Classe tenta reforma da Lei Drummond, a regulamentação do Fundo
Municipal de Cultura e a criação da Secretaria Municipal de Cultura
Renato Carvalho
Na noite desta quarta-feira, 19 de fevereiro,
lideranças de diversos grupos artísticos de Itabira se reuniram no bairro Major
Lage para debater os problemas culturais existentes na cidade. Os artistas
querem maior comprometimento dos órgãos responsáveis no trato com a cultura. No
debate foram apresentadas soluções para melhorar o desenvolvimento cultural da
cidade, atrelando-o a um crescimento educacional.
Dentre várias reivindicações se destacam a
reforma da Lei Drummond, a regulamentação do Fundo Municipal de Cultura e a
criação da Secretaria Municipal de Cultura. De acordo com os grupos, esses são
os primeiros passos para que a cultura em Itabira possa caminhar com mais
facilidade e apoio. “Todos esses pontos citados precisam ser feitos em conjunto
para que haja um incentivo maior à cultura em Itabira. É preciso apoio aos
artistas itabiranos e facilidade de acesso da população às mais variadas formas
de cultura”, destacou um dos líderes.
Outro ponto defendido pelo grupo é o fato da
cultura ser preventiva. Para a classe, o descaso com a cultura afeta diretamente
no aumento de problemas sociais. “A cultura não é apenas uma forma de
entretenimento, é educação. Através dela podemos dar oportunidade a jovens
carentes de ter uma opção de um futuro positivo, longe da criminalidade”,
enfatizou outro participante.
A classe artística itabirana tenta, há anos,
mudar o panorama cultural da cidade. Já houve reuniões com líderes políticos,
mas, de acordo com eles, a situação continua a mesma.
Fique por dentro
A Lei Drummond foi criada em abril de 2000.
Funciona como um instrumento de incentivo fiscal para empresas e pessoas físicas
ou jurídicas do município, que se interessem em investir ou transferir recursos
para a realização de projetos culturais. De acordo com o grupo reivindicante, o
total de recursos que se pode obter é em torno de 10 mil reais, valor
considerado baixa para qualquer produção cultural.
O Fundo Municipal de Cultura funciona,
basicamente, como a Lei Drummond. É um instrumento público de fomento aos
empreendedores culturais que se utiliza de um fundo financeiro especialmente
formado para financiar as produções artísticas e culturais da cidade, servindo,
fundamentalmente, para incentivar a produção de arte e cultura. A classe
artística aponta que o Fundo, em Itabira, não é usado e precisa ser
regulamentado.
Os artistas
itabiranos defendem a criação da Secretaria Municipal de Cultura, centralizando
na Fundação Cultural os assuntos referentes a Carlos Drummond de Andrade, como a
Casa de Drummond, o Memorial e outros equipamentos. Para o grupo, Drummond é um
assunto mal explorado na cidade e que precisa de uma atenção especial.
Fonte: Site DeFato "On Line" - 22/02/2014
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