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domingo, 6 de abril de 2014

O último adeus a José Wilker, um ator crítico e irreverente

Depois do susto da notícia do infarto fulminante neste sábado, amigos e fãs se despedem do artista no Teatro Ipanema

Fãs se despedem de José Wilker no velório, no Teatro Ipanema (Foto/ Hudson Pontes / Agência O Globo)
 

 
 
RIO - Durante o velório de José Wilker, no Teatro Ipanema, onde o ator fez um de seus maiores sucessos, a peça "O arquiteto e o Imperador da Assíria", em 1970, amigos e colegas de profissão se reuniram, durante a madrugada deste domingo, para dar um último adeus a esse cearense que foi um dos grandes nomes do teatro carioca, das novelas da Rede Globo e do cinema nacional. Faustão, Wolf Maya, Pezão, Eduardo Paes e RioFilme enviaram coroas de flores. A cerimônia de despedida segue, aberta ao público, até 15h. O corpo de Wilker será cremado no Memorial do Carmo, às 18h deste domingo.
 
Considerado pela maioria dos presentes como um dos melhores atores de sua geração, Wilker era lembrado pela inteligência que deixava transparecer em suas interpretações.
 
Ary Fontoura, que foi dirigido por Wilker no teatro em "Sábado, domingo, segunda" (em 1986), e com quem contracenou em "Tem banana na sanda" (em 1970), em clássicos da teledramaturgia, como em "Roque Santeiro" (em 1985), e até no trabalho mais recente do parceiro, em "Amor à vida", se lembrou do humor e da cumplicidade criada em décadas de convivência:
 
— Foi um dos meus maiores parceiros. A gente tinha o mesmo tipo de humor. Éramos capazes de nos entender com um olhar.Quando tinha uma cena mais tensa a gente fazia brincadeira para descontrair.
 
Muitos ainda se recuperavam do susto da morte inesperada. Stênio Garcia lembrou que o amigo mantinha uma dieta balanceada:
 
— Ele fazia alimentação ayurvética e era preocupado com a saúde. Nada passava despercebido ao Wilker. Ele gostava de marcar sua presença em tudo.

Sempre atento aos rumos do cinema, ele demonstrou pessimismo em relação à sétima arte em sua última conversa com Luiz Carlos Barreto:
 
— Passamos nosso último encontro falando sobre a situação do cinema e ele estava muito preocupado.
 
Wolf Maya, que dirigiu Wilker em sua última novela, "Amor à vida", contou que quando viu o ator em cena pela primeira vez, sentiu que deveria seguir o caminho da dramaturgia.
 
— Foi o primeiro grande ator que eu vi, em 1971. Ele influenciou toda uma geração. Wilker era um ator muito corajoso. Espero que seja uma exemplo para as futuras gerações de atores.
 
Fãs se concentram na porta do Teatro Ipanema para o adeus a José Wilker (Foto/ Hudson Pontes / Agência O Globo) 
      
José Mayer lembrou que começou na carreira de ator ao lado de Wilker, em "Bandidos da Falange" (minissérie de 1983) e elogiou a inteligência e visão do amigo.
 
— A obra de Wilker é incomensurável. Ainda não temos a noção da importância, mas a história vai fazer justiça. Ele era um ator inteligente, capaz de expressar uma opinião quando realiza uma interpretação. Wilker tinha uma arguta crítica e clara visão sobre o papel do seu próprios oficio e sobre o Brasil.
 
A atriz Susana Vieira, com quem Wilker viveu diversos casais em novelas, disse se sentir viúva do ator. Susana aproveitou para lembrar da delicadeza do amigo, de quem ainda vai sentir muita falta.
 
— Sou a mais viúva de todas as atrizes. Foram 42 anos de casamento (nas telas), que começou com o "Bofe" (novela de 1972). Ele era uma pessoa tão delicada... Acho que a morte dele foi delicada na medida certa — disse.
O ator e diretor Daniel Filho descreveu o lado menino no amigo que morreu aos 69 anos de idade, vítima de um infarto fulminante.
 
— Foi um grande moleque irreverente. Um amante da vida, sempre inquieto. Ele ensinou como ser irreverente.
 
O autor de novelas Gilberto Braga revelou o início conturbado da amizade com José Wilker e as brigas que deixaram saudades em vez de mágoas.
 
— Houve um período em que fomos brigados. Quando ele era novo era agressivo e brigamos na primeira novela que fizemos juntos ("Louco Amor", de 1983, escrita por Braga e dirigida por Wilker). Depois fizemos as pazes. Vou ficar com saudades de nossas brigas — contou.
 
Muita abalada, Marieta Severo não falou com a imprensa. Paulo Betti descreveu o colega de profissão apenas como um ator excepcional, muito acima da média. Renata Sorrah lembrou da amizade de décadas e de ter feito a primeira peça escrita por Wilker, "O Trágico Acidente que Destronou Tereza". Já Letícia Sabatella aproveitou para descrever esse mestre das artes cênicas.
 
— Ele era um mestre, um colega maravilhoso e um ator genial. Vou sentir saudades.


*Velório

O ator Marcos Oliveira, que interpreta o personagem Beiçola, na “Grande Família”, compareceu ao teatro pouco tempo depois carregando uma rosa branca. Ele disse que era um grande admirador de Wilker.

“Eu não tinha relação de amizade com ele. Sou um admirador e nunca tive o prazer de contracenar com ele. Sempre admirei muito seu trabalho. Era inspirador tudo que ele fez na relação de ator, de comportamento e relacionamento. Então, vim fazer a última homenagem, pois acho que ele merece mais que isso”, disse Oliveira.

Genézio de Barros afirmou estar chocado com a morte do amigo José Wilker. “Acabamos de fazer ‘Amor à vida’ e fizemos ‘Gabriela’ também. Pra mim foi um choque. O Zé era um cara incrível, brincalhão, mal humorado, engraçado, era um menino! Me assustou a morte dele, pois temos a mesma idade”, disse Barros.

O ator Felipe Camargo falou que Wilker era o ‘Jack Nicholson’ brasileiro. “Ele Sempre foi uma referência pra mim. Referência muito forte. Era o nosso Jack Nicholson. Falei com ele há três semanas e estava do mesmo jeito de sempre, ele estava ótimo. Fica o legado dele. Do jeito que ele gostava de trabalhar, já deve está tendo ideias aonde estiver!”, disse Felipe Camargo.

“Ele foi cedo demais. Em pleno voo. Mas, não poderia ser diferente, não poderia ser uma morte anunciada. A morte foi tão surpreendente quanto a forma em que ele viveu. Estreamos juntos na TV, em ‘Bandeira 2’. Comemorei meus 18 anos com ele. Foi uma amizade intensa. O Wilker não parava de pensar e quis ser o protagonista da vida dele. Criava muito e não se contentava em ser somente autor”, afirmou Stepan Nercessian.

A atriz Beth Faria esteve no velório e contou que esteve com Wilker há poucos dias. “Era um  irmão, amigo, companheiro de trabalho. Tinha um humor delicioso. Fizemos muitos trabalhos juntos na TV e no cinema. Falei com ele semana passada e ele disse que estava de dieta nova, se cuidando, caminhando com a namorada, estava se sentindo saudável. Não entendo como isso aconteceu”, lamentou Beth Faria.

Milton Gonçalves, amigo de Wilker há 50 anos, disse que ele era uma pessoa muito verdadeira.

“Ele era tido como rude, às vezes, mas na verdade, ele era verdadeiro numa sociedade de mentira. Minha amizade com o Wilker durou mais de 50 anos. Só posso falar bem e não é porque morreu não. Às vezes era irritado, mas devemos compreender as pessoas. Ele contribuiu de forma muito positiva para a arte”.

Stênio Garcia ressaltou o jeito brincaçlhão de Wilker e disse que o amigo era um exemplo de pessoa.

“A última vez que estivemos juntos, ele até brincou, dizendo pra nós nos cuidarmos, pois ele estava fazendo alimentação ayurvédica. Ele estava sendo um exemplo de saúde para nós. Vai fazer uma falta incrível! Era sarcástico, mas era brincalhão. Eu já encontrei com ele em diversas partes do mundo”, contou Stênio Garcia.

A atriz Vera Holtz disse que o amigo está sempre em sua vida. “O Zé ainda não é lembrança, nem saudade. É uma lembrança constante em nossas vidas. Sempre manteve o humor e sempre foi um homem de opinião. A opinião dele em época de Copa e eleição fará falta”, disse Vera Holtz.

Beth Goulart estava muito emocionada quando chegou ao velório do ator. “Wilker era um homem que representava a arte brasileira para o mundo. Ele tinha muitas frentes de trabalho. É muito difícil estar aqui, mas a Mariana [filha de Wilker] me enviou um e-mail tão lindo quando perdi meu pai, que eu tinha que estar aqui para dar um abraço nela”, contou a atriz.

Rafael Infante trabalhou com José Wilker na peça “Remember” e falou com carinho do ator. “Ele tinha noção do jeito de falar, a sutileza da comédia. Ele tinha respeito por cada palavra. Era um gênio. O Roque Santeiro foi muito marcante com aquele deboche. Ele deixa a seriedade de encarar a profissão para todos nós atores”, afirmou Infante.

“Perdemos um colega, um amigo, um homem elegante, um homem culto de quem a gente se orgulhava. Ele cumpriu a missão dele lindamente. Dizem que a missão de um homem é profissão dele. Ele cumpriu a dele e teve a partida eleita pelos deuses. Ele partiu tranquilo”, falou Arlete Sales.

Gracindo Júnior definiu Wilker como um “orgulho” para os profissionais da área. “É a perda de um grande amigo. Era da minha geração de atores, um mestre. Ele deixou uma história bonita. Pessoa assim é um orgulho que eu tenho pela minha profissão e que todos atores devem se orgulhar”, afirmou Gracindo Júnior.

Muitos colegas de profissão já passaram pelo local desde sábado. Entre eles, os atores Tony Ramos, Renata Sorrah, Ary Fontoura, Giulia Gam, Marieta Severo, Eriberto Leão, Vera Holtz, Natália do Vale, Susana Vieira, Malu Mader, Glória Pires e Marcelo Serrado.

“Eu sou a maior viúva de todas as atrizes. Que me desculpem os outros atores, mas o Wilker era especial”, disse Susana Vieira, que lembrou o personagem Giovane Improta, da novela ‘Senhora do destino’, que sempre dizia “Se precisar, estou aqui”. “Como pessoa ele sempre foi assim. Sempre disponível para os amigos. Vou aproveitar vocês [jornalistas] para mandar um recadinho para ele. Zé, fica aí, bem bonitinho, com sua meinha colorida, seu tênis cor de rosa. Não sei onde você está, mas fica aí, bem bonitinho”, disse a atriz, que prometeu escrever uma crônica sobre o amigo.


Fã viaja 700 quilômetros para se despedir

A primeira fã a chegar no velório neste domingo foi a arquiteta Ana Buarque. Vizinha ao teatro, ela disse que ficou emocionada quando soube da notícia. “Eu o admirava muito pelo talento e voz. Como moro ao lado e vi que ontem havia fila, então desci para prestar minha homenagem assim que acordei”, contou Ana Buarque.

A dona de casa Rosana Aparecida da Silva, de 53 anos, e a filha contaram que viajaram 700 quilômetros para acompanhar o velório de Wilker. Elas moram em São Roque, no interior de São Paulo.
 
 
Fã viaja 700 Km para se despedir de Wilker ( Foto: Daniel Silveira/G1)

“Há pessoas que fazem tanto pela gente e José Wilker era uma dessas pessoas. Ele transmitia ser bom caráter e seus papéis sempre me emocionavam ou divertiam, como o Vadinho e JK”, contou Rosana Silva.

Rosana contou que em sua família Wilker era chamado por todos de “rouba-cena”. “Tudo que ele fazia era perfeito”, opinou. Ela lamentou não ter visto o artista pessoalmente ainda em vida. “Eu sempre dizia que iria a São Paulo ver uma peça dele. A gente fica adiando até que um dia não tem mais o depois”

O teatro, segundo familiares, foi escolhido porque lá Wilker deu início à carreira de ator, na peça “O arquiteto e o imperador da Assíria”, em 1970 — o artista foi premiado pela sua interpretação.
 
 
Fonte: Site o globo.com e *g1.com 

Sonia Braga dedica prêmio a José Wilker

Atriz foi contemplada com troféu no Panamá

Sônia Braga (Foto/Divulgação)
Por FAMOSIDADES

SÃO PAULO – Amiga de longa data de José Wilker, Sonia Braga fez uma homenagem ao ator, que morreu no último sábado (5), após sofrer um infarto fulminante.
 
A artista dedicou a ele o prêmio que ganhou na primeira edição do “Prêmios Latinos” - de melhores filmes ibero-americanos do ano, no Panamá.
 
“Pessoalmente eu desfrutei cada pequeno segundo que é estar na frente de uma câmera. Mas não o fiz sozinha. Ninguém o pode. Por isso gostaria de agradecer a todos que dividiram comigo esta travessia de minha carreira. Queria pedir licença neste momento. Como atriz e como amiga, por tudo que vivemos juntos, pelo meu grande amor, dedicar este prêmio e todos as honras e aplausos para este grande ator latino-americano e amigo, José Wilker, meu companheiro de 'Dona Flor', que nesta manhã nos deixou. Isto é para você, José, meu amor”, disse a veterana durante a cerimônia.
 
Ao chegar em casa, Sonia fez questão de compartilhar o discurso em seu perfil no Facebook.

Susana Vieira sobre relação com José Wilker: "Sou a grande viúva dele"

Atriz foi uma das que mais protagonizaram par romântico com o ator

 Suzana Vieira (Foto/Ag News) 

Por FAMOSIDADES

SÃO PAULO – Susana Vieira deu um depoimento emocionado sobre José Wilker, durante o velório do ator na madrugada deste domingo (6), no Teatro Ipanema, no Rio de Janeiro.
 
A atriz disse que se considera a maior viúva do artista na ficção, já que atuou com ele em diversas produções.
 
"Ele foi meu melhor 'marido', meu melhor companheiro. Trabalhei com ele muitas vezes e foram 42 anos de casamento. Eu sou a grande 'viúva'", declarou.
 
A veterana ainda comentou sobre a forma como Wilker morreu, de um infarto fulminante enquanto dormia. "Ele era tão delicado, não merecia ficar doente”, avaliou.
 
Cheia de lembranças do amigo, a loira ainda comentou acerca do relacionamento que tinha com o artista.
 
“A gente tinha uma relação de anos. Ele nunca esqueceu do meu aniversário. José era parecido com o Giovanni Improtta [personagem do ator em ‘Senhora do Destino’, de 2004, que teve a atriz como protagonista]. Se precisasse, era só chamar. Isso era o que o personagem e ele mesmo diziam. Fica aí bem bonitinho, onde estiver, tomando conta da gente", pediu.
 
Susana Vieira também trabalhou com Wilker em “Duas Caras” (2008) e “A Próxima Vítima” (1995). 

Famosos dão último adeus a José Wilker

Artistas compareceram ao velório do ator e diretor na noite de sábado (5)

O corpo de José Wilker foi velado num altar cheio de mensagens de carinho de amigos e familiares (Foto/Marcello Sá Barretto e JC Pereira/AgNews)

Por FAMOSIDADES

SÃO PAULO - Muitos artistas compareceram ao velório de José Wilker na noite do último sábado (5), no Teatro Ipanema, zona sul do Rio de Janeiro.
 
Dentre eles, destacam-se Tony Ramos, Renata Sorrah, Ary Fontoura, Giulia Gam, Marieta Severo, Eriberto Leão, Vera Holtz, Natália do Vale, Susana Vieira, Malu Mader e Marcelo Serrado, Monica Torres (sua ex-esposa), e outros.
 
José Wilker morreu na madrugada de sábado, aos 67 anos, após sofrer um infarto fulminante na casa da namorada, Claudia Montenegro.

Tela Quente - Homenagem ao Wilker

José Wilker (Foto/Reprodução/Instagram)
A TV Globo vai exibir, segunda agora, o filme "Giovanni Improta", na Tela Quente, como homenagem a José Wilker, que morreu hoje pela manhã.

É o último filme dele, inédito na TV e o único que ele dirigiu.
 
 
Obituário - Barreto: 'A grande paixão de Wilker era o cinema'

Por Jorge Antonio Barros
 
O produtor de cinema Luiz Carlos Barreto afirmou que, com a morte de José Wilker, perdeu não só o ator, mas o amigo e conterrâneo do Ceará.

-- A gente perde muito com a morte do Wilker. Como diz Elisabeth Bishop, no filme "Flores raras", de Bruno Barreto, a gente se entristece com as perdas e se alegra com os ganhos. E Wilker nos proporcionou muitos. Era um grande ator multimídia, mas sua grande paixão era o cinema -- afirmou Luiz Carlos Barreto, em entrevista ao nosso blog.

Barreto foi o produtor de "Dona Flor e seus dois maridos", que teve José Wilker no papel de Vadinho, o morto que volta do além para atazanar a viúva (Sônia Braga) já de marido novo (Mauro Mendonça). Lançado em 1976 e relançado dois anos depois, o filme é o campeão brasileiro de bilheteria com a marca de 11 milhões de espectadores.

Adeus ao ator  - Wilker estreou no cinema em 'Soçaite de Baby Doll'
Por Ancelmo Gois
O escritor Flávio Moreira da Costa lembra de um momento especial com José Wilker: 
Da série "Pouca gente sabe": Zé Wilker e eu (como assistentes do assistente de direção), e ainda Marieta Severo (como atriz) começamos juntos no filme "Soçaite em Baby Doll", de Waldemar Lima (fotógrafo de "Deus e o Diabo") e Luiz Carlos Maciel, de 1965. Infelizmente parece que não existe nem uma cópia do filme. Wilker era magérrimo, tinha chegado de Recife fugindo do golpe, e assim que as filmagens terminaram, arrumaram um outro bico numa outra filmagem: ele era duríssimo. Com o tempo, e seu trabalho, construiu sua vida e sua carreira.


Obituário - Lucy Barreto:'Wilker era muito conhecido no exterior'
 
Por Jorge Antonio Barros
 
Lucy Barreto, produtora de cinema, lembrou quando Wilker foi reconhecido nas ruas de Londres por seu personagem Vadinho, de "Dona Flor e seus dois maridos", de Bruno Barreto.

É a uma perda enorme. Wilker é considerado um dos maiores atores brasilelros e provavelmente um dos mais conhecidos no exterior. Eu mesma vi ele sendo reconhecido nas ruas de Londres e de Nova York, após os lançamentos de "Dona Flor e seus dois maridos" e "Bye Bye Brasil".


Televisão - Wilker na calçada da fama

Por Jorge Antonio Barros

José Wilker foi o entrevistado do Vídeo Show, da TV Globo, na quarta-feira passada. O programa se transformou numa plateia de cinema em homenagem à ligação de Wilker com a sétima arte. Na conversa com Zeca Camargo, Wilker disse que foi um mico sair nu em "Dona Flor e seus dois maridos", uma das maiores bilheterias do cinema nacional, lançado em 1976, dez anos após o livro homônimo de Jorge Amado.


Adeus a Wilker - Zuenir: 'Wilker foi ator, diretor e pensador'

Por Jorge Antonio Barros

"Estou em estado de choque". Assim o escritor e jornalista Zuenir Ventura recebeu a notícia da morte do ator José Wilker, com quem dividiu uma mesa de debates sobre os 50 anos do golpe militar, no dia 17 do mês passado. O evento foi realizado na Casa do Saber O GLOBO. Eles falaram sobre a censura à imprensa e às artes no regime militar.

Em entrevista ao nosso blog, Zuenir lembrou da atuação de Wilker no debate:

"Ele fez uma brilhantíssima apresentação, relembrando fatos, e falando da cultura brasileira naquela época e hoje. Wilker conciliou a atividade de ator, diretor, pensador e crítico da realidade cultural brasileira. Afirmou Zuenir.


Obituário - José Wilker e a política

Por Jorge Antonio Barros

No dia 17 de março passado, José Wilker participou da mesa da estreia do Ciclo Ditadura, realizado pela Casa do Saber O GLOBO. Participaram do debate sobre os 50 anos do golpe militar Zuenir Ventura e José Casado, com mediação de Luiz Antônio Ryff, diretor de conteúdo da casa. Em entrevista ao nosso blog, Wilker fez um desabafo, que revela sua desilusão com a política hoje.

Em resposta a Ryff, Wilker reconheceu que está em curso um processo de despolitização da classe artística no Brasil, em contraste com anos anteriores e até mesmo o período da arte engajada, durante a ditadura militar. No primeiro debate Ciclo da Ditadura, realizado ontem na Casa do Saber, na Lagoa, Wilker disse que a despolitização também é consequência das reformas realizadas pela ditadura e pelo governo de hoje.

_A política partidária não favorece nem a cultura e nem a educação. Afirmou Wilker, criticando a divisão do Ministério da Educação e Cultura.

O ator criticou tamém aqueles que pensam que o acontece na política não lhes diz respeito. Ele contou que há cerca de dois anos um pequeno grupo de artistas começou a se reunir para discutir política e entender o que está acontecendo no país.


Fonte: blog oglobo.globo.com/rio/ancelmo

Susana Vieira recorda amizade de José Wilker em velório: 'Sou a grande viúva'

Susana Vieira recorda amizade de José Wilker em velório: 'Sou a grande viúva'
 
 Suzana Vieira (Foto/Ag News) 
Susana Vieira foi ao Teatro Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro, se despedir de José Wilker no velório que aconteceu na noite deste sábado (5). No local, ela cumprimentou a família do ator e também a atriz Vera Holtz, que estava bastante emocionada. Susana relembrou a amizade com Wilker, que morreu na madrugada desta sábado, após sofrer um infarto fulminante.
 
"Ele foi meu melhor 'marido', meu melhor companheiro. Trabalhei com ele muitas vezes e foram 42 anos de casamento. Eu sou a grande 'viúva'", disse Susana Vieira em conversa com a imprensa.
 
"Ele era tão delicado, não merecia ficar doente. A gente tinha uma relação de anos. Ele nunca esqueceu do meu aniversário. José era parecido com o Giovanni Improtta (personagem interpretado por Wilker em 'Senhora do Destino', da qual Susana era protagonista). 'Se precisar era só chamar'. Isso era o que o personagem e ele mesmo diziam. Fica aí bem bonitinho, onde estiver, tomando conta da gente", contou a atriz.
 
Susana Vieira e José Wilker trabalharam juntos em várias novelas, entre elas "Duas Caras", "Anjo Mau" e "A Próxima Vítima". Em "Amor à Vida", último trabalho do veterano, os personagens Pilar e Herbert eram amigos de longa data.
 
Quem também trabalhou com José Wilker recentemente foi Carolina Kasting, que fez par romântico com o ator em boa parte de "Amor à Vida". "Essa é uma entrevista que jamais gostaria de dar. Eu o conheci recentemente, mas o admirava desde o início da minha carreira. Era uma pessoa generosa, ímpar", afirmou.
 
Tony Ramos falou sobre os anos de amizade com José Wilker. "Éramos muito companheiros. Não se explica dor. Dor é dor. É para toda a vida. Recebemos essa notícia logo pela manhã. Ele era uma pessoa sofisticada, sempre preocupado com a gente brasileira e com a cultura brasileira. Era muito inteligente, até mesmo na ironia".
 
Marcelo Serrado chegou ao velório e contou que havia conversado com o veterano na sexta-feira (4). "Foi uma perda muito grande para a classe, um momento de muita dor. Ontem às 13 horas, eu falei com o José Wilker. Para mim, agora é muito estranho falar com uma pessoa às 13 horas de ontem e ela não estar aqui hoje", afirma Marcelo. "Perde um grande amigo. Falei com ele ontem sobre um projeto nosso e fiquei muito próximo dele neste final de vida. É muito bonito isso que está acontecendo no teatro agora. Minhas lágrimas já se foram todas. Ele me ensinou a não levar tão a sério a profissão e brincar".
 
O diretor Dennis Carvalho e a atriz Renata Sorrah disseram que não acreditaram na notícia da morte de Wilker. "Achei que era fofoca, que era mentira. Ainda bem que ele morreu dormindo. E ele deve estar lá em cima brincando muito. A gente costumava brincar muito, sacanear todo mundo", lembrou ele. "A gente não acredita no que aconteceu. Ele sempre foi cheio de energia e saúde", disse Renata.
 
"Houve uma perda da pessoa, mas um ganho muito grande da humanidade pela obra dele", afirmouJosé Mayer em conversa com a imprensa. Ary Fontoura falou sobre o simbolismo do local do velório. "Era uma pessoa muito generosa. O velório sendo no teatro, estamos voltando exatamente para onde ele começou".
 
Malu Mader também prestou sua homenagem ao ator ao falar com a imprensa. "Ele é uma pessoa querida, uma pessoa maravilhosa. Vai ficar muito forte na nossa memória e que viviam intensamente e que vai lembrar sempre com carinho", falou a atriz.
 
Muitos famosos compareceram ao velório de Wilker na noite deste sábado (5). As atrizes Giulia Gam, Letícia Sabatella, Natália do Vale, Marieta Severo, Betty Gofman, Camila Morgado e Andréa Beltrão; os atores Paulo Betti e Eriberto Leão; o diretor Wolf Maya e o autor Gilberto Braga, entre outros. Já na manhã deste domingo (6), Gloria Pires e o marido, Orlando Morais, Genézio de Barros, Betty Faria, Milton Gonçalves, Paula Braun e Felipe Camargo foram se despedir do ator.
 
O velório de José Wilker termina neste domingo (6), às 15h. Depois, o corpo seguirá para o Memorial do Carmo, no Cajú, onde será cremado no final da tarde em cerimônia reservada para os amigos e familiares.

Famosos lamentam a morte de José Wilker

Artistas se manifestam sobre falecimento do artista

Isabel Wilker e José Wilker (Foto/Reprodução/Instagram)

 
A morte de José Wilker, na madrugada deste sábado (5), chocou amigos e artistas que trabalharam com ele. Famosos lamentaram a notícia através das redes sociais e também da TV.
 
Durante transmissão da Fórmula 1 nesta manhã, Galvão Bueno ficou muito emocionado ao falar de Wilker. "Há três dias estávamos juntos na gravação do "Vem aí", em São Paulo. Ainda estou em choque com a notícia. Nós, eu e a Globo, estaremos sempre aqui para apoiar a família do José", disse Galvão, que ofereceu uma imagem do pôr-do-sol de Bahrein, onde acontecer a corrida, para o ator.
 
Filha de José Wilker, a modelo Isabel compartilhou uma foto no Facebook ao lado do pai: "Só tenho amor, muito amor, e agora saudades, sempre. Obrigada a todos pelo carinho".

Betty Faria, atriz: "Começamos a trabalhar juntos no Teatro Jovem em 1966, daqui a dois anos faríamos meio século de parceria. Fizemos teatro, televisão, filmes, festivais, passamos por muitas coisas, passamos por tudo que uma vida cigana de ator nos dá. É um companheiro da vida toda, o último trabalho juntos foi em 'A casa da Mãe Joana'. Falamos no telefone há umas três semanas. Ele sai de coroa e anel e deixa a gente com muita saudae. Me sinto hoje viúva. Todas as inúmeras personagens que fiz com ele estão viúvas também. O Zé vai deixar muitas saudades. Ele está deixando um buraco na minha vida".
 
Betty Faria: 'Começamos jovens no teatro e daqui a dois anos faríamos meio século de parceria. Como bom leonino com ascendente em Leão, essa saideira é uma maravilha para ele. Não tem doença, não tem hospital. Ele sai de coroa e anel, nos deixando com essa saudade no peito. Por todos os meus personagens que atuaram com ele, eu estou viúva. Vai deixar um buraco', disse em entrevista à Globo News

Betty Faria, atriz: "Daqui a dois anos faríamos meio século de parceria. Fizemos teatro, cinema, televisão, passamos por muitas coisas boas, engraçadas e difíceis que essa vida cigana de autor nos dá".

Ana Rosa, atriz: "Trabalhamos juntos, éramos marido e mulher em 'Três Irmãs'. Quando eu penso no trabalho do Wilker me lembro muito de 'Dona Flor e seus dois maridos', ele era bem novinho ainda. o que ficou muito marcado pra mim é que ele tinha um humor bastante suril. Era um homem muito inteligente, conhecedor e estudante de cinema".

Glória Perez, autora, no Twitter: "O Zé Wilker???? Meu Deus!"

Gloria Perez, autora de novelas: "Foi um susto tão grande! O Zé era um artista tão completo, um amigo tão querido, tao inteligente, tão bem humorado! Fui com ele para a Manchete na década de 80, fizemos "Carmem" lá. E quando escrevi "Amazônia" ele interpretou o imperador Galvez. Estava particularmente emocionado com esse trabalho, porque o pai dele tinha sido soldado da borracha. Aquela era um pouco a história de vida dele também. Mas eu não acho morrer uma palavra exata quando se trata de um artista do tamanho do Zé: ele deu vida a tantas personagens que ficam na nossa memória e agora essas personagens darão vida a ele, porque através delas ele estará presente e há de inspirar muito as gerações futuras."

Fafá de Belém, cantora, no Twitter: "Meu querido amigo, amigo raro, incomum, afetuoso e grande ator Zé Wilker partiu. Da forma que viveu: discretamente e sem incomodar ninguém. Partiu no meio de um sonho. Tenho certeza . Saudade e luto toma conta de meu coração".

Amir Haddad, ator e diretor: "José Wilker teve uma vida plena no que se pretendeu fazer. Ele era um ator de plena força e poder. Sua trajetória foi marcante desde que veio para o Rio de Janeiro. De uma maneira ou de outra, sempre estive perto dele. Cada pessoa como ele deixa uma marca muito grande por onde passa. Ao mesmo tempo, deixam uma ausência muito grande quando faltam, porque ocupam espaço. Acho que o teatro perde muito, até mais que o cinema e a televisão. Precisamos de pessoas interessantes vivas, porque nossa arte é a arte do real. Interessa-nos a carna, o sangue e o suor humano ali na frente. Nós já somos poucos, não podemos nos dar o luxo de perder alguém como José Wilker."

Carolina Kasting, atriz: "Estou completamente chocada, muito triste. A emoção toma conta de mim. O Zé foi como um pai para mim neste último trabalho. A sabedoria e a generosidade dele me ajudaram a chegar onde cheguei com a Gina. E ele me disse: você está iluminada! Ainda não posso acreditar que ele se foi. Obrigada, Zé, você estará para sempre dentro do meu ser. Ele foi não só um grande ator, mas um homem de teatro, de cinema, da arte de forma geral. Um ser humano que não cabia dentro de si de tanta grandiosidade".

Sergio Sá Leitão, secretário municipal de Cultura: "O José Wilker dirigiu a Riofilme num momento muito difícil da empresa. E eu acho que, além de tudo que ele fez pela cinema e a televisão, nós devemos a ele a continuidade da Riofilme. Foi uma gestão de resistência. Acho que a empresa não estaria nesse momento bom de hoje, com um grande volume de investimentos, se ele não tivesse segurado as pontas. O José Wilker deixou uma herança para o cinema do Rio de Janeiro. E não só, porque a Riofilme também foi importante para o cinema brasileiro como um todo, antes de sofrer um processo de esvaziamento. A presença dele ali foi essencial para que a empresa não acabasse. Ele resistiu a todas as tentativas de acabarem com a Riofilme."

Cesar Maia, ex-prefeito do Rio: Morre o grande ator José Wilker. Honrou a prefeitura quando presidente da Riofilme.

Eduardo Paes, prefeito do Rio: "Cearense de nascimento, carioca por escolha, José Wilker se confunde com a história da dramaturgia brasileira. Grande ser humano e um artista completo, de personagens memoráveis, Wilker deixará um vazio irreparável nas telas país afora. Como se esquecer de Mundinho Falcão, Vadinho, Antonio Conselheiro, Roque Santeiro, Coronel Jesuíno? A notícia de seu falecimento traz tristeza a todos que o conheceram e acompanharam sua trajetória e, ao mesmo tempo, um sentimento de gratidão por sua arte e seu talento. À família e aos amigos, muita força e conforto nesse momento de luto."

Governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão: “Profissional brilhante, José Wilker presentou a dramaturgia brasileira com trabalhos marcantes ao longo das décadas que dedicou à arte. Uma pessoa inesquecível, como seus tantos grandes personagens e sua forma única de contar histórias. À família e aos amigos, fé e força neste momento.”

Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin: "Com a morte de José Wilker nesta manhã, o Brasil perde um dos artistas mais talentosos e atuantes da televisão, do teatro e do cinema brasileiros. Ator, diretor, produtor, comentarista e escritor, José Wilker agraciou os brasileiros com sua arte e será sempre lembrado pelos seus personagens inesquecíveis. Os mais sinceros sentimentos à família."

Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco: "Quero deixar meus sentimentos à família do ator. A cultura brasileira perde muito com a morte de Wilker neste sábado. Mas tenho a certeza de que seu trabalho continuará vivo, e que a galeria de personagens memoráveis permanecerá encantando as novas gerações".
 
Juca de Oliveira, ator: "Era um enorme diretor e escritor excepcional. Podia se tornar um dos maiores escritores de teatro desse país. Perdemos um dos mais dotados artistas desse país, eu diria de todos os tempos. É uma perda irreparável".
 
Milton Gonçalves, ator: “Era um homem que buscava sempre o conhecimento, buscava sempre o saber, buscava sempre a melhora. Onde quer que você esteja, Wilker, o meu beijo, o meu coração, o meu afago e a minha lembrança. Vá com Deus."

Silvio de Abreu, autor de novelas: "Estou muito chocado. Wilker, além de um excelente ator e diretor, era um intelectual da melhor qualidade. Suas atuações por mais de três decadas na televisão são o testemunho do seu imenso talento e a sua falta nos bastidores vai deixar um imenso vazio em todos nós que tivemos o privilégio de conviver com esse grande artista".
 
José de Abreu, ator: "Terrível. Cheguei em viena agora e tive a noticia. A vontade que eu tenho é de voltar. A gente ia fazer uma peça esse ano. Terrível, terrível, não sei o que dizer. Somos da mesma geração, origem política, chegamos ao Rio no Teatro Ipanema. Nossa vida vivia se encontrando. O Zé era uma pessoa espetacular, de um humor, uma ironia finíssima, uma inteligência. Pena que não pude tê-lo como meu diretor de teatro. Ele entendia a alma do ator, sabia chegar lá dentro".
 
Cacá Diegues, diretor: "Foi o ator com quem eu mais trabalhei, fiz cinco ou seis filmes, até produzi o filme 'Giovanni Improtta', recentemente lançado. Se tornou um amigo desde que trabalhamos pela 1ª vez em 'Chica da Silva' em 1975. Era uma pessoa que tinha uma grande cultura cinematográfica.  Ele colaborava muito com o personagem, dava ideia, é uma pessoa de cinema, não há dúvidas. E era um grande amigo, fiel, solidário. A ficha ainda nem caiu direito. Ele não tinha nada, nunca vi reclamar de saúde, nem do coração".

Maria Beltrão, apresentadora: "Eu ainda estou tão chocada. O Wilker tinha um humor que era sensacional, ele respeitava as pessoas que não se levavam tão a sério. Sempre trabalhou com esforço mas sempre se divertia. Tive o prazer de assisti-lo no teatro em 2009, e vi aqule brilho nos olhos no final da peça, abrindo um sorriso do tamanho do mundo. Antes de tudo ele estava se divertindo ali, não era um cara óbvio, não seguia a mesma cartilha. Era mais apaixonado do que crítico, dava um tempero no comentário".

Maria Beltrão, jornalista: "Ficávamos próximas do Wilker muito rápido. Ele tinha um humor que era sensacional. Sempre trabalhou com seriedade e credibilidade, mas se divertia. Ele era mais apaixonado e espectador de cinema do que crítico. Ele dava uma visão humanista da vida. Mais passional. Apaixonante. Ele sempre tinha o olhar da criança que descobria o brinquedo pela primeira vez. Era aquele cara que é bom para sair junto e ter na mesa de bar".
 
Nívea Maria, atriz: “Wilker deixa pra nós um exemplo de que você deve sempre pesquisar muito, observar muito. Dar menos valor ao glamour da profissão porque ela é muito séria, ela é muito importante e a gente tem muita responsabilidade.”
 
Fátima Bernardes, no twiiter: 'Estava dirigindo quando ouvi a notícia da morte do #josewilker. Difícil de acreditar. #tristeza'
 
Bruno de Luca: 'Tive o prazer de fazer uma novela com o Wilker (Fera Ferida) e um comercial em que eu o 'esnobava'. Que ator, que susto, que tristeza!! Descanse em paz e força para todas as filhas'

Ana Lúcia Torres: 'Meu Deus! Perdemos uma das pessoas mais inteligentes que eu já conheci na vida. Ele é uma das pessoas mais intelectualmente capazes que eu conheci. O que mais me dói é nunca ter pisado num palco ao lado de José Wilker', afirmou em entrevista à Globo News
 
Britto Jr.: 'Wilker sempre pareceu calmo, magro, jovem, além dos atributos intelectuais. Jamais imaginaria que pudesse morrer assim, de repente. Pasmo!'

Felipe Andreoli: 'Poxa, Zé Wilker, tão cedo?! Um cara incrível. O eterno Vadinho agora vai fazer festa no céu. RIP'
  
Aguinaldo Silva, autor, no Twitter: "José Wilker era nossa alternativa para o personagem que Dan Stulbach talvez não possa fazer. Eu o conhecia desde 1961, vivíamos no Recife. Fizemos dezenas de trabalhos juntos. Era jovem demais pra morrer! Sem José Wilker ficamos menores e mais pobres. Desliguei os telefones todos. Não quero que me perguntem o que achei  da morte dele. Estou triste. Morri um pouco. Não sei o que dizer!"

Cacá Rosset: 'Chocado e triste com a morte prematura do grande ator José Wilker. #RIP'

Antônia Fontenelle: 'Minha homenagem e desejo de muita luz para o querido Zé Wilker! Obrigada, Zé, por toda sua importância em nosso cenário cultural. Obrigada pelas suas palavras quando me dizia 'segure firme, seja forte e valente e lembre-se: nunca atravesse o túnel, para voltar é mais difícil'.'

Dilma Roussef, presidente, no Twitter: "Ator, crítico de cinema e exemplo de dedicação à arte, José Wilker nos presenteou com interpretações que se tornaram ícones do cinema e da TV".

Stephan Nercessian: 'Wilker, querido amigo, irmão, parceiro da minha juventude. É inacreditável o que a vida tem feito. Cedo demais, amigo. Fará falta!'
 
Marta Suplicy, Ministra da Cultura: "Chora o Brasil pela dor da perda de um de seus grandes. A morte prematura de José Wilker nos deixa a todos consternados e com grande vazio. José Wilker, com seu imenso talento e sensibilidade, propiciou aos brasileiros momentos ímpares. Solidariedade e apoio a sua família e amigos."
 
Celso Amorim: 'É uma enorme perda para todo o cinema. Tenho ótimas lembranças dele e de importantes obras que participou. No meu tempo, na Embrafilme, posso citar o filme 'Bye Bye, Brasil', em que interpretou o lorde cigano, personagem marcante. Sem dúvida, deixa grandes obras e fará muita falta. Uma grande perda'

Maria Fernanda Cândido, atriz: "Perdemos um grande ator, um excelente ator. Um ser humano ímpar, que vai fazer muita falta Certamente o que ele era vai fazer muita falta para muita gente e para a cultura. Eu tinha um carinho muito especial pelo Zé. E em todos os momentos em que estivemos juntos, trabalhando, foi sempre muito prazeroso, foram sempre momentos muito especiais."

Malu Mader, atriz: "Antes de mais nada é um susto. Estamos todos chocados com essa morte muito triste. O Wilker é apaixonado pela profissão. Quando você está em cena com ele você entende o sentido de estar ali. Ele foi uma inspiração para mim mesmo antes de eu começar a atuar, assisti a tudo o que ele fez. tive o prazer de trabalhar com ele em 'Anos Rebeldes'. Estou muito triste".

Malu Mader, atriz: "É um susto, antes de mais nada. Estão todos chocados. Ele era um apaixonado pela profissão. Quando você está com ele em cena entende o sentido de estar aqui. Fez muito teatro, cinema e TV desde o princípio. Sempre atuou muito bem em tudo que fez. Foi uma inspiração para mim. Tenho na memória grandes cenas, grandes papéis como na novela 'Gabriela'. Estou muito triste e chateada", disse em entrevista "O Globo"

Malu Mader: “Ele era um apaixonado pela profissão. O Wilker foi uma inspiração para mim. Antes mesmo de eu começar a atuar, sempre vi os grandes papéis dele, em novelas como 'Gabriela'. Personagens que ficaram na memória. A presença dele em cena fazia toda a diferença. Estou muito triste, muito chateada”, disse em entrevista à Globo News.

Antônio Calloni, ator: "O Wilker é um ganho eterno, ele nunca vai ser uma perda. tive o prazer imenso de fazer dois trabalhos com ele, em 'Salvador da Pátria' e em 'JK'. Ele não vai fazer falta porque estará com a gente sempre. O Wilker nasceu para sempre. Vamos sentir saudades, estou muito emocionado".

Antonio Calloni, ator: "É um ganho eterno. Nunca vai ser uma perda. Essa grande figura nasceu para sempre. Vamos sentir saudades. Fiquei emocionado, mas faz parte do show. A vida sempre vence", em entrevista ao G1
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Antônio Calloni: 'O Wilker é um ganho eterno, nunca será uma perda. A vida sempre vence e ele não fará falta porque vai estar sempre com a gente. Zé, você está com a gente e continuamos a batalha com muita fé', em entrevista "O Globo" 

Wolf Maya, diretor: "Ele foi um dos homens mais importantes da TV, do teatro e do cinema brasileiro. O Wilker é um exemplo para os nossos atores, para a nossa profissão, para o entendimento da dimensão do ator. O teatro brasileiro perdeu uma pessoa tão importante de hoje até o mundo futuro. Era uma grande amigo e uma das pessoas mais adoráveis no dia a dia da televisão, na convivência extrema dos bastidores. Estou muito consternado, fica o exemplo, e a saudade".

Bárbara Paz, atriz: "O Zé era realmente um grande autor, além de ator, fora que era um parceiro maravilhoso de cena. O humor dele era uma coisa inacreditável, estava sempre fazendo piada. Estou muito chocada e triste. Eu o conheci muito jovem, tivemos um breve romance. O Zé tinha uma liberdade intelectual, uma força na literatura muito grande. Para mim é uma pessoa muito importante na minha construção como ser humano. Como coincidência fizemos o último par na novela 'Amor à Vida".

Bárbara Paz: 'Zé foi um grande autor, além de ator. Um grande parceiro de cena, que não deixava ninguém triste. Eu fiquei chocada porque ele foi muito fundamental para mim. Era um grande intelectual e eu pude justamente fazer meu último papel em um romance com ele em 'Amor à Vida'. É triste saber que ele se foi tão rapidamente', disse em entrevista à Globo News

Barbara Paz, atriz: "É muita tristeza, uma pessoa muito bem-humorada, muito importante na história da TV brasileira, do cinema brasileiro. Ele foi fundamental na minha vida, eu tive um romance com ele quando tinha 19 anos, a gente se conheceu no teatro. Ele foi o 'start' da minha construção como pessoa, foi fundamental para minha construção como ser humano. Foi um dos mentores da minha vida. Ele tinha muitos planos de dirigir".

Renata Sorrah, atriz: "É difícil acreditar. Chocante a notícia. O Wilker era um cara tão da vida. Foi meu amigo, foi o ator com quem mais trabalhei junto. Foi um homem de teatro, de televisão, de cinema. Fez coisas deslumbrantes. Ele deixa um legado de coisas lindas e de vida. Ele era um ótimo amigo, um ótimo pai. Era incrível. Fico me lembrando dele 40 anos atrás, eu fazendo a primeira peça que ele escreveu. É muito triste. Uma perda muito grande”.

Rafael Cortez, no twiiter: "Morreu o José Wilker. Dia triste pra arte brasileira. Ele era produtivo, empreendedor, raçudo e talentoso.Uma tremenda perda.Força à família."

Erom Cordeiro: "Que tristeza a morte do José Wilker! Grande ator! Grande perda! Força pra família!"

Marcelo Serrado: "Wilker morreu?? Falei com ele ontem !!!"

Michel Melamed: " Um beijo de amor para o Wilker, Bel e toda a família. Triste demais."

Marcos Veras: "Grande Zé. Você foi FELOMENAL"

Deborah Secco: "José Wilker, grande ator, grande colega, uma vez meu pai... Quanta saudade você vai deixar! Quanto…"

Renata Sorrah: 'É difícil acreditar. Estou chocada! Ligar morte ao Wilker é impossível. Ele que era tão solar, tão da vida. Ele foi a pessoa com quem eu mais trabalhei e deixa um legado de coisas lindas de vida. Não estou acreditando ainda que isso aconteceu', disse em entrevista à Globo News

Renata Sorrah, atriz: "Todo mundo ficou atônito. Ele não tinha nenhum problema de saúde. Além de ser meu amigo há uns 50 anos, foi o ator com quem mais trabalhei. Fiz a primeira peça que ele escreveu: "O trágico acidente que destronou Tereza". Era um ator brilhante, um homem de teatro, e depois de cinema e de TV".
 
Tom Cavalcante, ator e comediante, no Twitter: "É com muito pesar que vejo a saída de cena fora do combinado do meu amigo e conterrâneo Zé. Se é assim essa vida vai com Deus e obrigado por tudo."

Dennis Carvalho, diretor: "Era muito parceirão, muito amigo. Ria muito, sacaneava todo mundo, era inteligentíssimo. Trabalhamos muito juntos, dividimos Sai de Baixo, cada semana era um que fazia e nos divertíamos muito. Fiquei muito chicado porque ele se cuidava, fazia check up, encontrei com ele na semana passada. vou guardar uma memórias muito boas dele."

Denis Carvalho, ator e diretor: "É um dia muito triste para todos nós. Ele era um parceiro, um amigo, ríamos muito juntos. Ele sacaneava todo mundo. Inteligentíssimo. Era um crítico de cinema. E também muito consumista. Tinha mil pares de tênis, 500 relógios. Era muito engraçado".

Tony Ramos: "É difícil explicar, dizer quem era e nunca deixaremos de ser 'lugar comum' ao falarmos da cultura e erudição de José Wilker. Quero ficar com a imagem da voz potente, da ironia, de um ser político, da biblioteca ambulante. Estamos ainda tentando entender esse amigo que se vai', afirmou em entrevista à Globo News."

Tony Ramos, ator: "A gente não vai conseguir deixar de ser lugar comum ao explicar ao telespectador da amizade, da cultura, da erudição do Zé Wilker. Ele era agradabilíssimo, vou sentir muita falta. Não nos víamos cotidianamente mas éramos amigos do cotidiano. Ele era objetico, espontâneo, tinha uma sensibilidade muito grande. Era um inacreditável profissional, buscava vozes para os seus personagens, maneiras de dizer suas falas. Para mim, será o eterno Zé, que tinha na essência do homem a essência que um ator precisa".

Serginho Groisman, apresentador, no Twitter: "Espantado como todos e triste como todos com a morte de José Wilker".

Maria Beltrão, apresentadora: "Eu ainda estou tão chocada. O Wilker tinha um humor que era sensacional, ele respeitava as pessoas que não se levavam tão a sério. Sempre trabalhou com esforço mas sempre se divertia. Tive o prazer de assisti-lo no teatro em 2009, e vi aqule brilho nos olhos no final da peça, abrindo um sorriso do tamanho do mundo. Antes de tudo ele estava se divertindo ali, não era um cara óbvio, não seguia a mesma cartilha. Era mais apaixonado do que crítico, dava um tempero no comentário".

Bianca Ramoneda, apresentadora: "Eu acho que realmente é uma perda inestimável para a arte e a cultura brasileiras. O Wilker veio do Nordeste, fez como artista o personagem do 'Bye, Bye, Brasil', quando veio pro Rio de Janeiro. Ele foi um jovem que veio batalhar a vida aqui e teve esse encontro com a arte. Se tornou um artista de uma grandeza muito única.

Eva Wilma, atriz: "Peço desculpas porque ainda estou sob o impacto. Tive o privilégio, a satisfação e a alegria de ser dirigida por ele em 'Querida mamãe'. Eu não diria adeus, diria até, até sempre. Na minha memória, nas minhas experiências, foi um momento brilhante, afetivo e maravilhoso ter sido dirigida por ele. O Wilker deixa o brilhantismo dele".

Rosa Maria Murtinho, atriz: "Era um colega muito irônico, muito divertido. Eu acho que foi uma pena, morreu novo, ele tinha muita coisa, escrevia muita coisa. Tem um ditado que diz que quando morre um artista, morrem três. Morreu o Paulo Goulart, o Wilker, tomara que esse dito não seja verdade. Quando ele veio para o Rio de Janeiro foi um estouro, ele foi logo premiado, dado como grande promessa do teatro e da televisão. Ainda estou sob o impacto da morte".

Paulo Betti, ator: "Também estou impactado pela morte do Wilker. Não esperávamos, tinha apenas 66 anos. Acho importante falar dele como ator de teatro também, ele foi um grande ator de teatro. A peça 'O Arquiteto e o Imperador da Assíria' foi um dos momentos mais revolucionários do teatro brasileiro. Ele também fez 'O Rei da vela'. Foi meu sócio na Casa da Gávea, ajudou a dar impulso no nosso centro cultural. É uma perda e uma emoção muito grandes pra todos aqueles que conviveram com ele e absorveram da sua cultura e do seu afeto. Foi um dos maiores talentos da arte e da interpretação no Brasil de todos os tempos."

Paulo Betti: 'Ele era um colecionador de cultura e essa é uma perda enorme para todos nós. Ele era surpreendente, irônico, bem-humorado, tinha uma voz excepcional, temperada com muitos cigarros que devem ter ajudado nesse infarto. Ele sempre foi muito profundo. Quando fumava, fumava muito. Quando bebia, bebia muito e enquanto trabalhava, também era muito intenso, dedicado e rígido. Fará falta', disse em entrevista à Globo News

Jô Soares, apresentador e humorista: "Eu era muito ligado a ele como amigo, como colega. É uma pessaoa que eu conhecia há mais de 40 anos. Um homem extremamente culto, genereoso, dedicado no trabalho. Uma coisa assim é tão de surpresa, ontem ou anteontem fiquei falando horas no telefone com ele e conversamos sobre um espetáculo em Nova York que assistimos, falamos que precisávamos nos ver, marcando encontros. A morte sempre pega de surpresa, mas essa me pegou mais profundamente. É uma coisa inimaginável. Fica todo o ensinamento e todo o prazer que ele deu não só aos amigos mas a todos que o assistiram".

Jô Soares: 'Wilker era uma pessoa muito ligada a mim. Eu o conhecia desde sempre, há mais de 40 anos, desde que ele chegou ao Rio. Era um homem extremamente culto, generoso e dedicado ao trabalho. A morte sempre nos pega de surpresa, mas essa me pegou mais profundamente', disse em entrevista à Globo News

Rodrigo Andrade, ator, no Twitter: "Nao estou acreditando, não sei nem o que dizer sobre a morte do Wilker. Sempre fui fã e me tornei amigo dele quando fizemos Gabriela... Não tem o dizer só pedir que Deus conforte a família. É uma dor, acabou com meu final de semana."
 
Rodrigo Andrade: "Não tem o dizer só pedir que Deus conforte a família. É uma dor, acabou com meu final de semana. Não tô acreditando, não sei nem o que dizer sobre a morte do Wilker. Sempre fui fã e me tornei amigo dele quando fizemos 'Gabriela'".

Arlete Salles: 'Eu sempre lembrarei do Zé com um sorriso no rosto. Nunca o vi mau humorado ou de cara amarrada. Jamais esperaria essa notícia, mas ele foi um belo homem em vida e merece ser admirado', lamentou em entrevista à Globo News
 
Cleo Pires: compartilhou uma foto em que Wilker segura seu rosto. Emocionada, a atriz só legendou: "Zé".

Aguinaldo Silva: contou, através do Twitter, que José Wilker era cotado para sua próxima novela, "Falso Brilhante". "José Wilker era nossa alternativa para o personagem que Dan Stolbach talvez não possa fazer. Eu o conhecia desde 1961, vivíamos no Recife. Fizemos dezenas de trabalhos juntos. Era jovem demais pra morrer! Sem José Wilker ficamos menores e mais pobres", afirma Aguinaldo. "Estou triste. Morri um pouco. Não sei o que dizer!".

Aguinaldo Silva, autor de novelas: "Conheci o Zé em 1961 no Recife, quando ainda éramos adolescentes e começávamos a nos envolver com teatro e política. Já o tinha escalado para uma participação especial em "Falso Brilhante", pois não conseguia imaginar uma novela minha sem a presença dele. Sem o Zé ficamos mais pobres e mais tristes. Todos nós que o amávamos também morremos um pouco hoje", disse em entrevista "O Globo"

Lima Duarte: 'Fomos grandes amigos. Fizemos 6, 7 novelas juntos e em 5 ele foi meu filho. Um grande companheiro de atuação e eu fiquei muito passado com a notícia. Eu iria gravar uma entrevista com ele na próxima semana, mas não será mais possível. Isso abre um buraco no meu coração', lamentou em entrevista à Globo News

Maria Padilha: 'Estou chocada! Quando eu era garota, fui vê-lo no teatro e, enquanto o via atuando, pensava que eu queria estar ali, com aquelas pessoas que faziam aquilo, com ele. Fiquei apaixonada por José Wilker como plateia. Ele foi fundamental para a minha carreira', lamentou em entrevista à Globo News

Ary Fontoura: 'Fica uma profunda saudade. Foi um choque para mim. Cinquenta e tantos anos de amizade da mais sincera, tantos trabalhos... Estive com ele ontem, hoje eu iria encontrá-lo novamente, mas estou aqui, chocado. A vida é assim, mas a gente não consegue se habituar com o final. Éramos grandíssimos amigos e nós casávamos profissionalmente. Nesse momento, estou órfão', lamentou em entrevista à Globo News

Carol Castro: 'Muito triste e chocada com a 'passagem' de Wilker. Grande perda. Um gênio, um mestre. Que descanse em paz... Fará muita falta. Muita!'

Samara Felippo: 'Mais um talento absoluto se foi. Meu eterno JK!! Que Deus te receba com todo amor!! Meus sentimentos...'

Guilhermina Guinle: 'Um beijo eterno nesse mestre absoluto. Nesse homem tão especial, tão inteligente, culto, divertido e de um humor sensacional. Amigo, pai maravilhoso, ser humano mais gentil que conheci, sensível, talentoso e de uma profunda generosidade. Único! Com uma trajetória de vida emocionante e um profissional brilhante. Que honra ter feito parte da sua vida durante 10 anos! Obrigada José, obrigada Zé pelo seu precioso tempo. Tempo que você sabia aproveitar como ninguém. Sua história de vida é um exemplo vivo da imortalidade da alma. O dia está triste. É um pedaço da nossa vida que vai embora hoje', escreveu a atriz, que é ex-esposa do veterano

Caetano Veloso: 'Morei com Wilker num apartamento da Senador Vergueiro quando vim pro Rio. Era uma 'república' compartilhada com Nenem e Lopes Cansado. Eu achava Wilker lindíssimo. Ele ela bem magro e usava óculos. Tinha pinta de intelectual e não de galã, mas eu dizia que ele era um galã. Ele escrevia peças. Trabalhara no MPC no Recife. Não tinha sotaque nordestino. Era cearense. No exílio, já em 1970, surgiram capas de revista com Wilker de galã da Globo. Achei que eu tinha visto o futuro. Às vezes, em encontros casuais, eu lembrava essas coisas a ele e ele reagia com muita ternura. Ninguém nunca vai se esquecer do Roque Santeiro' 
 
Paloma Bernardi: "Poxa! Mais um ícone se vai... Eternos aplausos para essa estrela que agora brilha no céu!".

Carol Castro: "Estou muito triste e chocada com a 'passagem' do Wilker. Grande perda. Um gênio, um mestre. Que descanse em paz... Fará muita falta. Muita!".

Paula Braun: "Zé morreu. Um grande amigo, uma pessoa querida e especial na minha vida. Perdemos um dos bons, inteligência e sensibilidade. Triste demais. O Zé foi a pessoa que me incentivou a escrever e dirigir há uns 6 anos atrás. Agradeço eternamente".

Giovanna Lancelotti: "Ainda em choque com o que acabei de ler.. Que perda, meu Deus! Tive a honra de trabalhar com esse mestre 2 vezes e vou falar que é admirável sua generosidade e cumplicidade em cena. Um ator completo que fez história na dramaturgia brasileira e com certeza fará MUITA falta. Que descanse em paz e deixo aqui registrado meu eterno agradecimento e admiração por todos os conselhos e momentos que passamos juntos".
 
Débora Secco: "José Wilker, grande ator, grande colega, uma vez meu pai... Quanta saudade você vai deixar! Quanto aprendizado você deixou! Pra sempre no meu coração".
 
Angélica: "Encontros sempre alto astral! Papo inteligente, generoso, muito enriquecedor estar ao seu lado... Vá em paz!"
 
Fabiana Karla: "Fico feliz de ter bebido um pouco da sua fonte.Vai com Deus".
 
Mel Maia: "Meu ídolo. consegui falar para ele... Com certeza vai ser guiado pelo AMOR".
 
Rômulo Neto: "Grande artista , grande história de vida..... UM GRANDE HOMEM !!!".
 
Murilo Rosa: "Um dos artistas mais brilhantes da nossa história, uma referência. Um ator que tinha a capacidade de transformar a nossa profissão em algo ainda mais especial. Acho que todo ator mais jovem gostaria de ser como ele. Cinema, teatro, televisão, ele fez tudo! Descanse em paz, mas você sempre será um ganho pra todos nós e nunca uma perda, vc esta aí, pra sempre".
 
Eva Wilma: "Agradeço a alegria de ter convivido com ele. Eu tenho certeza de que ele fica para sempre nos nossos corações, na nossa memoria. Deixou coisas humor, talento, inteligência. O que dói é porque ele tinha projetos maravilhosos, inclusive um maravilhoso, para enrevistar atores. Tive prazer de partilhar do brilhantismo dele. Cheio de inteligência, brilhantismo. Foi uma troca muito importante na minha formação".
 
Tatá Werneck: "Estou profundamente triste e chocada".
 
Sonia Braga: "Meu querido amigo, para sempre! Conheci o Wilker quando fui para o Rio com a peça 'Hair', em 1969, e me apaixonei loucamente por aquela pessoa linda. E por toda a minha vida continuei o amando intensa e platonicamente. Wilker sempre foi e continuará sendo um dos meus melhores e mais queridos amigos".
 
Rosamaria Murtinho: "A gente gravava muito e era muito divertido. Ele era um colega muito irônico, fazia piadas do próprio texto nos ensaios. Era muito engraçado".
 
Rita Guedes: "Soube agora que o José wilker nos deixou. Perdemos um grande ator e pessoa maravilhosa. Que esteja em Paz!"
 
Emanuelle Araújo: "Como assim o Zé se foi? Puxa".
 
Thaíssa Carvalho: "Nossa arte esse ano está levando duros golpes".
 
Amaury Jr: "Não acredito que José Wilker nos deixou. Que Deus o tenha"
 
Antonia Fontenelle: "Minha homenagem e desejo de muita luz pro querido Zé Wilker! Obrigada Zé por toda sua importância no nosso cenário cultural. Obrigada pelas suas palavras quando me dizia segure firme, seja forte e valente e lembre se: 'Nunca atravesse o túnel, pra voltar é mais difícil' rs"

Miguel Falabella, ator: "Wilker era uma pessoa muito especial. Tinha aquela casca, mas na verdade era um homem muito doce, muito afetuoso, além de profundamente inteligente. Perdi um grande amigo e vou sentir muita saudade dele".
 
David Brazil: "Poooooooooooxa!!! E o FELOMENAL ZÉ nos deixou! Que descanse em paz e obrigado pelos poucos mais ótimos momentos juntos!"

O corpo do ator será velado a partir das 23h, no Teatro Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro, em cerimônia aberta ao público por toda a madrugada. No início da tarde deste domingo (6), o corpo será levado para o Memorial do Carmo, no Caju, Zona Portuária do Rio, onde será cremado a partir das 18h. 

Filha de José Wilker lamenta morte do pai: “Só tenho amor e saudades”

Ator faleceu na manhã deste sábado (5), no Rio de Janeiro

Isabel Wilker e José Wilker (Foto/Reprodução/Instagram)
 
RIO DE JANEIRO – Isabel Wilker, uma das filhas de José Wilker, comentou a morte do pai - que faleceu de um infarto fulminante neste sábado (5) - e fez uma homenagem ao ator em seu Instagram.
"Só tenho amor, muito amor, e agora saudades, sempre. Obrigada a todos pelo carinho", publicou na rede social.
 
Wilker faleceu em sua casa na zona sul do Rio de Janeiro. Ainda não há informações sobre enterro e velório.
 
O ator deixou duas filhas: Isabel, fruto do relacionamento com a atriz Mônica Torres, e Mariana, com a atriz Renée de Vielmond.