Mesmo com pouco público na "Praça Redonda", Gercimar de Almeida não se desanimou e fez a questão de celebrar os "50 anos de Stonewall" (Foto/Heitor Bragança) |
Com
pouco público muito abaixo de “1,5 Mil” (dentro e fora do guarda roupa) do que
o esperado durante a comemoração dos “50 anos deStonewall”, na Praça Acrísio Alvarenga “Praça Redonda” desta sexta-feira
(28). De acordo com o Coordenador do Coletivo Ativista Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersex (LGBTI) Gercimar
de Almeida, ele convidou algumas pessoas para fazer o manifesto através do ato
público no combate contra a discriminação e o preconceito aos homossexuais.
Pela reivindicação dos seus direitos de liberdade em seus espaços nas escolas e
no mercado de trabalho para superar todo este preconceito diante da sociedade
itabirana em que nós convivemos neste espaço populacional, da qual a
comemoração dos “50 anos de Stonewall” que aconteceu
em todo o território nacional.
Gercimar Almeida fala do descaso do Poder Público Municipal e Privado (Foto/Heitor Bragança) |
“Por que não é só falar assim; ‘eu vou fazer a ‘Parada [Gay’].
Tem que ter o apoio e das empresas privadas. Então, é muito importante essa
data por que hoje se comemora é 50 anos [de Stonewall] e não é cinco dias.
Quantos Lgbt precisou de morrer para que a gente possa estar aqui hoje? (...)
Então, é nacional esse evento hoje, e não fica só na data. Hoje, essa data é
específica por que precisou de morrer vários gays em Nova York [-NY, nos
Estados Unidos da América-EUA], e na época eles falar; ‘Chega! E vamos
revidar!’, e revidamos e graças a Deus estamos ai, e quem sobreviveu conta a
história. Tem um filme sobre o tema, e muito bacana o filme que mostra sobre o
tema [‘50 anos de Stonewall’] de como que era mesmo a invasão dos policiais. E
ainda a gente sobre com os policiais, e dependendo dos policiais e fala; ‘a
gente sofre nas mãos deles’”, desabafou.
Com a falta de público, ninguém chegou a utilizar o "Tribuna Livre" (Foto/Heitor Bragança) |
Questionado sobre os tipos de politicas públicas voltadas
para o Lgbti, Gercimar de Almeida ainda esclareceu que sempre defendeu todos os
tipos as politicas publicas para a conscientização em favor da população contra
o preconceito e a discriminação sexual no município e em todo o território
nacional; na educação, na saúde e no convívio com a sociedade. De forma muito harmônica,
Gercimar de Almeida sempre defendeu todas estas bandeiras em favor destas
causas sociais e também do convívio social diante do combate contra o
preconceito sexual, de forma muito constante desde que implantou a entidade filantrópica
voltada para os homossexuais desta conceituada comunidade Lgbti.
“As políticas públicas que a gente quer é para conscientizar
a população, e que a comunidade [Lgbti] existe. E existe [Lésbicas, Gays,
Bissexuais, Transgêneros e Intersex-] Lgbti dentro da cidade. Se falar que não
existe Lgbt dentro da cidade; ‘eu tô voltando pro guarda-roupa, armário e eu
estou voltando pra tudo’. Eu não quero voltar há 50 anos atrás? Eu quero é
seguir [a vida]! Políticas públicas voltadas para Lgbt na educação da
população. Dentro dos governos [municipal, estadual e federal] eles não sabem
lhe dar com a população Lgbt. Você não sabe como que um médico vai chamar o transexual;
‘que hoje não é o transexual, é a transexual’.
Como que o homossexual vai consultar? Então é isso que a gente quer; políticas
públicas, educando a população e fazendo um trabalho grande dentro da cidade, e
assim consegue esse grande avanço”, destacou.