Colunista Douglas Freire (Foto)
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Os efeitos do crescimento e desenvolvimento urbano, gera em cidades do interior situações e problemas que antes eram “privilégios” apenas das capitais, os quais se agravam de forma rápida quando se constata aguda falha no modo como o município foi conduzido nos últimos anos – é o exemplo de Itabira. Os altos índices de criminalidade, o trânsito caótico, as agências bancárias que não expandiram sua prestação de serviço e espaço físico, a super demanda na área da saúde, que assola as pessoas pela demora no atendimento – seja no setor público ou privado – que também não acompanhou o crescimento, entre inúmeras citações, fazem parte do conjunto de resultados obtidos pela falta de planejamento em geral.
A palavra mágica é planejamento. Em Itabira, até bem pouco tempo atrás, praticamente não existia sequer lixeiras nas ruas; isso pra não dizer que ainda não temos internet de alto padrão como por exemplo, em Ipatinga, que já se tem isso e tantos outros “progressos” há muito tempo. São problemas básicos, que dificultam e causam um grande detrimento para o avanço e inserção das novas tecnologias e padrões urbanos já praticados em diversos municípios brasileiros. Bom, talvez os políticos que no passado recente estiveram à frente de nossa cidade, não fizeram ‘benchmarking’ (visitar outros municípios do interior e as capitais de Estado para conhecer, se situar das tendências, necessidades e problemas que já eram tangíveis neles), para assim, prepara Itabira tendo a visão de que esses fatores urbanos mais dia menos dia iriam se fazer presentes e/ou necessários por aqui também.
Meus colegas, jovens de vinte e poucos anos como eu, costumam dizer: “Itabira tem 166 anos e acabou de nascer. Temos aí uma administração executiva que está pensando na cidade, que adotou o tão sugerido método do planejamento urbano como prioridade e que, com isso, busca reparar os danos que o tempo deixou e finalmente projetar o município para um futuro que já acontece em outras cidades bem perto da gente (...) Mas, ainda tem a questão das legislações itabiranas vigentes, que são antigas, elaboradas para um município com características que não condizem com os fatos da realidade atual, e muitas vezes impede que a cidade se desponte nos vários aspectos urbanos essenciais e inovadores”. Como diz o amigo Daniel Lança (atual procurador jurídico de Itabira), em seu artigo ‘O Perfil do Político Moderno’, publicado no jornal Vox em Julho de 2014: “fazemos votos de que políticos modernos, mais compromissados com o interesse coletivo, mais atentos às novas ferramentas de gestão pública e que saibam falar a linguagem do povo apareçam”.
Outro aspecto importante, é que seria ideal se a mentalidade da população acompanhasse a velocidade das coisas e a nova realidade modernista globalizada dentro do possível, claro. O entendimento acerca dessas questões deve ser cristalino, bem avaliado por cada um e absorvido da melhor forma que assim cada pessoa o concluir. E também, em outra ponta, temos de refletir sobre a atual conjuntura que se desenha na cidade, onde, profissionais de outras regiões estão cada vez mais ocupando espaços em Itabira, seja nos negócios bem como posições no mercado de trabalho e nos segmentos educacionais. Definitivamente, e há muito tempo, Itabira não é apenas mais uma fotografia na parede, mas sim, faz parte das imagens de um futuro que “está acontecendo” – e infelizmente, nem todos os itabiranos visualizam assim.
Douglas Freire
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