"Itabira 2028" - Prefeitura, Vale, Câmara, Interassociação, CDL e
Acita formam um grupo para debater e discutir o futuro da mineração no
município
Autoridades discutem o futuro da mineração de Itabira durante a entrevista coletiva (Foto/Rodrigo Ferreira) |
Segundo
o vice-presidente da Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais
(AMIG), o prefeito Ronaldo Lage Magalhães (PTB) afirmou que a Universidade
Federal de Itajubá (UNIFEI/Campus Itabira), Parque Tecnológico, Porto seco,
Centro Universitário “Una”, Pitágoras e Centro Universitário de Maringá (UNICESUMAR) serão os grandes caminhos da
diversificação econômica para o futuro da exaustão da mineração diante da
responsabilidade da administração municipal. Em coletiva de imprensa desta terça-feira
(18), Ronaldo Magalhães ainda afirmou que pretende formar um grupo de discussão
com a Câmara Municipal de Itabira (CMI), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Associação Comercial Industrial de Serviços e
Agropecuária de Itabira (ACITA) e Interassociação dos amigos dos bairros de
Itabira (ICRECI) para discutir sobre a solução do futuro da exaustão da
mineração da cidade. Acompanhado pelo gerente geral da Vale S/A
Rodrigo Paula Machado Chaves e pelo presidente da câmara vereador
Neidson Dias Freitas (PP) juntamente com a sua equipe de governo. Ronaldo
Magalhães ainda afirmou que esteve na sede central da Vale do Rio de Janeiro-Rj
desta quarta-feira (11), da semana passada, para discutir e debater com o diretor-executivo de Sustentabilidade e Relações
Institucionais, Luiz Eduardo Osório sobre o relatório anual Form 20 (F20) que foi registrado em abril deste
ano na Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos referente à produção
da mineradora até 31 de dezembro de 2017 com duração de 10 anos da permanecia
da Vale na cidade. “Então, vamos iniciar a nossa conversa bastante importante, um
pouco complexa. Então, nós temos que estarmos nesse caso, e nesse momento estarmos
juntos. A discussão é sobre a permanência da vale em Itabira. Saiu há um mês que
a vale estaria em 10 anos saindo de Itabira”, adiantou.
Ronaldo Magalhães fala sobre a reunião da Vale no
Rio de Janeiro-Rj (Foto/Rodrigo Ferreira)
|
Ronaldo Magalhães ainda esclareceu que a Vale apresentou a
situação da exaustão da mineração referente à prova de minério
apresentada à Bolsa de Nova Iorque em 2001 que previa a exaustão que ocorreria
em 2014. Sendo que hoje, as reservas e os recursos provados asseguram que a
mineração vai até 2028 como previa o projeto “Itabira 2025” que foi lançado
pela Acita em 1989, durante a gestão do ex-presidente (1989/1990) Pedro
Eustáquio dos Santos “Pedrinho da Sempre Viva” e no governo do ex-prefeito
(1989/1992) Luiz Menezes “In Memoriam” (PPS). A Vale ainda possui um
quadrilátero ferrífero próximo da usina de mineração do Anglo American S/A, de
Conceição do Mato Dentro-Mg. Ronaldo Magalhães ainda afirmou que a Vale permanecerá
na cidade para fazer todo o seu devido reaproveitamento do minério que é
depositando dentro do rejeito das três usinas das minas Conceição e Cauê.
Diante das grandes tecnologias evitando o desperdício desses resíduos para o seu
devido reaproveitamento na mineradora. Como foi dito em sua entrevista no
programa “Plantão da Cidade”, da Rádio Itatiaia Am/Fm na sexta-feira (29), do
mês passado. “Então, nós conversamos bastante e mostrou que a Vale não vai sair
de Itabira daqui a 10 anos. Realmente, não vai permanecer com essa produção de
minério que esta aí hoje. Ela tem grandes reservas de minério no quadrilátero
ferrífero até bem próximo aqui. E a Vale está iniciando o processo de estudos
para ver como aproveitar melhor futuramente a usina de Itabira. A Vale entende
e considera e de sempre que a melhor usina de tratamento de minério aqui de
Minas Gerais. Em Itabira, houve um grande investimento, e essa usina aqui em
Itabira são três conjuntos (Conceição e Cauê) que se torna uma grande usina
moderna, e que pode tratar qualquer tipo
de minério. Então, isso esta sendo estudado. Mas, também cobramos da Vale como
vamos trabalhar nesse futuro todo. Nós, no passado tínhamos uma perspectiva de
mais tempo de mineração em Itabira. A Vale realmente tem outras reservas de
mineração mais próximas da cidade e dentro do município. Pode ser que até volte
a montar uma estrutura com a tecnologia mais moderna por estar tratando de
trabalhar nisso”, explicou.
Gerente geral da Vale, Rodrigo Chaves (Foto/Rodrigo Ferreira) |
Mesmo dependendo de Licenciamento
Ambiental (LA) para impor o fim da mineração. Rodrigo Chaves
confirmou todos os esclarecimentos que foram feitos por Ronaldo Magalhães durante
a coletiva de imprensa em seu gabinete. Após a divulgação do relatório anual “Form 20”, o assunto causou uma grande repercussão na cidade inteira que acabou virando
um verdadeiro debate nas reuniões mensais da Interassociação, e também nas
reuniões ordinárias e de comissões entre os vereadores que acontece
semanalmente na Câmara. Sendo que esse assunto foi discutido na reunião pública
da Vale que aconteceu na Câmara desta quinta-feira (28), do mês passado.
Rodrigo Chaves ainda afirmou que a Vale pretende permanecer no município mesmo que a
exaustão da mineração aconteça ou não em 2028 com diferença de 3 anos na margem
de erro que foi cometido pela Acita quando lançou o projeto “Itabira 2025” em 1989,
durante o governo Luiz Menezes. Sendo que a Vale fez o maior investimento
histórico na construção das usinas dos projetos “Conceição Itabiritos” e “De
Capital” nas minas Conceição e Cauê nos últimos tempos, e com muito mais
recursos tecnológicos para o tratamento desses resíduos de melhor qualidade na
era da tecnologia do que as outras usinas da Vale que estão espalhadas por todo
o canto do Brasil e do mundo.
Sendo que as usinas dos projetos “Conceição Itabiritos” e “De
Capital” se encontram instaladas na Mina Conceição, e a segunda unidade da
usina “De Capital” se encontra instalada no complexo da centralizada Mina Cauê
que estão em atividade na mineradora desde 2016, após a conclusão destas obras
que necessitam de fazer todo o rejeito do minério que são depositados
diretamente nas usinas para fazer todo o seu reaproveitamento através da
tecnologia moderna e avançada que foi totalmente aplicada na construção das
usinas da Conceição e do Cauê para dar o melhor tratamento de qualidade do
minério para serem exportados de Itabira para o mundo com o termino da reserva
do minério daqui há 10 anos sujeito a perca do repasse da alíquota mensal de“3,5%” da Compensação Financeira de Extração Minerária (CFEM), do governo
federal. “Sabemos o nosso papel, e que é
de fato que somos hoje uma maior empresa de Itabira. E pro futuro gente, quero
continuar sendo uma maior empresa de Itabira, e vamos continuar sendo desse
grande fato. Nós não vamos sair de Itabira. O que projeta-se pela frente é uma
continuidade daquilo que nós investimos em Itabira ao longo desses anos, e
vamos permanecer na cidade. Qual que a
nossa ideia de permanecer em Itabira? Nós temos três usinas que tem a
tecnologia mais avançada de tratamento de minério de ferro no mundo. São as
três (usinas) que estão sendo mais avançadas até do que as outras, do que a
própria vale. Isso, traz uma atividade muito grande para Itabira, e traz pra a
gente a certeza de continuidade da mineração em Itabira. É claro que esse é o
nosso plano, caso a reserva medida hoje termina dentro de dez anos. Mas, a
gente tem todo um quadrilátero ferrífero com reservas que podem ser processadas
em Itabira. E esse é um grande fato. Nós não temos esse planejamento de sair
por que tabira faz parte desse plano nas próximas décadas”, esclareceu o Rodrigo Chaves.
Visita a sede central da Vale no Rio de Janeiro em junho, do mês passado (Foto/Acom Ita) |
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