Irregularidades
no Metabase! “Nós pegamos o sindicato com uma inadimplência de ‘R$ 207 Mil’”,
disse o André Viana
Após ser empossado presidente do Metabase, André Viana realiza a sua primeira assembleia de Acordo Coletivo "2018/2019" na Ativa (Foto/Tonny Morais/Acom Metabase) |
Com a casa cheia,
1.354 trabalhadores ativos da Vale compareceram em massa, na sede Associação
dos Técnicos Industriais da Vale (ATIVA) para votar no Acordo Coletivo de trabalho(ACT) 2018/2019 que foi proposto pela mineradora. Como o presidente Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Extração
do Ferro e Metais Básicos de Itabira e Região (Metabase), vereador André Viana
Madeira (Podemos) já tinha antecipado durante a coletiva de imprensa na tarde
desta sexta-feira (23), e apresentou todas as medidas que foram apresentadas
pela mineradora que foram aprovados pelos empregados da empresa durante a manhã
e a noite desta quinta-feira (29), do qual os trabalhadores aprovaram o acordo
coletivo por 868 (67,98%) votos contra os 409 (32,02%) votos contrários, com 61
abstenções e 16 votos brancos totalmente válidos nas urnas do Metabase. Sendo
que a cláusula da “Resolução de Conflitos” não será aplicada na mineradora do
município como o André Viana já tinha feito este a acordo com a empresa, e já tinha
antecipado esse assunto durante a coletiva de imprensa, na semana passada. Para
que os trabalhadores não saiam prejudicados com esta situação mesmo com as devidas
mudanças na reforma trabalhista que foram feitas recentemente pelo governo
federal. “Então nós pegamos esses acordos [coletivos] em abertos. Foi como se
tivesse pegado ‘um avião em vôo’. Muitas dificuldades de agendas, por que o
acordo [coletivo] ele tem um vai e vem muito grande. Então, nós tivemos um
início bastante conflituoso e tumultuado”, explicou.
Funcionárias do Metabase fizeram as apurações dos votos ás 21: 30
(Foto/Tonny Morais/Acom Metabase)
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De acordo com o André Viana,
ele ainda afirmou que já assumiu a presidência do Sindicato Metabase com cinco
acordos coletivos vencidos, após ser eleito e empossado oficialmente como o presidente do Metabase. Sendo que um acordo coletivo ainda estava em aberto com as
empresas como a; Vale S/A; Belmont Mineração Ltda; Anglo American plc,
de Conceição do Mato Dentro-Mg que possui cerca de “1,2 Mil” trabalhadores de
carteira assinada atualmente. Durante
a assembleia do acordo coletivo em seu primeiro mês de gestão, André Viana fez
a questão de apresentar todos os membros que compõe a mesa diretoria do Sindicato
Metabase para os trabalhadores que estiveram presentes durante a assembleia do
acordo coletivo, do qual o André Viana celebrou pela primeira vez após ser
eleito presidente do Metabase. Na estreia, André Viana ainda aproveitou a
assembleia do acordo coletivo e anunciou uma série de medidas de austeridades
que serão tomadas em sua gestão durante os 4 anos permanente na presidência do
Metabase, e dentre as auditorias internas para poder fazer todos os devidos
levantamentos do ex-presidente (2002/2018) do Metabase, vereador Paulo Soares
de Souza (PRB), e anunciou a divida de cerca de “R$ 207 Mil” na entidade
sindical mesmo com o orçamento anual de “R$ 8 Milhões” antecipadamente. “Perdeu-se
muita receita como o Sindicato [Metabase] com essa mudança da lei”, resumiu.
André Viana teceu diversas críticas conta a Mineradora
(Foto/Heitor Bragança)
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Durante a abertura da
assembleia do acordo coletivo, André Viana também falou das irregularidades que
foram herdadas pelo seu antecessor, e afirmou que pretende colocar a casa toda
em ordem para atender melhor os trabalhadores das empresas mineradoras.
Principalmente, aos associados do “Clube Recreativo do Metabase”. “Nós pegamos
o Sindicato [Metabase] hoje com sérios problemas de gestão. A gestão [de Paulo
Soares] que deixou o poder. Deixou o sindicato administrativamente com varias
falhas de gestão e de administração. E nós estamos lutando neste período para
colocar a casa em ordem. Para o trabalhador ter uma ideia, nós pegamos o Sindicato
[Metabase] com uma inadimplência de ‘R$ 207 Mil’. Nós pegamos o Sindicato
[Metabase] com uma gestão deficitária na questão do [s] livro [s]; de caixa, de
registro, de saídas, de ordens. E estamos ai pra fazer a partir de janeiro [do
ano que vem] uma auditoria nas portas do Sindicato Metabase, e nós faremos a auditoria
para prestar contas ao [s] trabalhador [es], de como nós recebemos o sindicato.
A auditoria vai começar, e já tem profissionais contratados. Por que doravante nós
queremos mostrar a total transparência dentro do Sindicato [Metabase]. E a
nossa missão é trazer clareza para o trabalhador do sindicato. O sindicato tem
um trabalho realmente sério e honesto”, defendeu.
Trabalhadores da Vale Compareceram em massa na Ativa
(Foto/Tonny Morais/Acom Metabase)
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André Viana ainda esclareceu
para os trabalhadores da Vale que estiverem presentes na Ativa. Foram feitas 4
reuniões com 3 rodadas de negociação com a mineradora, e não obteve êxito nas propostas
da empresa, e foram discutidas somente as cláusulas preliminares do “Act
2018/2019” para poder chegar ao consenso. Evitando ainda a aplicação da
“Resolução de Conflitos” para que os trabalhadores da mineradora não saiam
prejudicados com os seus direitos trabalhistas no que é previsto nas
conformidades dos artigos impostos pela Consolidação das Leis Trabalhistas
(CLT). Para fechar o ano de 2018, André Viana ainda esclareceu para os
trabalhadores da mineradora que a Vale bateu um recorde anual de “104 milhões
de toneladas” de minério em sua alta produção historicamente. Para a exportação
deste resíduo sólido mineral equivalendo o valor total de “R$ 5 Bilhões” nas vendas
durante a exportação mineral, de forma inquestionável. Sendo que a cada 24
horas são vendidas as 15 unidades de composições de minérios diferenciados diariamente
que rendem à mineradora “10 Milhões” de portos. “Itabira precisar ser o pivô
desta luta. Assim como Itabira deu o lugar como o berço da Vale no inicio [das
instalações da mineradora]. Itabira também precisa ser a bandeira da redenção
do movimento sindical do Brasil. É muito difícil fazer um acordo coletivo [2018/2019]
com a empresa que tenha a sua base pulverizável. Então, a empresa Vale hoje,
não é como a nossa pasta Anglo [American] que está toda alocada em um lugar só!
É uma base extensa! E discutir com uma base extensa como essa. É extremamente
dificultoso. E eu tenho o maior respeito pela empresa que eu trabalho, e eu
estou na Vale há 15 anos”, disse.
André Viana falou das novas mudanças impostas pelo governo
federal (Foto/Heitor Bragança)
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Ainda em seu discurso durante a
assembleia do acordo coletivo pela primeira vez, na estreia. Com as novas
mudanças que foram feitas na reforma trabalhista que foi sancionada
recentemente pelo governo federal, André Viana ainda falou sobre as novas
mudanças com a contribuição sindical que não é mais de obrigatoriedade por
parte dos trabalhadores de contribuir com o sindicato da categoria anualmente.
Sendo que os trabalhadores são mais considerados como associados do que
contribuinte atualmente. Obtendo o desconto de “1,8%” em seus vencimentos
através das folhas de pagamentos como associados do clube do Metabase. André
Viana ainda afirmou que pretende buscar novas alternativas para poder cobrar as
contribuições sindicais dos trabalhadores. Sabendo que não é mais a obrigatoriedade
por parte destes trabalhadores da categoria de contribuir mensalmente com o Sindicato
Metabase. Como prevê a reforma trabalhista que já se encontra em vigor pelo
governo federal. “Então, nós temos que discutir esse acordo sem infantilidade.
Por que elogiar a empresa [Vale] por que o chefe está próximo? Isto é muito
fácil! Parece que tem uma gama de trabalhadores que eles façam o favor para a
empresa. Aqui nenhum de vocês são mendigos. O que vocês vendem para a Vale é
mão de obra, e não é só o favor não! Valorizem-se! Então, quando vamos para o
acordo [coletivo], e não muitos. Tem trabalhador que passa pela panfletagem e
pela gente. Vira a cara e não cumprimenta. Eu fiz a questão dessa vez, e de vir
com a camisa que você veste”, desabafou.
Com a exclusão de Resolução de Acordo de Conflitos e do intervalo de 15 minutos de lanche, trabalhadores aprovam o Act 2018/2019 (Foto/Rodrigo Ferreira) |
Em entrevista a imprensa, André
Viana falou das grandes expectativas em sua estreia na primeira assembleia do
acordo coletivo com os trabalhadores da mineradora com a casa cheia durante as
4 horas da apresentação das propostas onde os trabalhadores da mineradora
compareceram em massa e aprovaram o acordo coletivo, e fizeram as analises nas
pesquisas de opinião que foram impostas pela mineradora dentre elas o intervalo
de horário de lanche de 15 minutos e adicional de turno, do qual os
trabalhadores não concordaram com esta iniciativa imposta pela mineradora.
“Primeira assembleia [de acordo coletivo 2018/2019], casa cheia e respeito
total as pessoas de cara nova. Demorou um pouco o discurso por que é muito
importante discutir de ponto a ponto a proposta, e tinha pontos realmente que a
gente tinha que orientar ao trabalhador para que ele possa sair sem dúvida. Nós
aguardamos que o trabalhador decida. A proposta final não é a Vale, é o
trabalhador na urna. Se for ‘sim’ assina o acordo [coletivo], e se for não. Nós
temos vias judiciais, e vias de combate para continuar o acordo [coletivo].
Estou muito feliz, o trabalhador saiu muito feliz, e cumprimentou a gente e
agradeceu. Foi aberto o espaço democrático para todos falarem, e foi a franca palavra
e todo mundo foi ouvido quem queria ser ouvido. Mesmo que discordasse, é um
novo tempo é a nova gestão”, destacou.
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