as informações constantes sobre as suas barragens que rodeiam nosso município diariamente.
Essa tragédia corrobora ainda mais a preocupação do Sindicato Metabase quanto à segurança dessas instalações e a segurança do nosso povo. Vidas ceifadas, famílias arrasadas e patrimônio destruído pela lama da Vale que voltam a assombrar os lares itabiranos.
O Sindicato Metabase é solidário às vítimas, e coloca-se à disposição para colaborar no que for necessário, e ainda reafirma o seu compromisso em cobrar incessantemente desta empresa informações precisas sobre os sistemas de proteção dessas estruturas.
Presidente do Metabase, veradoo André Viana Madeira "Podemos" (Foto/Rodigo Ferreira/ Arquivo/Divulgação)
O comunicado do presidente da Vale S/A, Fabio Schvartsman durante a coletiva de imprensa desta segunda-feira (28). Onde ele apresenta o descomissionamento de barragens no sistema alteamento a montante causou grande preocupação, em especial nos trabalhadores da empresa Vale. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Extração do Ferro e Metais Básicos de Itabira e Região (Metabase), vereador André Viana Madeira (Podemos) explicou em tempo hábil (enviou o áudio pelas redes sociais) que Itabira não terá sua unidade paralisada. As barragens que se romperam em Mariana-Mg em 2015, e em Brumadinho-Mg , na semana passada, foram erguidas com a mesma técnica que é considerada obsoleta e de maior risco pelos especialistas. No modelo de alteamento à montante, mais econômico, a construção de novas etapas da barragem é feita sobre os rejeitos depositados, na parte interna da estrutura. É o formato mais comum de depósitos de rejeitos na mineração. Em Itabira, de acordo com o sindicalista, “as barragens não possuem essa técnica”, esclareceu.
A empresa Vale confirmou essa afirmação em seguida ao anúncio do presidente do Metabase Itabira por meio de nota: “...Para a realização das obras de descomissionamento das barragens a montante com segurança e agilidade, a Vale paralisará temporariamente a produção das unidades onde as estruturas estão localizadas, a saber; as operações de Abóboras, Vargem Grande, Capitão do Mato e Tamanduá, no complexo Vargem Grande, e as operações de Jangada, Fábrica, Segredo, João Pereira e Alto Bandeira, no complexo Paraopebas, incluindo também a paralisação das plantas de pelotização de Fábrica e Vargem Grande. As operações nas unidades paralisadas serão retomadas à medida que forem concluídos os descomissionamentos...” diz a nota. Assista a entrevista coletiva do presidente da Vale, Fabio Schvartsman, na íntegra:
Absurdo
e vergonhoso por parte da Vale! “Então, não é levado em consideração o ser
humano mais, é o lucro, essa e a visão do capital”, lamentou o Cacá
Vice-presidente do Sindicato Metabase, Carlos Estevam "Cacá" e as lideranças sindicais, e voluntariados discutem soluções para impor a segurança sobre o rompimento da barragem do Itabiruçu (Foto/Heitor Bragança)
De acordo com o
vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores
nas Indústrias de Extração do Ferro e Metais Básicos de Itabira e Região
(Metabase) Carlos Estevam “Cacá”, ele falou das providencias que serão tomadas
com relação ao rompimento da barragem da Vale na mina Córrego do Feijão, em Brumadinho-Mg
que aconteceu na tarde desta sexta-feira (25). Onde as lamas do rejeito de
minério invadiram as áreas operacionais da mineradora, e também nas regiões das
zonas rurais que ficam nas proximidades da mineradora também foi invadida pela
lama do rejeito de minério que destruíram casas e residências que ficaram
soterradas com vítimas fatais que sobreviveram durante a tragédia em Brumadinho
que foram localizados pelo Corpo de Bombeiros, no local com; 121 mortos, 94
pessoas identificadas; 226 desaparecidos, 176 desalojadas, 192 resgatados, 395
localizados até agora. Sendo
que as vitimas do rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão ainda estão
desaparecidas neste momento após a tragédia em Brumadinho, do qual as lamas do
rejeito de minério que foram dragadas durante o despejo dentro da barragem que
estourou durante o rompimento que acabou invadindo as casas e residências que
ficaram soterradas com destroços que resultaram em mortes e desaparecimentos
das pessoas que são vitimas fatais desta tragédia em Brumadinho.
Vice-presidente do Metabase, Carlos Estevam "Cacá" (Foto/Heitor Bragança)
“Nós
temos aqui em Itabira barragens de 40 anos, e em outras cidades nós temos
barragens também antigas [há mais de décadas]. Eu tive a oportunidade em um
determinado momento da minha vida profissional, no principio quando eu entrei
pra Vale. Algum conhecimento sobre barragem; batimetria, piezômetros
hidráulicos, piezômetros abertos que são as formas de monitoramento. Mas, ainda
já está claro que tornou-se insuficiente apenas isto pra poder monitorar um
possível risco igual que aconteceu nessa barragem que estava há três anos em
besouros, ali em Brumadinho. Nós, queremos exigir que a empresa tem uma
tratativa mais séria em relação a isto. Por quê a gente pode observar a maioria
das barragens que eu conheço. Elas ficam acima das áreas habitadas, e o risco
com isto, e é isso que nós estamos vendo esse resultado lamentável que aconteceu
agora de novo lá em Brumadinho [-Mg]”, contou.
Em
reunião de ultima hora deste sábado (26), no auditório “José Felipe Adão”, na
sede do Sindicato Metabase. Carlos Estevam afirmou que o movimento é para
discutir e debater sobre as atitudes que serão tomadas após a tragédia ocorrida
em Brumadinho, e sabendo que ainda as barragens de Itabira-Mg também poderão acontecer
à mesma tragédia que aconteceu em Brumadinho. Como em Mariana-Mg que também
teve o rompimento da barragem de Fundão no subdistrito de Bento Rodrigues no
dia 6 de novembro de 2015 que completou 4 anos no ano passado após a tragédia que
resultou 18 mortes com 1 corpo desaparecido que não foi localizado sequer até o
momento após o rompimento da barragem de Fundão durante a dragagem do rejeito
de minério que eram despejados dentro da
barragem, do qual; a Samarco Mineração S/A, Vale S/A; são mantenedoras da mineração em conjunto com a Anglo Australiana BHP
Billiton que integram a Fundação Renova. Que resultou 18 mortos e 1 desaparecido após a
tragédia em Mariana. Em Brumadinho, 192 pessoas escaparam da avalanche das
lamas do rejeito de minério que deixou as casas, residências, ônibus e
automóveis com pessoas mortas e soterradas, e também desaparecidos durante o
rompimento da barragem de Brumadinho, do qual os funcionários das empresas
terceirizadas que são contratadas da Vale também morreram e desapareceram
durante o horário de trabalho na área operacional da mineradora durante o
rompimento da barragem de brumadinho na mina Córrego do Feijão.
“Então,
o propósito desse encontro que a gente vai trabalhar no sentido de ampliar por
que existe um clamor nacional em cima do tema, e esse clamor é justo. Por que
vidas foram perdidas, e famílias perderam pessoas. O ser humano está sendo
tratado num processo economicista como se ele fosse coisa. Então, não é levado
em consideração o ser humano mais, é o lucro, essa e a visão do capital. E
então, nós queremos reverter essa máxima do capital e colocar o ser humano em
primeiro lugar por que de fato é o ser humano que importa. Nós, como
trabalhadores, como moradores de também cidades mineradoras, como pessoas
envolvidas de uma forma ou de outra podemos ser atingidos por essas tragédias e
outras mais, e não só as questões das barragens. Nós temos aqui representantes
de vários segmentos também que não estão ligados diretamente com a questão da
barragem. Talvez a gente tem que discutir pra frente outros temas que não só
barragem. Mas, o imediato esta proposto está para resolver essas questões
relativas com relação a barragem”, defendeu.
Lideranças sindicais e representantes das entidades locais participam da primeira reunião emergencial apos o rompimento da barragem de Brumadinho (Foto/Heitor Bragança)
Durante
a reunião de ultima hora com as lideranças sindicais e voluntariados das entidades,
Carlos Estevam e os dirigentes sindicais ouviram todos os membros e os colegiados
que estiveram presente nesta primeira reunião emergencial para poder tomar as
devidas providencias durante os relatos dos membros da diretória da classe
sindical, e também dos voluntariados das entidades sobre a tragédia da barragem
de Brumadinho que resultou vitimas fatais e pessoas desabrigadas que tiveram as
suas casas e destruídas com os seus bens e pertences durante o rompimento da barragem.
Sendo que todas as lideranças sindicais e voluntariados das entidades mostraram
toda a disposição para desempenhar todas as ações voluntarias para a
localização das vitimas que se encontram mortas, desaparecidas e soterradas
após a tragédia em Brumadinho, e eles ainda garantiram em dar todo o suporte e
a assistência aos familiares das vitimas da tragédia que ocorreu em Brumadinho.
No início da reunião Carlos Estevam ainda relembrou de outras tragédias como a
de Mariana-Mg que foi uma grande catástrofe muito histórica na cidade, e causou
uma enorme destruição da parte da cidade. Com o intuito de criar os movimentos
populares “a curto, a médio e a longo prazo” para fazer todas as apurações das
investigações da causa do rompimento da barragem do brumadinho para poder
cobrar todas as devidas providencias da mineradora.
“A
gente percebe que está bem diversificado aqui a comunidade. Que é um momento
muito voluntário de participar e contribuir. Que é um momento [mais] difícil
que nós estamos passando pela quinta vez na Vale. Outras tragédias já
aconteceram, e essas tragédias não são reportadas. Hoje, deu muita repercussão
[muito grande] por se tratar como [a tragédia de] Mariana [de 2015] foi muito
grande. Embora, não tenha dado ou ter surtido efeito necessário de mitigação dos
riscos. Houve uma omissão muito grande, e as pessoas confiando que as medidas
corretivas haviam sido tomadas. A empresa [Vale] colocando que usando uma das
melhores condições de tecnologias de monitoramento e muito mais. Que as
populações pudessem ficar tranquilas que não aconteceria mais. E gente sabe que
esse modelo de barragens, é um modelo já ultrapassado e obsoleto”, relembrou.
Outro
ponto foi relembrado à implantação do “Plano de Contingência” durante a reunião
do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Codema) que foi aprovado pelo colegiado
durante o primeiro ano de governo do ex-prefeito Damon Lázaro de Sena (PV). Em
entrevista a imprensa Carlos Estevam, ele afirmou que ainda pretende discutir e
tirar todas as ideias para o desempenho das ações sobre o rompimento das setes barragens
do; Pontal, Santana, Itabiruçu, Conceição, Dona Rita, Cumbucal, Rio de Peixe; de
Itabira, do qual se encontram instaladas dentro da mineradora há mais de décadas. Carlos Estevam ainda afirmou
pretende dar todo o pontapé inicial para fazer tudo o que está sendo discutido,
de forma ativa para a implementação da elaboração dos processos de exploração e
de segurança nas principais barragens de rejeitos de minérios como; Conceição,
Itabiruçu e Pontal; onde são depositados todos os rejeitos de minérios durante
a dragagem na mineradora dentro das minas; Conceição, Periquito e Cauê; e em
diversas áreas operacionais da mineradora diariamente.
Ainda
evitando o rompimento destas barragens que são mais críticas e movimentadas
pela mineradora durante as atividades operacionais nas minas. Sendo que três itabiranos mortos que são vitimas desta
catástrofe durante o rompimento da barragem da mineradora, na mina Córrego do
Feijão, em Brumadinho até o momento. Com o propósito de elaborar a carta aberta
e também o pedido de uma Comissão Parlamentar do Inquérito (CPI)
especifica para poder apurar todas as irregularidades sobre o rompimento de barragem,
em Brumadinho, e também com a preocupação com a barragem do Itabiruçu, em
Itabira. Sabendo que a responsabilidade ainda será maior devido às obras de
alteamento da barragem que acontecerá ainda pela frente, da qual a carta será circulada
em todo o território nacional. Até que a carta aberta chegue às mãos dos governos
estadual e federal para poder tomar todas às providencias cabíveis com relação
ao rompimento da barragem de Brumadinho.
“Nós, estamos debatendo aqui hoje, é a questão da precariedade da forma
como que o minério é tratado em forma de roupa. Tem outras formas podem mitigar
isso. Por exemplo; filtragem a seco, e existem [ainda] a tecnologia de filtragem
de decomposição a seco. Várias formas que podem ser utilizados a não ser dessa
forma. Que ela tem uma vantagem muito grande de que o impacto ambiental ele é muito
menor na decomposição a seco. A lei não tem perigo, e tem um impacto ambiental que
se desmata excedores de matas virgem e muito mais pra repor minério. Mas, tem a
questão da segurança, e tem que se levar em conta essa decomposição a seco ela
não traz isso dessa amonta. Aqui nós estamos tirando uma proposta da Cpi
[Comissão Parlamentar do Inquérito], e dentro desse trabalho que a gente vai
fazer nós vamos exigir a Vale a recomposição a seco. É uma composição menos
criminosa do que é feita hoje”, concluiu.
Veja o vídeo da reportagem do Jornal Minas, da Rede Minas:
Agora, veja o vídeo do pronunciamento e da entrevista coletiva do presidente da Vale Flávio Schwazrtman, na íntegra: