Drº Helton Costa esclareceu durante a coletiva de imprensa que o Weverton 'Nenzinho' e o Pastor Ailton ficarão presos até a conclusão do inquérito (Foto/Reprodução/Defato) |
Em
cumprimento de mandato de busca e apreensão que foi expedido na noite desta
segunda-feira (01). De acordo com o delegado titular da 3ª Delegacia Regional da Polícia Civil (DRPC), de Itabira, Helton Costa,
ele ainda esclareceu em coletiva de imprensa desta terça-feira (02) que o
diretor da Câmara Municipal de Itabira (CMI), pastor Ailton Francisco de Morais
e o vereador Weverton Júlio de Freitas Limões “Nenzinho” (PMN) foram presos em
suas residências por crimes de concussão (que são previstos no artigo 316) e
associação criminosa (que são previstos no artigo 288) que comprova a pratica
do ato de “Coação a Testemunhas” por meio de um mandato de prisão que foi
expedido pela juíza da vara criminal Drª Cibele Mourão Barroso de Figueiredo ,
e eles foram conduzidos para a 3ª Delegacia
Regional da Polícia Civil (DRPC), de Itabira. “Os mandados de prisão saíram [na
segunda-feira] ontem à noite, e desde cedo à gente já estávamos nas residências
dessas pessoas [do Weverton ‘Nenzinho’ e do Ailton Morais] e esperamos algum
contato visual. E estabelecendo e fomos, e exibimos o mandado de prisão e
conduzimos para a delegacia [de policia] normalmente”, contou o titular.
Weverton Nenzinho e o Pastor Ailton estão presos até a conclusão do inquérito (Foto/Defato/Arquivo/Divulgação) |
Sendo que em seguida, Ailton Morais e o Weverton “Nenzinho”
foram presos e encaminhados para o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional
(CERESP), do 49º Presídio de Itabira (PRITR) até a conclusão das investigações
por parte do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), enquanto Weverton
“Nenzinho” e o pastor Ailton Morais cumprem a prisão preventiva até a conclusão
do inquérito com previsão do prazo de 10 dias que está sendo mantido em segredo
de justiça até o momento. “Eles foram claramente demonstrados nos autos [de
infração] os indícios de que eles praticavam o esquema popularmente conhecido como
‘Rachadinha’. Ou seja, ao longo dos últimos anos, eles exigiam alguns dos seus
funcionários; ‘a parte dos seus salários [ou vencimentos mensais]’. Eu deixo
claro que também que a prisão preventiva que foi decretada judicialmente nesse
caso. Ela ocorreu em função da ‘Coação de Testemunhas’. Foi comprovado também
no inquérito que ambos os investigados [Ailton Morais e o Weverton ‘Nenzinho’]
estavam coagindo com as testemunhas [que são as vitimas do ‘Rachadinha’] de
modo a que elas se sentissem intimidadas a não delatar os fatos na [3ª] Delegacia
[Regional] da Polícia Civil [-PC]”, esclareceu o titular.
Ainda na coletiva de imprensa, Helton Costa ainda esclareceu
que não poderá dar mais detalhes sobre a prisão preventiva do Ailton Morais e do
Weverton “Nenzinho”. Enquanto que o inquérito não seja totalmente concluído
dentro do prazo de 10 dias, do qual o prazo deste inquérito foi concedido pela
juíza para dar serenidade durante os trabalhos nas investigações da Polícia
Civil (PC) no momento. Sendo que os trabalhos de investigações tiveram o inicio
em 2018, do ano passado. “Eu convoquei essa reunião [coletiva de imprensa] com
vocês aqui [na delegacia de polícia] pra dar algumas informações sobre os
fatos, e deixando claro que eu não posso entrar em detalhes. Por que o
inquérito [policial] está sobre o segredo de justiça. Então, eu vou falar bem
basicamente para dar uma orientação pra vocês no que aconteceu”, adiantou o titular.
Sobre os depoimentos das testemunhas que são vitimas do
“Rachadinha”, Helton Costa ainda esclareceu que não pode entrar muito em
detalhes nos depoimentos das demais testemunhas que são envolvidas neste caso.
Helton Costa ainda afirmou que o Ailton Morais e o Weverton ‘Nenzinho’ não
foram presos somente para cumprir a prisão temporária devido às investigações
sobre o caso enquanto que o inquérito destes acusados não seja totalmente
concluído dentro do prazo de 10 dias para ser encaminhado à justiça comum. Para
poder fazer a sentença e a condenação destes acusados por crimes de concussão e
associação criminosa que integram a “Coação de Testemunhas” no momento. “Não,
eles vão ser mantidos presos até a conclusão do inquérito policial, e nós temos
10 dias para concluir o inquérito. Foi o prazo em que a juíza nos deu dentro do
prazo previsto no código de processo penal. Então, nós vamos concluir as
investigações e relatar o inquérito, e mandar para a justiça”, disse o
titular.
Durante a coletiva de imprensa, Helton Costa ainda contou que
o Ailton Morais e o Weverton “Nenzinho” que quando os servidores comissionados
e demais assessores parlamentares que eram contratados para prestar serviços em
seu gabinete, eles tinham que repassar mensalmente as partes dos seus salários em
pleno final do mês para permanecerem no emprego. Caso, não houver o repasse da
parte dos seus salários para o Ailton Morais e ao Weverton “Nenzinho”, eles
eram demitidos imediatamente através do decreto publicado no diário oficial do
município. Para entender o exemplo; se o servidor comissionado ou o assessor
parlamentar receber o salário mensal de “R$ 3 Mil”, eles tinham que repassar
para o Weverton “Nenzinho” e ao Ailton Morais a parte dos seus salários mensais
no valor de “R$ 1 Mil” para permanecer no emprego, de forma incorreta e injusta
com os servidores comissionados e assessores parlamentares. “O que tem apurado
é isso. Nós temos elementos concretos demonstrando que eles exigiam parte dos
salários de alguns servidores [comissionados e assessores parlamentares] ao
final do mês”, contou o titular.
Sobre as duas testemunhas que são vitimas destes acusados, Helton
Costa ainda afirmou que somente uma testemunha compareceu e não quis prestar
todas as informações quando se trata de desenrolar os fatos desses acusados que
estão envolvidos no esquema da “Rachadinha” e preferiu permanecer em silêncio.
Sendo que o Weverton Nenzinho e o Ailton Morais foram ouvidos após a coletiva
de imprensa. Weverton “Nenzinho” ainda já foi notificado por diversas vezes ao
ser intimado e nunca compareceu sequer na delegacia para prestar todos os esclarecimentos
do desenrolar dos fatos sobre a “Rachadinha”. “Esse é o único inquérito
[policial] visando a apurar os fatos. Quando surgem as informações para a
Polícia Civil [PC]. A Polícia Civil intima as pessoas pra saber o quê que está
acontecendo? Pra tentar colher mais informações [sobre o caso]. Por enquanto o
que foi obtido de concreto foi o envolvimento dessas duas pessoas. Pode ser que
a gente descubra outros elementos, e traga os outros elementos envolvendo
outras pessoas. Isso pode perfeitamente acontecer. É assim que pode acontecer
numa investigação policial”, concluiu o titular.
Questionado sobre os outros vereadores se estão sendo
investigados por coação a testemunhas no legislativo. Helton Costa ainda
esclareceu que é a primeira vez que o Weverton “Nenzinho” e o Ailton Morais
estão sendo investigados e acusados por “Coação a Testemunhas” dentro deste
único inquérito policial. Helton Costa ainda afirmou que não houve a
necessidade de busca e apreensão dos documentos no legislativo, e ele ainda
afirmou que está tudo demonstrado dentro das conformidades dos autos, do qual
os elementos em que o Helton Costa necessitou de demonstrar. Sendo que a
“Rachadinha” foi totalmente comprovada dentro dos autos destes acusados.
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