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segunda-feira, 24 de junho de 2019

Comitê Popular da Mineração – Com a presença da Andréia de Jesus em Itabira! Ronaldo Magalhães e Rodrigo Chaves ainda não confirmaram a presença na reunião pública que acontecerá amanhã na Funcesi


Com o “PAEBM” inoperante – Barragens inseguras! “Não existe ‘Zonas de Auto Salvamento’ com um rompimento de uma barragem”, disse a Ana Gabriela

Ana Gabriela fala das ações contra a mineradora no Ministério Público e das grandes expectativas da reunião pública que acontecerá amanhã na Funcesi (Foto/Rodrigo Ferreira)  

Após o requerimento contra a Vale S/A e o Poder Público Municipal (PPM) ter sido entreguea promotora do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), promotora GiulianaTalamone Onoff nesta terça-feira (28) durante o “Ato no Ministério Público” que foi acompanhado por romeiros da Arquidiocese de Mariana, e das Dioceses de Itabira-Coronel Fabriciano, Janaúba, Caratinga e Governador Valadares, Guanhães e Colatina (ES), na Catedral Nossa Senhora do Rosário (CNSR) durante a véspera da “4ª Romaria das Águas e da Bacia do Rio Doce” que  aconteceu neste domingo (02). De acordo com a socióloga e membro do “Comitê Popular dos Atingidos pela Mineração em Itabira e Região”, a professora Ana Gabriela Chaves Ferreira, ela ainda explicou que o objetivo principal da reunião pública com a deputada estadual Andréia de Jesus (PSOL) é de apresentar todas essas demandas que foram encaminhadas no Ministério Público (MP) sobre as situações das 18 barragens de mineração e de água que são cadastradas na Agência Nacional da Mineração (ANM), e sendo que as barragens foram construídas com o material “A Jusante” durante os 77 anos de atividades minerária no município. “Juntos com as comunidades vizinhas, ela tem que demandar como que vai se solucionar isso. Não é a mineradora decidindo. Sabe-se de que lugar, e esse conselho dela [da Vale] vai se reunir pra se decidir o que vai ser feito com essas comunidades e com essas complexidades tão grandes. As comunidades dos atingidos [pela mineração] que tem que apresentar as suas demandas, e colocar os termos do acordo. Por que elas estão sendo atingidas e não a Vale”, defendeu a socióloga.       

Ronaldo Magalhães e Rodrigo Chaves ainda não confirmaram 
a presença (Foto/Rodrigo Ferreira/Arquivo/Divulgação) 
Para que a população possa também ter o acesso às informações das documentações do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM) que foi recusado pela mineradora e pelo Poder Público Municipal (PPM), e sendo que estes assuntos sejam discutidos e debatidos dentro das conformidades do Plano-Diretor e das legislações municipais, estaduais e federais como órgão controlador das atividades minerárias no município. Ainda o gerente-executivo do Complexo Itabira e Água Limpa, Rodrigo de Paula Machado Chaves, e também o prefeito Ronaldo Lage Magalhães (PTB) e demais secretariados que compõe a sua atual gestão foram convidados a participar deste evento para prestar mais esclarecimentos sobre as informações situacionais da segurança destas barragens de mineração do município, e não confirmaram a presença na reunião pública no momento. Somente a Giuliana Talanone confirmou a presença no evento que acontecerá nesta terça-feira (24), as 18:30 Hs, no auditório da Fundação Comunitária do Ensino Superior de Itabira (Funcesi).

Romeiros, manifestantes e ativistas comemoram a ação histórica 
contra a Vale no Ministério Público (Foto/Ana Drummond)
“A articulação junto com a Assembleia Legislativa [de Minas Gerais-ALMG] e o Comitê Popular [dos Atingidos pela Mineração em Itabira e Região] pela reunião pública, é justamente para que os atingidos em Itabira e região possam estar presentes junto com esses atores do Poder Público [Municipal – PPM; e Estadual – PPE], e exigir [todas] as explicações que eles estavam nos demandando e nos relatando em nossas reuniões itinerantes aqui nos bairros de Itabira [-Mg]. Então, é um momento propícial, público, democrático. Para que os atingidos [pela mineradora] se manifestem e cobrem do Poder Público [Municipal – PPM] pelo que lise que é de direito, e exigem então da mineradora [Vale S/A] a sua responsabilidade sócio ambiental em relação aos impactos sócio ambientais da mineração. Mas, qual que é a nossa maior preocupação? As 18 barragens de rejeito de minério [e de água] que existem em Itabira [-Mg]. Nós queremos que essas barragens não ocorram com elas o que aconteceu [na barragem de fundão da na mina de Bento Rodrigues] em Mariana [-Mg] e [na barragem da mina do Córrego do Feijão] em Brumadinho [-Mg], e que corre o risco de acontecer [o rompimento da Sul Superior da Mina de Congo Soco], em Barão de Cocais [-Mg]. Então, é uma ação popular de controle social e de exigente por cumprimento da legislação ambiental e dos direitos humanos por que afeta tudo isso”, disse a socióloga.          

Sendo que a Andreia de Jesus ainda é membro de Comissão de Direitos Humanos (CDH), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em defesa das causas das vitimas que foram atingidas durante os riscos eminentes dos rompimentos das barragens; de fundão (que resultou 19 mortes) na mina de Bento Rodrigues da empresa Samarco Mineração S/A que aconteceu na quinta-feira (05) de novembro de 2015, em Mariana-Mg; e da mina do Córrego do Feijão (que resultou 395 localizados, 24 desaparecidos com 246 óbitos) que aconteceu na sexta-feira (25) de janeiro deste ano, em Brumadinho-Mg, após 4 anos do rompimento da barragem de Mariana. Que resultou três vítimas fatais de Itabira-Mg que estavam trabalhando na Vale S/A e nas empresas contratadas da mineradora em Brumadinho, da qual essas vítimas morreram em pleno horário de serviço durante as atividades profissionais que acabaram resultando em morte, após o rompimento barragem de Brumadinho que causou uma maior tragédia com muita revolta e comoção por parte dos seus parentes, amigos e familiares sabendo que não terão mais as vidas dos seus entes queridos de volta após serem atingidos pela lama da barragem da mineradora.

Ainda com a inclusão do risco eminente da barragem Sul Superior da Mina de Congo Soco, em Barão de Cocais-Mg,da qual a barragem subiu de “nível 2” para o “nível 3” durante a madrugada desta sexta-feira (08) de fevereiro deste ano, e com a infiltração da talude da mina de Congo Soco que sofreu a deformação de “22,6 Cm” por dia, e com a parte mais próxima da base com a velocidade de “26,5 Cm” por dia. Sendo que o talude da Mina de Congo Soco foi se deslocando aos poucos que acabou caindo aos poucos pra dentro da cava da mina do rejeito de minério durante a tarde de sexta-feira (31/05). Sendo que os moradores da comunidade Socorro, Piteiro, Tabuleiro e Vila do Congo estão alojados em casas alugados e hotéis que estão sendo mantidos pela mineradora desde fevereiro deste ano, e sem ter nenhuma previsão sequer para retornar as suas casas de origem das Zonas Alto de Salvamento (ZAS) ou Zonas Alto de Risco de Morte (ZARM). “Tens pessoas que estão muitas apreensivas e que estão passando por sofrimento mental e social em razão da preensão de tudo ter acontecido. Que querem ser remanejadas. Mas, querem ser remanejadas sem nenhum prejuízo. Em relação às propriedades adquiridas. Então, tem que ser sedado. Mas, tem pessoas que não tem para onde ir, e que não desejam abrir mão do local em que viveram. Então, são dois direitos que padrem para ser conflitantes”, lamentou a socióloga.       

Questionada sobre as reuniões itinerantes do “Comitê Popular da Mineração” que aconteceram nos bairros onde foram ouvidas 300 pessoas, do qual os “12 Mil” moradores que residem em “5,2” imóveis que se encontram alojados dentro das “Zonas de Salvamento” ou “Zonas de Risco de Morte”. Que são consideradas as áreas de evacuação quando se tratam de rompimento de barragens em cima destes moradores dos Zas ou Zarm durante o acionamento das sirenes do Paebm que foi implantada pela própria mineradora no ano passado, após o rompimento da barragem de Mariana (que vai se completar quatro anos neste ano) e antes do rompimento da barragem de Brumadinho. “Nós do Comitê Popular [dos Atingidos pela Mineração em Itabira e Região] e dos movimentos [e organizações populares] contra as barragens [de mineração e de água] chamamos e renomeamos estas [Zonas de Auto Salvamento-Zas] de Zonas de Auto Risco de Morte [-ZARM]. Por que o que de fato são. Não existe [‘Zonas de] Auto Salvamento [-Zas] com um rompimento de uma barragem. Então, uma das demandas das comunidades atingidas [pela mineração] é isso! Tratar com veracidade a realidade em que nós estamos vivendo, e não ficar maquiando a situação dizendo que é uma Zona de Salvamento com treinamento com a defesa civil [municipal e estadual durante a simulação do rompimento de barragem]. A gente vai se salvar como? Quem vai se salvar? Quem está a ‘30 [metros’] a ‘50 metros’ de uma barragem consegue se salvar se ela se romper? E ela vai avisar; ‘vou romper e coloca todos os seus documentos no envelope [de plástico] que a Vale passou e nos deu? Ai nos vai sair [se evacuar]?’ E a primeira demanda dos atingidos pela mineração é que a Vale seja uma empresa responsável. Que haja com responsabilidade”, concluiu.

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