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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

CULTURA:

Fundação Cultural traz a Itabira Roberto Carlos Ramos, o pedagogo mineiro que se transformou em um renomado contador de histórias.

11/09/2013
 

Considerado um caso irrecuperável aos 13 anos, Roberto Carlos Ramos conseguiu o que parecia impossível: se transformou em uma exceção nas estatísticas brasileiras. Superou a passagem traumática pela Febem (Fundação Estadual de Bem Estar do Menor) de Belo Horizonte, o uso de drogas aos nove anos, a perda da mãe adotiva aos 20 e,  hoje, é considerado um escritor de peso na literatura infantil, um pedagogo renomado e um contador de histórias internacionalmente conhecido.

Roberto Carlos estará em Itabira no dia 11 de setembro, no Teatro da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade, a partir das 14h30. Através de seu dom de contar histórias, ele fala de sua vida, sua capacidade de superação, dos livros que escreveu e do trabalho como pedagogo.


História de vida
 
Roberto Carlos (Foto/Divulgação)
 
Caçula de uma família pobre de Belo Horizonte, Roberto Carlos foi levado pela mãe para a Febem, aos seis anos. Ela acreditava que lá ele seria bem cuidado e teria uma melhor perspectiva de vida. Mas aos 10 anos já cheirava cola de sapateiro e aos 11, começou a fumar maconha. Quando, aos 13 anos, foi adotado por uma francesa, era analfabeto e já tinha cometido incontáveis pequenos crimes de furto e roubo pelas ruas da capital mineira.

Graças a Marguerit Duvas, Roberto aprendeu a ler, a escrever e a falar francês. A francesa se negou a aceitar que uma criança como ele pudesse ser um caso perdido. Ela se dedicou a dar carinho, afeto e atenção a Roberto e os frutos que colheu foram cultivar no menino a criatividade e aguçar a arte de contar histórias.

Roberto Carlos se formou em Pedagogia e acabou se tornando o que ele mesmo define como o “Embaixador do País das Maravilhas”, já que seu talento com contação de histórias percorreu o mundo. Entre os títulos importantes que vem colecionando ao longo dos anos estão uma cadeira como Membro da Associação Internacional de Contadores de Histórias e Valorização da Expressão Oral de Marselha/França; o prêmio “The Tem Best”, como um dos dez melhores contadores de história da atualidade; a comenda da Paz Chico Xavier, pelo governo do Estado de Minas Gerais eo prêmio máximo da indústria mineira, pela FIEMG, na categoria “Dignificação Humana”.

Ainda como pedagogo, Roberto dedicou parte de sua carreira como escritor de livros infantis. Seus livros possuem uma narrativa próxima às histórias narradas oralmente por ele, alguns acompanhados de CD de áudio ou DVD's com animações.


Sucesso no cinema
 
Roberto Carlos (Foto/Divulgação)
 
A história de vida do mineiro inspirou o filme “O Contador de Histórias”, dirigido por Luiz Villaça. O diretor cinematográfico descobriu a história de Roberto Carlos Ramos ao ler para o filho um livro infantil. Impressionado pela vida que Roberto levara, resolveu transformar a história em um filme, que produziu juntamente com Denise Fraga e estreou no Brasil, em agosto de 2009.

A contação de histórias realizada por Roberto Carlos acontece em uma sessão fechada para escolas da rede pública de ensino, no dia 11 de setembro, a partir das 14h30, no Teatro da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade.


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