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terça-feira, 2 de julho de 2019

“50 anos de Stonewall” é comemorado com pouco público em Itabira – Menos do que o esperado e sem apoio do Poder Público! “Itabira teve um retrocesso muito grande nos últimos tempos”, lamentou o Gercimar Almeida

Mesmo com pouco público na "Praça Redonda", Gercimar de Almeida não se desanimou e fez a questão de celebrar os "50 anos de Stonewall" (Foto/Heitor Bragança)  

Com pouco público muito abaixo de “1,5 Mil” (dentro e fora do guarda roupa) do que o esperado durante a comemoração dos “50 anos deStonewall”, na Praça Acrísio Alvarenga “Praça Redonda” desta sexta-feira (28). De acordo com o Coordenador do Coletivo Ativista Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersex (LGBTI) Gercimar de Almeida, ele convidou algumas pessoas para fazer o manifesto através do ato público no combate contra a discriminação e o preconceito aos homossexuais. Pela reivindicação dos seus direitos de liberdade em seus espaços nas escolas e no mercado de trabalho para superar todo este preconceito diante da sociedade itabirana em que nós convivemos neste espaço populacional, da qual a comemoração dos “50 anos de Stonewall” que aconteceu em todo o território nacional.

Gercimar Almeida fala do descaso do Poder Público Municipal e Privado
(Foto/Heitor Bragança)
Gercimar de Almeida ainda falou de sua importância no combate contra o preconceito dos homossexuais que acontece constantemente no cenário e do convívio com a nossa sociedade brasileira e local nestes segmentos em defesa desta causa pelos direitos do Lgbti mesmo sem o devido apoio dos Poderes Público Municipal e Privado [PPM e PPP] nos últimos 3 anos consecutivos. “Atuar no ambiente como a cidade que fala que é conservadora, a gente respeita. Mas, a gente da comunidade [Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersex-] Lgbti não pode ficar calado também. Por que senão, não tem as politicas públicas [voltadas para o Lgbti] que a gente precisamos. Então, Itabira tem um retrocesso muito grande de dois anos. Nós, o coletivo ativista itabirano não consegue fazer a ‘Parada [Gay’] por que é falta de apoio do governo [do prefeito Ronaldo Lage Magalhães-PTB]”, lamentou.

“Por que não é só falar assim; ‘eu vou fazer a ‘Parada [Gay’]. Tem que ter o apoio e das empresas privadas. Então, é muito importante essa data por que hoje se comemora é 50 anos [de Stonewall] e não é cinco dias. Quantos Lgbt precisou de morrer para que a gente possa estar aqui hoje? (...) Então, é nacional esse evento hoje, e não fica só na data. Hoje, essa data é específica por que precisou de morrer vários gays em Nova York [-NY, nos Estados Unidos da América-EUA], e na época eles falar; ‘Chega! E vamos revidar!’, e revidamos e graças a Deus estamos ai, e quem sobreviveu conta a história. Tem um filme sobre o tema, e muito bacana o filme que mostra sobre o tema [‘50 anos de Stonewall’] de como que era mesmo a invasão dos policiais. E ainda a gente sobre com os policiais, e dependendo dos policiais e fala; ‘a gente sofre nas mãos deles’”, desabafou.

Com a falta de público, ninguém chegou a utilizar o "Tribuna Livre"
(Foto/Heitor Bragança)
Gercimar de Almeida ainda pretende retomar todas as atividades Lgbti através de renegociação com os Poderes Público e Privado para que as edições da “Parada Lgbt” possam ter a retomada das atividades anualmente com toda a força total, e com a inclusão no calendário das atividades culturais do município. “Agora se eu depender da Fundação [Cultural Carlos Drummond de Andrade-FCCDA] que no lugar de uma Secretaria [Municipal] de Cultura [-SMC] da cidade, e eu não tive apoio e eu não tenho. Eu tenho que colocar a cara a tapa igual estou fazendo aqui [na ‘Praça Redonda’] e outros ativistas pra mostrar, e está chegando ai o [45º] Festival de Inverno [de Itabira]. Que atração que tem pra a comunidade Lgbti no [45º] Festival de Inverno? Nenhuma! Nós somos seres humanos e nós pagamos o nosso imposto, e também nós vivemos de cultura”, defendeu.                   

Questionado sobre os tipos de politicas públicas voltadas para o Lgbti, Gercimar de Almeida ainda esclareceu que sempre defendeu todos os tipos as politicas publicas para a conscientização em favor da população contra o preconceito e a discriminação sexual no município e em todo o território nacional; na educação, na saúde e no convívio com a sociedade. De forma muito harmônica, Gercimar de Almeida sempre defendeu todas estas bandeiras em favor destas causas sociais e também do convívio social diante do combate contra o preconceito sexual, de forma muito constante desde que implantou a entidade filantrópica voltada para os homossexuais desta conceituada comunidade Lgbti.

“As políticas públicas que a gente quer é para conscientizar a população, e que a comunidade [Lgbti] existe. E existe [Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersex-] Lgbti dentro da cidade. Se falar que não existe Lgbt dentro da cidade; ‘eu tô voltando pro guarda-roupa, armário e eu estou voltando pra tudo’. Eu não quero voltar há 50 anos atrás? Eu quero é seguir [a vida]! Políticas públicas voltadas para Lgbt na educação da população. Dentro dos governos [municipal, estadual e federal] eles não sabem lhe dar com a população Lgbt. Você não sabe como que um médico vai chamar o transexual; ‘que hoje  não é o transexual, é a transexual’. Como que o homossexual vai consultar? Então é isso que a gente quer; políticas públicas, educando a população e fazendo um trabalho grande dentro da cidade, e assim consegue esse grande avanço”, destacou.          

segunda-feira, 1 de julho de 2019

Por Lenin Novaes! Alucard na parada gay em SP

Jornalista e escritor Lenin Novaes (Foto/Acom/Fccda/Arquivo/Divulgação)
A comitiva de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexuais de Alucard se destacou na 23ª edição da Parada Gay, realizada em São Paulo, com a participação de dezenas de milhares de pessoas do país e até do exterior. Integrantes da corte alucardeana ostentaram cartazes destacando a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que equiparou atos de homofobia ao crime de racismo e slogans criticando a exploração desenfreada há décadas de hematita e os atos considerados insanos, alienados, do governo bolsonarista.
- Athaliba, o evento, organizado pela ONG APOGLBT SP (Associação de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros de São Paulo) e comandado pela drag queen Tchaka e apadrinhado pela apresentadora Fernanda Lima, contou com representantes de mais de 60 Paradas LGBT do Brasil. O movimento celebrou os 50 anos das primeiras manifestações de luta pela diversidade sexual, relembrando a Revolta de Stonewall, que aconteceu em Nova York, nos EUA, em junho de 1969, considerada marco da batalha contra a homofobia.
- Pois é, Marineth, cada ano que passa a Parada Gay se agiganta, tirando os enrustidos do armário. A fração LGBTi tem forte influência e participação econômica nesse sistema capitalista excludente e alimenta anseios políticos que procura amparar uma conjuntura social em apelo à insustentável democracia. Até o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, tirou sarro do presidente da República, Jair Bolsonaro, por suas ações relacionada ao grupo LGBTi, exaltando o fato de a Parada Gay acontecer dentro do feriado Marcha para Jesus, quando passou entre os militantes sob a bandeira do arco-íris. Bolsonaro, vale lembrar, discursou na Marcha para Jesus.
Covas disse que “a expectativa do governo municipal é movimentar neste ano mais dos que os R$ 288 milhões contabilizados em 2018. Isso não significa impostos, mas recursos que são injetados na cidade, no turismo, hotéis, restaurantes. Mais importante do que isso é mostrar para o Brasil e para o mundo que São Paulo celebra a diversidade e quer ser referência em respeito aos direitos humanos”.
- Sabe, Athaliba, a comitiva LGBTi de Alucard foi comandada pelas transexuais Mary Help e Shelby, contando com a participação das gêmeas lésbicas Francinete e Ivonete, uma ativa e a outra passiva, respectivamente, marido de Deolinda e mulher de Hermelinda; de Mouzalina, a travesti especializada em pompoarismo; de Belinha, que tem um cão de grande porte apelidado de lambe-lasca; e da transexual Gina, a sedutora alucardeana que fez cirurgia de redesignação sexual, entre outras pessoas simpatizantes do movimento.
- Como foi Marineth, afinal, a atuação da corte alucardeana na Parada Gay?
- Athaliba, a Mary Help me contou que seguiu orientações da direção da Aliança Nacional LGBTi, que aguarda publicação do acórdão pelo STF para lançar campanha contra a fobia contra os homossexuais, pois acredita que serão necessários instrumentos para garantir o cumprimento da decisão. Um dos itens da campanha passa pela educação, “não para transformar as pessoas em LGBTs, mas para transformá-las em pessoas que respeitem os LGBTs, que não haja violência”.
A comitiva LGBTi de Alucard exibiu em cartazes críticas a Jair Bolsonaro, junto a um dos 19 trios elétricos onde os deputados federais do PSOL Sâmia Bonfim e David Miranda relatavam, no microfone, medidas e atitudes consideradas fascistas do mandatário brasileiro. Entre cartazes se via frases criticando o prefeito Esponjinha relacionadas à exploração de minério de ferro que geraram, ao longo de décadas, mais de uma dúzia de barragens com milhões e milhões de m³ de rejeitos e que podem destruir Alucard, em caso de rompimento.
- Marineth, por ocasião da decisão do STF em criminalizar a homofobia li comentários nos rodapés de algumas matérias publicadas nos jornais. Um deles manifesta o seguinte: “Só a expressão presidente Bolsonaro já me causa náuseas. Quando ouço, ainda me pergunto se é isso mesmo o que aconteceu. Se é possível que esse homem esteja na presidência. Quando ele abre a boca então... Existe homem mais vil? É a encarnação do retrocesso, do obscurantismo. Parece que saiu de outro século e veio para o nosso jorrar seus preconceitos e, por que não dizer, seus traumas. Que fixação é essa com a sexualidade? Desejo reprimido e transformado em perseguição? Deveria se tratar”.
A maioria esmagadora de outros comentários traduz a mesma indignação e seria repetitiva a reprodução. No contexto da manifestação LGBTi quero lembrar o poeta Antônio Crispim através do poema “A castidade com que abria as coxas”, no livro “Amor natural”, publicado pós-morte.
“A castidade com que abria as coxas
E reluzia a sua flora brava.
Na mansuetude das ovelhas mochas,
E tão estreita, como se alargava.
Ah, coito, coito, morte de tão vida,
Sepultura na grama, sem dizeres.
Em minha ardente substância esvaída,
Eu não era ninguém e era mil seres
Em mim ressuscitados. Era Adão,
Primeiro gesto nu ante a primeira
Negritude de poço feminino.
Roupa e tempo jaziam pelo chão.
E nem restava mais o mundo, à beira
Dessa moita orvalhada, nem destino”.

sexta-feira, 28 de junho de 2019

“12 Mil” moradores dos “ZAS” ou “ZARM” tem o pedido recusado - Sobre a retirada do rejeito de minério das barragens! “Não tem como a gente simplesmente falar: ‘Tira tudo!’”, resumiu a promotora


Contra o processo de descomissionamento - “Então, não adianta falar; ‘não queremos mais barragens!’”, lamentou a Drª Giuliana Talamone

Leonardo Reis e os membros do Comiê Popular da Mineração, e o vice-presidente do Metabase Carlos Estvem fizeram todos os questionamentos com relação as barragens do município (Foto/Ana Dias/Diário de Itabira)
De acordo com a promotora do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) Drª Giuliana Talamone Fonoff, ela ainda esclareceu que a empresa (sem citar o nome) que está prestando serviços de inspeção e auditoria interna para o Ministério Público, ela é diretamente dos Estados Unidos da América (EUA) e tem uma vasta experiência em território americano com todos os tipos de evacuações nas Zonas de Auto Salvamento (ZAS) como o caso do furacão Catrina e dentre outras ações na prestação de serviços assistenciais ao resgate para a população americana. Sendo que esta empresa está participando do plano de evacuações através do Ministério Público (MP) para poder acompanhar de perto todas as atuações desta empresa dentro da área da mineradora. Para que esta empresa possa prestar todos os esclarecimentos ao Ministério Público sobre as 18 barragens de mineração e de água “A Jusante” que são cadastradas na Agência Nacional da Mineração (ANM). “Ela é uma empresa renomada internacionalmente, e ela é uma empresa americana que trabalha lá nos planos de evacuação nos Estados Unidos [-da América – EUA], e trabalha em evacuação como o furacão Catrina e dentre outras coisas. Então, ela tem muita especialização nisso”, esclareceu a promotora.  

Manifestantes escrevem a faixa com protesto contra a mineradora
 (Foto/Ana Drummond)
Sabendo que ainda é impossível fazer a toda a retirada das lamas do rejeito de minério destas 15 barragens de mineração, do qual os moradores da região do João XXIII queriam que a Vale S/A retirasse todo o rejeito de minério para evitar os futuros rompimentos da barragem Itabiruçu para quem mora dentro das Zonas de Salvamento ou Zonas de Auto Risco de Morte (ZARM). Como foi discutido e debatido durante a reunião do “Comitê Popular dos Atingidos pela Mineração em Itabira e Região” que aconteceu na última segunda-feira (01/04), no auditório da igreja Nossa Senhora de Conceição Aparecida, do João XXIII, após o acionamento errôneo das sirenes do Plano de Ação de Emergências para Barragens de Mineração (PAEBM) que também aconteceu na última quarta-feira(27/03), de forma muito gravíssima que apavoraram os moradores das “Zonas deSalvamento” ou “Zonas de Risco de Morte” que tiveram que se deslocar das suas casas sem ter nenhuma necessidade sequer no momento.

“Então, é um trabalho que está se iniciando agora, e que o Ministério Público [de Minas Gerais-MPMG] vai acompanhar isso, e imagino eu. Que é um trabalho que vai durar mais de anos, e as estruturas e as [18] barragens [de mineração e de água] estão ai, e não tem como a gente agora ou simplesmente falar; ‘tira tudo!’. Elas são barragens de estruturas muito grandes de difícil de até da gente conseguir entender; o volume de rejeito [de minério] de que tem ali. Então, não a gente adianta falar; ‘não queremos mais barragens!’. Elas vão ficar aqui por muito tempo. Tem a legislação agora para descomissionar [as 18 barragens]. Que isso vai ser feito e fiscalizado. Mas, a gente ainda tem um tempão com elas ai. Não tem jeito. Então, o que a gente tem que fazer é fiscalizar e exigir que elas estejam realmente seguras, e mais do que isso. Preparar a toda a população, e colocar junto com a população de Itabira [-Mg] essa realidade. Por que as barragens estão ai, e que a população tem que sim saber como agir numa emergência. Então, são esses dois caminhos em que o Ministério Público [MP] está trabalhando, e eu entendo que nós estamos caminhando bem”, explicou a promotora.            

quinta-feira, 27 de junho de 2019

Com o retorno da “Parada LGBTI” – Nesta sexta-feira! “Hoje, nós estamos comemorando os 50 anos de história de Stonewall”, defendeu o Gercimar Almeida


2 anos sem edições – Após assumir o governo! Ronaldo Magalhães não dá apoio a “Parada LGBTI”

Vice-presidente do Lgbti vai realizar o ato público em comemoração dos 50 anos de Stonewall (Foto/Rozenilda Lemos)


A rebelião de Stonewall foi uma série de manifestação violentas e espontâneas de membros da comunidade LGBT contra uma invasão da polícia de Nova York que aconteceu nas primeiras horas da manhã de 28 de junho de 1969, no “Bar  Stonewall Inn”, em Manhattan, em Nova York, nos Estados Unidos da América (EUA). Esses motins são amplamente considerados como um dos grandes eventos mais importante que levou ao movimento moderno de libertação gay à luta pelos direitos LGBT no país. Ainda neste ano os ativistas traz como tema os “50 anos de Stonewall”, e vamos lembrar que nestes 50 anos a luta pelos direitos ainda permanece.

Em comemoração aos 50 anos de Stonewall que acontecerá nesta sexta-feira (27) na Praça Acrísio Alvarenga “Praça Redonda” após um ano sem realizar as edições Parada do Orgulho das Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersex (LGBTI). De acordo com o presidente interino da Associação da Diversidade Itabirana (ADDI), Gercimar Almeida, ele esclareceu que a revolução que a aconteceu em Nova York (NY) em pleno final da década de  60 com o enfrentamento do Lgbt contra a policiais americanos para poder prevalecer todos os seus direitos de liberdade homossexual de conquistar grandes objetivos diante das grandes oportunidades que ainda são poucas no momento. “Hoje, nós estamos comemorando os 50 anos de história de Stonewall que são cinco décadas em que a gente ganhou algumas coisas de politicas públicas”, defendeu o ativista.

Com a expectativa de “1,5 Mil” pessoas no evento que acontecerá na “Praça Redonda”, e ainda com cerca de “1,2 Mil” (dentro do guarda-roupa) e mais “1,6 Mil” (fora do guarda-roupa) Lgbti´s. Com os diversos grupos espalhados pelas redes sociais em favor da classe homossexual, e ainda com o direito as faixas e cartazes estampados dizendo; “Você abraçaria um Lgbti?”, “Você Abraçaria uma lésbica?”, “Você abraçaria um travesti?”; que serão divulgados durante o ato que acontecerá na “Praça Redonda” desta sexta-feira (28). Sendo que em Itabira, não será diferente essa comemoração, apesar de que os ativistas tem um retrocesso na cidade. Gercimar de Almeida ainda esclareceu que ele e os demais companheiros da classe homossexual não deixaram de lutar por suas origens, sabendo que os poderes executivos e o legislativo não apoiam há dois anos a edição da “Parada Lgbti”, na cidade. “Por que é um ato público, e é um horário de pico da cidade, e as pessoas largando o serviço e voltando pra casa. Pessoas passando de carro em volta da pracinha pra sentir que os ativistas não pararam com o trabalho. Com toda a dificuldade que a gente tem. A gente está na luta ainda”, acrescentou o ativista.  

Sendo que o Gercimar de Almeida ainda não fez os levantamentos situacionais das crianças e adolescentes que também são portadores de Lgbti sabendo que o número de Lgbti entre escolas municipais, estaduais e de ensino médio e superior são maiores no momento. “Então, a gente vê e faz uma comparação de quantas conduções que sai daqui pra ir pra ‘Parada [Lgbti’], de Belo Horizonte [-Mg]. E a gente vê todo mundo na ‘Parada [Lgbti’] lutando pela causa [e pelos seus direitos], e só tem quando chega da cidade volta pro guarda-roupa. Isso, vem do preconceito ou talvez o racismo vem da própria família que ainda existe [de forma muito constante]. Pessoas que já são decididas, e tem uns que já se conhecem  como eu. Aos meus 10 anos já reconheci como homossexual. Mas, tem aquelas crianças  que é uma fase ainda. Então, não se decidiu ”, comparou o ativista.     
          
Mesmo com um olhar nacional estivemos grandes vitória recentemente para a comunidade Lgbti que foi aprovado depois de quase duas décadas diante de uma grande luta pelo movimento no Brasil, e sendo que um dos poderes do governo do presidente da república Jair Messias Bolsonaro (PSL) reconhece que a discriminação e violência contra LGBT não é algo aceitável no marco legal brasileiro e devem ser punidas. “Então, eu estou pedindo o apoio da comunidade. A gente fez vários eventos [da Parada do Orgulho das Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersex-] Lgbti na cidade, e a comunidade apoiou”, comemorou o ativista.

De acordo com Gercimar de Almeida, o Supremo Tribunal Federal (STF) ainda reconheceu que o Congresso Nacional entre o Senado e a Câmara federal já deveriam ter aprovado uma lei que se torne considerado como o crime de homofobia e a transfobia (LGBTfobia). A suprema corte ainda afirmou que o crime de racismo abrange a discriminação e violência contra o Lgbti, aplicando-se a lei 7716/89 para punir a homofobia até que o congresso nacional aprove uma lei regulamentando a questão pela vitória da igualdade e do respeito à diversidade sexual. Sendo que um passo em direção ao fortalecimento da democracia brasileira, tão aviltada. Mais uma vez, o STF fez o que o legislativo não fez. Foi assim com o reconhecimento da união estável em 2011, com a legalização do casamento civil em 2013 e com o reconhecimento do direito à identidade de gênero em 2018.

“O quê que é a pretensão nossa? Como que foi apagado um pouco da nossa história [da edição da Parada do Orgulho das Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersex-] Lgbti que começou em 2014 em nossa cidade, e veio o outro governo [do prefeito Ronaldo Lage Magalhães – PTB] e começou se apagar? É pra não esquecer que aqui existe a comunidade Lgbti; dentro da Prefeitura [Municipal de Itabira-PMI], dentro da Câmara [Municipal de Itabira-CMI] e dentro dos hospitais [HNSD e HMCC] e empresas. A gente está em todos os lugares. A gente não está pedindo nada mais. Mas, a gente só quer politicas públicas que são voltadas ao Lgbti. Aqui em Itabira não tem uma politica publica voltada a saúde do Lgbti. Hoje, a gente não se sabe como que as mulheres transexual são tratadas dentro destas unidades? Olha que já tem uma lei [federal] muito forte que é a lei do nome social. Então, a gente não sabe se está sendo feito esses trabalhos. Se tem ambulatórios [médicos nas unidades de saúde] para prestar serviços a população”, concluiu o ativista.

Profissionalização do artesanato - Em preparação para o mercado de trabalho! Inscrições abertas para oficina da “Itabira Século XXI”

A Associação Cultural Itabira Século XXI está com inscrições abertas para a oficina Artesanato em Fibras de Bananeira. A atividade é promovida pela Prefeitura Municipal de Itabira (PMI), por meio de um convênio firmado entre a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Inovação e Turismo (SMDECTIT) e a instituição itabirana.


Voltado para pessoas com idade a partir dos 15 anos, o curso é gratuito e faz parte do projeto Desenvolvimento Sustentável do Turismo (ações pontuais para qualificar e unificar o atendimento ao turista no município). Um dos objetivos da oficina é proporcionar aos alunos a profissionalização do artesanato em Itabira, a fim de que haja retorno financeiro ao artista.


De acordo com a Associação Cultural, as aulas, ministradas por Adélia Andrade, começam na primeira semana de julho e acontecerão nas quartas-feiras, das 14h às 16h, durante um ano, no Centro de Artesanato de Itabira. A turma será formada por 16 pessoas. As inscrições podem ser feitas no Museu de Itabira ou no Centro de Atendimento ao Turismo (CAT).


“Nesse projeto iremos trabalhar com a fibra da bananeira por ser tão abundante na região. É uma matéria-prima de fácil manejo e com ela pode-se produzir uma infinidade de objetos, levando em consideração o souvenir inspirado no filho mais ilustre de Itabira, Carlos Drummond de Andrade. Nas aulas, os alunos poderão conhecer, conceber e criar peças de pequeno e médio porte com características de um souvenir”, explicou um dos responsáveis pela Itabira Século XXI, Eduardo Sampaio.


Em tempo


A Associação Cultural Itabira Século XXI também ministrará oficinas em Senhora do Carmo, incluindo no povoado de Serra dos Alves, e em Ipoema. No entanto, as inscrições já foram encerradas devido à alta procura pelos cursos. São eles: pintura (Senhora do Carmo); artesanato com lixo reciclável (Serra dos Alves); e Lavadeiras Mirins, Tropeirinhos, bordados e artesanato, e viola na roça (Ipoema).

segunda-feira, 24 de junho de 2019

Comitê Popular da Mineração – Com a presença da Andréia de Jesus em Itabira! Ronaldo Magalhães e Rodrigo Chaves ainda não confirmaram a presença na reunião pública que acontecerá amanhã na Funcesi


Com o “PAEBM” inoperante – Barragens inseguras! “Não existe ‘Zonas de Auto Salvamento’ com um rompimento de uma barragem”, disse a Ana Gabriela

Ana Gabriela fala das ações contra a mineradora no Ministério Público e das grandes expectativas da reunião pública que acontecerá amanhã na Funcesi (Foto/Rodrigo Ferreira)  

Após o requerimento contra a Vale S/A e o Poder Público Municipal (PPM) ter sido entreguea promotora do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), promotora GiulianaTalamone Onoff nesta terça-feira (28) durante o “Ato no Ministério Público” que foi acompanhado por romeiros da Arquidiocese de Mariana, e das Dioceses de Itabira-Coronel Fabriciano, Janaúba, Caratinga e Governador Valadares, Guanhães e Colatina (ES), na Catedral Nossa Senhora do Rosário (CNSR) durante a véspera da “4ª Romaria das Águas e da Bacia do Rio Doce” que  aconteceu neste domingo (02). De acordo com a socióloga e membro do “Comitê Popular dos Atingidos pela Mineração em Itabira e Região”, a professora Ana Gabriela Chaves Ferreira, ela ainda explicou que o objetivo principal da reunião pública com a deputada estadual Andréia de Jesus (PSOL) é de apresentar todas essas demandas que foram encaminhadas no Ministério Público (MP) sobre as situações das 18 barragens de mineração e de água que são cadastradas na Agência Nacional da Mineração (ANM), e sendo que as barragens foram construídas com o material “A Jusante” durante os 77 anos de atividades minerária no município. “Juntos com as comunidades vizinhas, ela tem que demandar como que vai se solucionar isso. Não é a mineradora decidindo. Sabe-se de que lugar, e esse conselho dela [da Vale] vai se reunir pra se decidir o que vai ser feito com essas comunidades e com essas complexidades tão grandes. As comunidades dos atingidos [pela mineração] que tem que apresentar as suas demandas, e colocar os termos do acordo. Por que elas estão sendo atingidas e não a Vale”, defendeu a socióloga.       

Ronaldo Magalhães e Rodrigo Chaves ainda não confirmaram 
a presença (Foto/Rodrigo Ferreira/Arquivo/Divulgação) 
Para que a população possa também ter o acesso às informações das documentações do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM) que foi recusado pela mineradora e pelo Poder Público Municipal (PPM), e sendo que estes assuntos sejam discutidos e debatidos dentro das conformidades do Plano-Diretor e das legislações municipais, estaduais e federais como órgão controlador das atividades minerárias no município. Ainda o gerente-executivo do Complexo Itabira e Água Limpa, Rodrigo de Paula Machado Chaves, e também o prefeito Ronaldo Lage Magalhães (PTB) e demais secretariados que compõe a sua atual gestão foram convidados a participar deste evento para prestar mais esclarecimentos sobre as informações situacionais da segurança destas barragens de mineração do município, e não confirmaram a presença na reunião pública no momento. Somente a Giuliana Talanone confirmou a presença no evento que acontecerá nesta terça-feira (24), as 18:30 Hs, no auditório da Fundação Comunitária do Ensino Superior de Itabira (Funcesi).

Romeiros, manifestantes e ativistas comemoram a ação histórica 
contra a Vale no Ministério Público (Foto/Ana Drummond)
“A articulação junto com a Assembleia Legislativa [de Minas Gerais-ALMG] e o Comitê Popular [dos Atingidos pela Mineração em Itabira e Região] pela reunião pública, é justamente para que os atingidos em Itabira e região possam estar presentes junto com esses atores do Poder Público [Municipal – PPM; e Estadual – PPE], e exigir [todas] as explicações que eles estavam nos demandando e nos relatando em nossas reuniões itinerantes aqui nos bairros de Itabira [-Mg]. Então, é um momento propícial, público, democrático. Para que os atingidos [pela mineradora] se manifestem e cobrem do Poder Público [Municipal – PPM] pelo que lise que é de direito, e exigem então da mineradora [Vale S/A] a sua responsabilidade sócio ambiental em relação aos impactos sócio ambientais da mineração. Mas, qual que é a nossa maior preocupação? As 18 barragens de rejeito de minério [e de água] que existem em Itabira [-Mg]. Nós queremos que essas barragens não ocorram com elas o que aconteceu [na barragem de fundão da na mina de Bento Rodrigues] em Mariana [-Mg] e [na barragem da mina do Córrego do Feijão] em Brumadinho [-Mg], e que corre o risco de acontecer [o rompimento da Sul Superior da Mina de Congo Soco], em Barão de Cocais [-Mg]. Então, é uma ação popular de controle social e de exigente por cumprimento da legislação ambiental e dos direitos humanos por que afeta tudo isso”, disse a socióloga.          

Sendo que a Andreia de Jesus ainda é membro de Comissão de Direitos Humanos (CDH), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em defesa das causas das vitimas que foram atingidas durante os riscos eminentes dos rompimentos das barragens; de fundão (que resultou 19 mortes) na mina de Bento Rodrigues da empresa Samarco Mineração S/A que aconteceu na quinta-feira (05) de novembro de 2015, em Mariana-Mg; e da mina do Córrego do Feijão (que resultou 395 localizados, 24 desaparecidos com 246 óbitos) que aconteceu na sexta-feira (25) de janeiro deste ano, em Brumadinho-Mg, após 4 anos do rompimento da barragem de Mariana. Que resultou três vítimas fatais de Itabira-Mg que estavam trabalhando na Vale S/A e nas empresas contratadas da mineradora em Brumadinho, da qual essas vítimas morreram em pleno horário de serviço durante as atividades profissionais que acabaram resultando em morte, após o rompimento barragem de Brumadinho que causou uma maior tragédia com muita revolta e comoção por parte dos seus parentes, amigos e familiares sabendo que não terão mais as vidas dos seus entes queridos de volta após serem atingidos pela lama da barragem da mineradora.

Ainda com a inclusão do risco eminente da barragem Sul Superior da Mina de Congo Soco, em Barão de Cocais-Mg,da qual a barragem subiu de “nível 2” para o “nível 3” durante a madrugada desta sexta-feira (08) de fevereiro deste ano, e com a infiltração da talude da mina de Congo Soco que sofreu a deformação de “22,6 Cm” por dia, e com a parte mais próxima da base com a velocidade de “26,5 Cm” por dia. Sendo que o talude da Mina de Congo Soco foi se deslocando aos poucos que acabou caindo aos poucos pra dentro da cava da mina do rejeito de minério durante a tarde de sexta-feira (31/05). Sendo que os moradores da comunidade Socorro, Piteiro, Tabuleiro e Vila do Congo estão alojados em casas alugados e hotéis que estão sendo mantidos pela mineradora desde fevereiro deste ano, e sem ter nenhuma previsão sequer para retornar as suas casas de origem das Zonas Alto de Salvamento (ZAS) ou Zonas Alto de Risco de Morte (ZARM). “Tens pessoas que estão muitas apreensivas e que estão passando por sofrimento mental e social em razão da preensão de tudo ter acontecido. Que querem ser remanejadas. Mas, querem ser remanejadas sem nenhum prejuízo. Em relação às propriedades adquiridas. Então, tem que ser sedado. Mas, tem pessoas que não tem para onde ir, e que não desejam abrir mão do local em que viveram. Então, são dois direitos que padrem para ser conflitantes”, lamentou a socióloga.       

Questionada sobre as reuniões itinerantes do “Comitê Popular da Mineração” que aconteceram nos bairros onde foram ouvidas 300 pessoas, do qual os “12 Mil” moradores que residem em “5,2” imóveis que se encontram alojados dentro das “Zonas de Salvamento” ou “Zonas de Risco de Morte”. Que são consideradas as áreas de evacuação quando se tratam de rompimento de barragens em cima destes moradores dos Zas ou Zarm durante o acionamento das sirenes do Paebm que foi implantada pela própria mineradora no ano passado, após o rompimento da barragem de Mariana (que vai se completar quatro anos neste ano) e antes do rompimento da barragem de Brumadinho. “Nós do Comitê Popular [dos Atingidos pela Mineração em Itabira e Região] e dos movimentos [e organizações populares] contra as barragens [de mineração e de água] chamamos e renomeamos estas [Zonas de Auto Salvamento-Zas] de Zonas de Auto Risco de Morte [-ZARM]. Por que o que de fato são. Não existe [‘Zonas de] Auto Salvamento [-Zas] com um rompimento de uma barragem. Então, uma das demandas das comunidades atingidas [pela mineração] é isso! Tratar com veracidade a realidade em que nós estamos vivendo, e não ficar maquiando a situação dizendo que é uma Zona de Salvamento com treinamento com a defesa civil [municipal e estadual durante a simulação do rompimento de barragem]. A gente vai se salvar como? Quem vai se salvar? Quem está a ‘30 [metros’] a ‘50 metros’ de uma barragem consegue se salvar se ela se romper? E ela vai avisar; ‘vou romper e coloca todos os seus documentos no envelope [de plástico] que a Vale passou e nos deu? Ai nos vai sair [se evacuar]?’ E a primeira demanda dos atingidos pela mineração é que a Vale seja uma empresa responsável. Que haja com responsabilidade”, concluiu.

Aapitar comemora dez anos de tradição e existência! Especialistas em apicultura mostram situação durante a primeira edição do seminário

Especialistas e diversos profissionais dos seteores da apicultura participam do primeiro seminário (Foto/Acom Aapitar)
No sábado (8), a Associação dos Apicultores de Itabira e Região (Aapitar) recebeu estudantes, profissionais do segmento e interessados em explorar essa cultura, para a primeira edição do Seminário de Apicultura. O evento gratuito, comemorou dez anos de fundação da Aapitar e teve a adesão de quase cem pessoas, de Itabira e de cidades onde há a apicultura. Quatro especialistas mostraram a forma correta de manejo, situação do mercado, novas tendências, tecnologias, fórmulas para se estabelecer no mercado, e ampliar a linha de produção. 

Palestraram: a doutora Esther Bastos, sobre perspectivas de mercado e inovação; o professor Dejair Message, destacando benefícios da troca de rainhas e a genética; o professor do Instituto Federal de São João Evangelista, Roberto Carlos Alves, abordando o tema gestão da produção de mel; e o apicultor Robson Souza Raad, dando orientações sobre manejo para alta produtividade de mel. Ao final do encontro houve mesa redonda, quando os palestrantes responderam perguntas do público.

Palestrantes entram em debate e discussão com os especialistas  em 
apicultura durante o primeiro seminário (Foto/Acom Aapitar)
O evento solicitou ao participante a doação de alimentos não perecíveis, que serão encaminhados ao Banco de Alimentos, para doação a entidades beneficentes cadastradas. Na abertura do Seminário de Apicultura, o presidente da Aapitar, Antônio Carlos Mariano, e o tesoureiro, Anísio Lacerda, deram boas vindas aos participantes e explicaram o fortalecimento da associação ao longo desses dez anos, contribuindo para o segmento se manter ativo.

Várias associações ligadas à apicultura estiveram presentes: Aapitar (Itabira), Apimel (de Rio Piracicaba), Apisab (de Sabinópolis), Afa (de Ferros), Apivir (Virginópolis) e Apisgra (de São Gonçalo do Rio Abaixo). Segundo a organização do evento, entre os inscritos havia representantes de 12 cidades: Itabira, especialmente da localidade de Ribeirão São José, Sabinópolis, Guanhães, São Gonçalo do Rio Abaixo, Santa Bárbara, Rio Piracicaba, São João Evangelista, Dom Joaquim, Antônio Dias, Ferros, Virginópolis e Matheus Leme.

O evento teve apoio da Emater Empresa de Assistência Técnica a Expensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-Mg), Prefeitura de Municipal de Itabira (PMI) e Câmara Municipal de Itabira. Os patrocinadores foram: faculdade UNA, Sindicato Rural de Itabira, Cenibra e Mel Santa Bárbara.


Aapitar

A associação começou dia oito de dezembro de 2008. Pela necessidade de unir os produtores. A idéia saiu do papel dia quatro de junho de 2009 fortalecendo a cultura, promovendo capacitação, ganhando experiência e organizando a categoria.

sábado, 22 de junho de 2019

Recusado pela Vale e Prefeitura de Itabira – Com o requerimento protocolado no “Ministério Público”! Drª Giuliana Talamone quebra o sigilo da mineradora e do poder público para que a população possa obter todas as informações do “PAEBM”


Contra os dois poderes! “O Ministério Público e o Poder Público não podem ser coniventes com as empresas da mineração”, criticou o Leonardo Reis

Por determinação judicial, Promotora do Ministério Público, Giuliana Talamone esclareceu que a Vale já está fazendo os trabalhos de auditoria e inspeção interna nas barragens (Foto/Ana Diás/Diário de Itabira)
Durante a passeata do “Ato no Ministério Público” que foi organizado pelo “Comitê Popular dos Atingidos pela Mineração em Itabira e Região” que aconteceu durante a tarde desta terça-feira (28/05) que saiu do adro da Catedral Nossa Senhora do Rosário (CNSR) com o destino ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para fazer a entrega do requerimento judicial (com as matérias que foram publicadas e embasadas pela imprensa local e estadual) que reivindica todos os acessos sobre as informaçõesda Vale S/A e do Poder Público Municipal (PPM), do qual a mineradora e o poderpúblico não estão cumprindo com o seu papel de repassar todas as informações sobre o Plano de Ação de Emergências para Barragens de Mineração (PAEBM) para aos “12 Mil” moradores que residem em “5,2 Mil” imóveis dentro das Zonas de Auto Salvamento (ZAS) ou Zonas de Alto Risco de Morte (ZARM).

Romeiros e manifestantes fizeram a entrega simbólica do
requerimento ao Ministério Público (Foto/Ana Drummond)
“Mas, eu pedi para que vocês vir até aqui [em minha sala]. Para que eu possa esclarecer para vocês as providências sobre o Ministério Público [de Minas Gerais-MPMG] que já tem tomado aqui na comarca [de Itabira-Mg]. Na verdade, a gente tentou agir o mais rápido possível, e a nossa autuação [contra a Vale S/A] já acontece há algum tempo. E a gente entrou com quatro ações na [no Fórum da] comarca de Itabira [-Mg] contra a vale especificando as barragens de cada local, e eu vou falar de cada ação especificadamente. Mas, na época como essas ações, elas foram iniciadas muito próximo do acidente e da catástrofe de Brumadinho [-Mg]. Eu entendi que essas ações poderiam trazer mais segurança para a população de Itabira [-Mg] considerando que nos temos muitas barragens e uma ligação muito forte com a mineradora. Então, essas ações no Ministério Público elas ainda correm sobre o segredo de justiça especialmente para a gente não espalhar o pânico. Mas, hoje considerando a manifestação de vocês, e eu já estou refletindo e considerando tudo o que a gente já conseguiu. E eu já estou pedindo essa retirada do segredo de justiça ao ‘Poder Judiciário’ para que as pessoas possam terem o acesso [as informações]. Por que hoje a situação em Itabira é mais monitorada digamos assim”, explicou a promotora.         
   
Romeiros e manifestantes chegam na porta do Ministério Público
(Foto/Ana Drummond)
Sendo que a promotora do Ministério Público, Drª Giuliana Talamone Fonoff recebeu das mãos do “Comitê Popular da Mineração” e da Diocese Itabira-Coronel Fabriciano o requerimento que foi protocolado na presença durante a reunião. Que ainda contou com a presença do Padre Francisco César Cruz Neto e do vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Extração do Ferro e Metais Básicos de Itabira e Região (Metabase), Carlos Estevam Gonzaga “Cacá” durante a véspera da “4ª Romaria das Águas e da Bacia do Rio Doce” que  aconteceu na manhã deste domingo (02). Giuliana Talamone iniciou a reunião com o Comitê Popular da Mineração, Sindicato Metabase e a Diocese, e ela ainda afirmou que já entrou com quatro ações contra a mineradora, e sendo que a primeira ação foi dividida em três barragens que integram a “Mina Conceição”; Itabiruçu, Rio de Peixe e Conceição que são as barragens de maior porte. Na segunda ação serão as barragens da “Mina do Meio”; Cambucal I e II que são as barragens de menor porte. Na terceira ação serão as barragens do “Complexo Pontal”, e já na quarta ação serão às barragens de água; Santana (Eta/Rio Tanque). Com a inclusão da barragem da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) I e II devido ao novo acordo judicial entre a Vale e o Ministério Público para que as barragens sejam vistoriadas durante as auditorias e as inspeções internas na mineradora, da qual as barragens foram indicadas pela Giuliana Talamone para fazer as auditorias internas na área da mineradora. Sendo que estas barragens farão parte do simulado do rompimento de barragem que acontecerá no sábado (27) de julho, e com sujeito as alterações na data deste maior acontecimento histórico do país de todos os tempos que já foi antecipado pelo Coordenador Adjunto da Coordenadoria Estadual Defesa Civil de Minas Gerais, o tenente coronel da Polícia Militar (PM), Flávio Godinho Pereira. 

Manifestantes estamparam na faixa toda a sua indignação
contra a Vale (Foto/Ana Drummond)
Com os riscos eminentes dos rompimentos das barragens; de fundão (que resultou 19 mortes) na mina de Bento Rodrigues da empresa Samarco Mineração S/A que aconteceu na quinta-feira (05) de novembro de 2015, em Mariana-Mg; e da mina do Córrego do Feijão (que resultou 395 localizados, 24 desaparecidos com 246 óbitos) que aconteceu na sexta-feira (25) de janeiro deste ano, em Brumadinho-Mg, após 4 anos do rompimento da barragem de Mariana. Sendo que a Giuliana Talamone ainda esclareceu desde que aconteceu o rompimento da barragem de Mariana em 2015, antes do rompimento da barragem de Brumadinho que aconteceu em janeiro deste ano. “Qual que era o objetivo dessas ações? Desde que quando aconteceu a catástrofe em Mariana [-Mg, em 2015]. O Ministério Público [de Minas Gerais-MPMG]  atuou no sentido de verificar a [real] estabilidade das estruturas [das 18 barragens de mineração e de água que são cadastradas na Agência Nacional da Mineração-ANM] em Itabira [-Mg]. Isso foi feito, e a gente conseguiu a todas as [informações das] estruturas [dessas 18 barragens] e foi demonstrado no que tinham nessa declaração de estabilidade. Então, foi feito um estudo e uma verificação documental a respeito desta estabilidade [dentre as 18 barragens], e comprovou-se que se existia e esses inquéritos ainda foram arquivados. Mas, desde então a gente acompanha desde [o rompimento da barragem de] Mariana [-Mg]. Quando aconteceu a tragédia [do rompimento da barragem] que aconteceu em Brumadinho [-MG].  A gente começou a verificar que os documentos que a Vale [S/A] apresentava para a gente e para os órgãos ambientais [Conselho Estadual de Politica Ambiental – COPAM e o Conselho Municipal de Meio Ambiente – CODEMA]. Eles não tinham a credibilidade que deveriam ter. Por que ambas as barragens elas serão certificadas e teriam a estabilidade garantida”, esclareceu a promotora.

Durante a reunião com as organizações populares no Ministério Público, Giuliana Talamone ainda esclareceu que fez a ação de requerimento contra a mineradora, e ela ainda sugeriu que a Vale solicitasse a contratação de uma empresa independente de uma auditoria para poder repassar todas as informações com relação situacional dos andamentos das 18 barragens de mineração e de água para o Ministério Público para que a população possa ficar cada vez mais calma e tranquila de acordo com os levantamentos situacionais destas 18 barragens que mesmo sejam construídas com o material “A Jusante”, e ainda evitando novos transtornos para a população. Para que o Ministério Público possa saber sobre a real situação das condições destas 18 barragens da mineradora, de forma bem estruturada, e na prevenção destes “12 Mil” moradores destes “5,2 Mil” imóveis que ficam alojadas nas “Zonas de Salvamento” ou “Zonas Auto de Risco de Morte”, evitando futuros deslocamentos destes moradores para os 93 pontos de encontroque foram demarcadas pela própria mineradora. “Por quê? O quê que aconteceu? Os documentos que eram pedidos e apresentados pela empresa eles não tinham a credibilidade. Então, e o nosso trabalho começou no sentido de conseguir de alguma forma saber a real situação dessas estruturas independente o que as empresas falariam. Então, essas ações elas foram propostas nesse sentido”, concluiu a promotora.

Giuliana Talamone ainda adiantou para as organizações populares que já entrou em acordo judicial com a mineradora em audiência de conciliação com a população do município, e sendo que a Vale ainda terá de assinar um outro acordo judicial com o Ministério Público para a contratação da empresa independente para fazer as auditorias e inspeções internas nas 18 barragens que são cadastradas na Agência Nacional da Mineração (ANM). Sendo que os acordos judiciais foram feitos através de listagens de empresas de auditoria que foram elencadas pelo próprio Ministério Público para que a mineradora possa arcar esses valores que são irrisórios para o estado manter todo esse custeio com as empresas de auditoria estrangeira que não tem nenhuma relação e nenhum contato sequer com a mineradora, e sendo que esta empresa de auditoria (sem citar nomes) já está prestando todos os serviços de auditoria e inspeção interna na barragem do Pontal dentro das 4 ações (citadas acima) que foram movidas pelo Ministério Público contra a Vale. Sobre a segurança das 18 barragens de rejeito e de minério e de água, Giuliana Talamone ainda afirmou que a mineradora esclareceu que as 18 barragens estão totalmente seguras, e sem oferecer nenhum risco de vida sequer aos “12 Mil” moradores dos “5,2 Mil” imóveis alojados nas “Zonas de Salvamento” ou “Zonas de Risco de Morte” dentro das conformidades das documentações da mineradora que foram repassadas ao Ministério Público todas as informações que são relacionadas ao Paebm. Ainda com a inclusão das 18 barragens de mineração e água da mineradora. Sendo que somente o dique da barragem do Pontal possui “3 Níveis” subiu para o “Nível 1”, de forma elevada. Que já se encontra em processo de descomissionamento para não haver futuras infiltrações no rejeito de minério durante o rompimento da barragem do “Complexo Pontal” no momento.

Ainda a Giuliana Talamone adiantou mais os detalhes para as organizações populares que já está fazendo reuniões constantemente com a mineradora para saber todos os andamentos da situação destas 9 barragens que foram acionadas pelo Ministério Público, e sendo que houve a reunião com mais de horas com a Vale neste mês para saber de todos os andamentos situacionais dos trabalhos de inspeção e auditoria na barragem do “Complexo Pontal” que está acontecendo há cerca de um mês e meio na área da mineradora no município. Para que a mineradora faça a sua parte para dar a total satisfação para a população que está tensa, revoltada e transtornada com toda esta situação da segurança destas 9 barragens que foram apontadas dentro das 5 ações que foram movidas pelo Ministério Público contra a mineradora para poder prestar todos os serviços de auditoria e inspeção interna dentre as 18 barragens da mineradora, e repassar todas as informações dos andamentos situacionais destas 9 barragens ao Ministério Público. Sendo que estas 9 barragens são partes das cinco ações contra a mineradora que foram movidas pelo Ministério Público. “Nós, conseguimos as liminares, e desde então a gente vem conversando com a Vale fazendo o acordo, a gente fez um [acordo judicial] na semana que vem nós vamos assinar o outro [acordo judicial], é que a Vale contratou uma empresa elencada de uma lista feita pelo Ministério Público de empresas internacionais que nunca tiveram nenhum tipo de relação com a Vale pra prestar as informações. Então, esta empresa [sem citar nomes] ela tem o vinculo dela de presta as informações pro Ministério Público. Mas, ela é paga pela Vale por que é um valor muito alto realmente”, adiantou a promotora.

quinta-feira, 20 de junho de 2019

Feriado Corpus Christi - De menos a Fundação Cultural! Prefeitura de Itabira informa funcionamento de serviços no feriado prolongado

Os setores administrativos e de atendimento ao público da Prefeitura Municipal de Itabira (PMI) não funcionarão nesta quinta-feira (20), feriado de Corpus Christi, e sexta-feira (21), ponto facultativo previsto pela Portaria 102/2018. Também não terão expediente as escolas municipais e postos de saúde.

Os serviços considerados essenciais, como Pronto-Socorro Municipal de Itabira (PSMI)  e Pronto-Socorro Odontológico (PSO), vão ser prestados normalmente. Em todo o período, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) atenderá o público no telefone 115.

Já os serviços de limpeza urbana e coletas estarão suspensos somente na quinta-feira, segundo a Empresa de Desenvolvimento de Itabira (Itaurb).


Turismo

Os pontos turísticos mantidos pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Inovação e Turismo (SMDECTIT) mantém as portas abertas ao público nos dois dias, das 10h30 às 16h30. São eles: Museu de Itabira, Centro de Atendimento ao Turista (CAT), do Parque da Água Santa e Centro de Tradições (distrito de Senhora do Carmo).

O Museu do Tropeiro, no distrito de Ipoema, atualmente passa por reformas.