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sábado, 5 de julho de 2014

Chiquinho Alfaiate: 'Ele tinha uma biblioteca na cabeça'

Chiquinho Alfaiate "Im Memoriam" (Foto/GLOBOESPORTE.COM)
Foi enterrado ontem, aos 99 anos, Francisco de Almeida “Chiquinho Alfaiate”. Ele morreu por complicações de uma pneumonia que adquiriu no final do mês passado. O enterro aconteceu no Cemitério da Paz.
 
Conhecido por seus amigos como contador de histórias, Chiquinho Alfaiate deixou sua contribuição na história do município. Foi membro fundador do Clube Atlético Itabirano (CAI) e jogador do Valério, participando do primeiro jogo do time, quando perdeu para o América, por 6 a 2.
 
“Eu sou itabirano. Nossas conversas, sempre bem longas, quase sempre, eram sobre Itabira. Falávamos sobre nossos desejos e sobre o que queríamos para a cidade principalmente. É uma grande perda para nós porque era uma pessoa de grande conhecimento e um crítico ferrenho de tudo o que viesse contra os itabiranos”, disse Vanderlei Moura Cunha, vice-presidente do CAI.
 
Segundo ele, o conhecimento de Chiquinho Alfaiate sobre a história da cidade é a maior perda. “Ele era um homem íntegro e crítico. E tinha uma biblioteca na cabeça. Por ter feito parte da história da cidade, ele conhecia, como ninguém, os fatos que ajudaram a criar Itabira. É uma pena que ele tenha partido”, acrescentou o amigo.
 
A neta de Chiquinho Alfaiate, Cíntia Regina de Oliveira Almeida, lembrou da ligação dele com a família. “Ele foi um pai para nós. Eu e minhas duas irmãs fomos criadas praticamente sem a presença do pai e foi ele quem fez esse papel. Sou muito grata a ele por tudo o que fez por nós e por estar sempre presente quando precisamos”, disse a neta.
 
Muito emocionada, ela lembrou que o avô era muito procurado na cidade. “Na verdade, sempre vinham pessoas que nós não tínhamos ideia de quem eram. Sempre gente querendo conversar com ele e ele tinha o maior prazer de receber todos. Era amigo de tanta gente que eu não tenho ideia”, afirmou Cíntia Regina.
 
“É uma pena que ele não teve um pouco mais de tempo. Ano que vem foi declarado o ano dele. E eu fiquei imaginando aquela cerimônia toda, com ele sendo o destaque da festa. Uma pena que ele não pode receber isso em vida”, lamentou a neta.
 
Último desejo - No final do ano passado, Chiquinho Alfaiate concedeu entrevista ao Diário, quando manifestou o que poderia ser considerado seu último desejo para a cidade, a implantação de um curso de medicina. “Eu sou muito guloso com Itabira. Com uma escola de medicina em Itabira eu posso morrer em paz. Agora estou feliz com a Unifei e ficaria mais ainda com a medicina. É motivo para o jornal apurar...”, disse ele ao Diário.
 
 
Fonte: Jornal Diário de Itabira

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