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domingo, 6 de abril de 2014

Tela Quente - Homenagem ao Wilker

José Wilker (Foto/Reprodução/Instagram)
A TV Globo vai exibir, segunda agora, o filme "Giovanni Improta", na Tela Quente, como homenagem a José Wilker, que morreu hoje pela manhã.

É o último filme dele, inédito na TV e o único que ele dirigiu.
 
 
Obituário - Barreto: 'A grande paixão de Wilker era o cinema'

Por Jorge Antonio Barros
 
O produtor de cinema Luiz Carlos Barreto afirmou que, com a morte de José Wilker, perdeu não só o ator, mas o amigo e conterrâneo do Ceará.

-- A gente perde muito com a morte do Wilker. Como diz Elisabeth Bishop, no filme "Flores raras", de Bruno Barreto, a gente se entristece com as perdas e se alegra com os ganhos. E Wilker nos proporcionou muitos. Era um grande ator multimídia, mas sua grande paixão era o cinema -- afirmou Luiz Carlos Barreto, em entrevista ao nosso blog.

Barreto foi o produtor de "Dona Flor e seus dois maridos", que teve José Wilker no papel de Vadinho, o morto que volta do além para atazanar a viúva (Sônia Braga) já de marido novo (Mauro Mendonça). Lançado em 1976 e relançado dois anos depois, o filme é o campeão brasileiro de bilheteria com a marca de 11 milhões de espectadores.

Adeus ao ator  - Wilker estreou no cinema em 'Soçaite de Baby Doll'
Por Ancelmo Gois
O escritor Flávio Moreira da Costa lembra de um momento especial com José Wilker: 
Da série "Pouca gente sabe": Zé Wilker e eu (como assistentes do assistente de direção), e ainda Marieta Severo (como atriz) começamos juntos no filme "Soçaite em Baby Doll", de Waldemar Lima (fotógrafo de "Deus e o Diabo") e Luiz Carlos Maciel, de 1965. Infelizmente parece que não existe nem uma cópia do filme. Wilker era magérrimo, tinha chegado de Recife fugindo do golpe, e assim que as filmagens terminaram, arrumaram um outro bico numa outra filmagem: ele era duríssimo. Com o tempo, e seu trabalho, construiu sua vida e sua carreira.


Obituário - Lucy Barreto:'Wilker era muito conhecido no exterior'
 
Por Jorge Antonio Barros
 
Lucy Barreto, produtora de cinema, lembrou quando Wilker foi reconhecido nas ruas de Londres por seu personagem Vadinho, de "Dona Flor e seus dois maridos", de Bruno Barreto.

É a uma perda enorme. Wilker é considerado um dos maiores atores brasilelros e provavelmente um dos mais conhecidos no exterior. Eu mesma vi ele sendo reconhecido nas ruas de Londres e de Nova York, após os lançamentos de "Dona Flor e seus dois maridos" e "Bye Bye Brasil".


Televisão - Wilker na calçada da fama

Por Jorge Antonio Barros

José Wilker foi o entrevistado do Vídeo Show, da TV Globo, na quarta-feira passada. O programa se transformou numa plateia de cinema em homenagem à ligação de Wilker com a sétima arte. Na conversa com Zeca Camargo, Wilker disse que foi um mico sair nu em "Dona Flor e seus dois maridos", uma das maiores bilheterias do cinema nacional, lançado em 1976, dez anos após o livro homônimo de Jorge Amado.


Adeus a Wilker - Zuenir: 'Wilker foi ator, diretor e pensador'

Por Jorge Antonio Barros

"Estou em estado de choque". Assim o escritor e jornalista Zuenir Ventura recebeu a notícia da morte do ator José Wilker, com quem dividiu uma mesa de debates sobre os 50 anos do golpe militar, no dia 17 do mês passado. O evento foi realizado na Casa do Saber O GLOBO. Eles falaram sobre a censura à imprensa e às artes no regime militar.

Em entrevista ao nosso blog, Zuenir lembrou da atuação de Wilker no debate:

"Ele fez uma brilhantíssima apresentação, relembrando fatos, e falando da cultura brasileira naquela época e hoje. Wilker conciliou a atividade de ator, diretor, pensador e crítico da realidade cultural brasileira. Afirmou Zuenir.


Obituário - José Wilker e a política

Por Jorge Antonio Barros

No dia 17 de março passado, José Wilker participou da mesa da estreia do Ciclo Ditadura, realizado pela Casa do Saber O GLOBO. Participaram do debate sobre os 50 anos do golpe militar Zuenir Ventura e José Casado, com mediação de Luiz Antônio Ryff, diretor de conteúdo da casa. Em entrevista ao nosso blog, Wilker fez um desabafo, que revela sua desilusão com a política hoje.

Em resposta a Ryff, Wilker reconheceu que está em curso um processo de despolitização da classe artística no Brasil, em contraste com anos anteriores e até mesmo o período da arte engajada, durante a ditadura militar. No primeiro debate Ciclo da Ditadura, realizado ontem na Casa do Saber, na Lagoa, Wilker disse que a despolitização também é consequência das reformas realizadas pela ditadura e pelo governo de hoje.

_A política partidária não favorece nem a cultura e nem a educação. Afirmou Wilker, criticando a divisão do Ministério da Educação e Cultura.

O ator criticou tamém aqueles que pensam que o acontece na política não lhes diz respeito. Ele contou que há cerca de dois anos um pequeno grupo de artistas começou a se reunir para discutir política e entender o que está acontecendo no país.


Fonte: blog oglobo.globo.com/rio/ancelmo

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