Banner 728x90

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Damon dá início à corrida em busca da reeleição

O prefeito de Itabira, Damon Lázaro de Sena (PV), vem desde o início de seu Governo mantendo na Prefeitura compadres, amigos e apadrinhados políticos, sem se preocupar com a governabilidade. Depois de anunciar no último dia 12 que era candidato a reeleição, durante uma cerimônia de assinatura da ordem de serviço para a elaboração dos projetos básico e executivo para captação de água no rio Tanque, Damon decidiu aceitar mais um pedido de exoneração de um de seus maiores correligionários políticos, Edilson Lopes de Magalhães (PCdoB), que ocupava o cargo de Secretário de Governo. As últimas atitudes de Damon refletem a fragilidade de um Governo desorientado que quer a qualquer preço manter-se no Poder.

Mudança no Governo: sai Edílson Lopes, volta Ermiton Gomes (Foto/Divulgação)
Como foi anunciada pelo prefeito, a saída de Edilson Lopes foi a pedido do próprio secretário que alegou questões pessoais. Edilson ocupou a pasta depois desta ter sido (mal) comandada por Jadir Eustáquio do Espírito Santo “Jadirão” (PV), compadre e escudeiro fiel de Damon. O período de Edilson Lopes à frente da Secretaria de Governo não pode ser considerado vitorioso. Edilson não conseguiu pacificar os ânimos dentro da própria equipe de Governo que se engalfinha publicamente e muitos secretários, embora ocupando cargos de confiança, trabalham em conflitos uns com os outros e cada um torcendo pelo “quanto pior, melhor”, desde que não seja em sua própria pasta. Mesmo reconhecendo que Edilson não teve uma boa estadia à frente da pasta, e com a sua insensibilidade política conseguiu aumentar a oposição na Câmara, como foi anunciado há poucos dias a saída de Paulo Soares (PSB) da liderança do Governo, a passagem de Edilson não pode ser considerada em tudo desastrosa, tanto que O Folha de Minas nunca questionou em nenhum momento as falhas do Governo responsabilizando o secretário Edilson Lopes. Isto porque ninguém pode ser responsabilizado pelas ações de seus antecessores e o Secretário de Governo que antecedeu Edilson Lopes, Jadirão, é seguramente um dos mais incompetentes que Damon poderia ter escolhido para compor o Governo, podendo ser superado agora pelo sucessor de Edilson Lopes que, de acordo com informações, será o ex-Auditor da Prefeitura, Ermiton Machado Gomes “Marmita”, que foi também advogado da campanha de Dr. Damon nas eleições.

Gomes ocupou a Auditoria Interna e Controladoria por sete meses e saiu também por vontade própria, de acordo com o que foi dito por Damon. A justificativa na época foi de que para ele era prejuízo deixar suas atividades como advogado para trabalhar como assalariado na Prefeitura. Depois de deixar a pasta, Gomes fechou um contrato de seu escritório com o SAAE no valor de R$ 46.320,00 reais. Agora, retorna à Prefeitura como Secretário de Governo. O curioso é que o salário de Secretário de Governo é o mesmo do Auditor, que foi recusado por Gomes tempos atrás.  Na verdade, a volta de Gomes como Secretário de Governo irá apenas oficializar o que na prática ele já exercia. Há informações de que Gomes, embora desligado formalmente da Prefeitura, dava ordens dentro do Executivo de igual para igual com Dr. Damon, o acompanhava nas viagens oficiais e tomava as decisões mais importantes do Governo. Agora, como Secretário de Governo, Gomes poderá ser convocado pelos vereadores para ir à Câmara dar explicação à sociedade sobre quem bancava suas despesas nas viagens que acompanhava Dr. Damon e qual foi o procedimento para a contratação de seu escritório para prestar serviços ao SAAE.
 
Damon espera com a nomeação de Gomes “colocar respeito” na Câmara Municipal. Nos últimos dias alguns vereadores teceram críticas à administração, o que Damon interpreta como “rebeldia”. De acordo com informações, Damon quer com essa nomeação retomar o comando da Câmara e colocar “ordem na casa”. Gomes é tido pelo prefeito como um homem enérgico, de punho forte, linha dura e acredita que os vereadores irão rever suas posições adotadas nos últimos dias.
 
Na penúltima reunião, um dos principais oposicionistas de Damon na Câmara, vereador Bernardo Mucida (PSB), questionou na tribuna o poder que Gomes exercia no Governo sem ocupar nenhum cargo e pediu explicações. A resposta de Damon foi imediata. Há informações de que ele, logo após a reunião na Câmara onde Bernardo questionou a influência de Gomes, convocou uma reunião com seus auxiliares e decidiu nomear Gomes para o cargo, o que segundo eles iria “calar a boca” de Mucida, uma reação  vista como repreensão aos questionamentos do oposicionista.
 
 
Fonte: Site "Folha de Minas"

Nenhum comentário: