Marta Mousinho falou das grandes expectativas da grade da programação virtual d 19º Semana Drummmondiana (Foto/Rodrigo Ferreira) |
Itabira/Mg – Para a Superintendente da
Fundação Cultural Carlos Drummond de
Andrade (FCCDA) Marta Mousinho Gomes Barbosa, é um maior desafio muito
histórico em plena pandemia do Covid-19 para manter todas as continuidades na
grade da programação dos eventos virtuais da “19ª Semana Drummondiana” que
aconteceu ininterruptamente de 28 a 31 de outubro com o tema “A Palavra Minas”,
do qual a edição deixou de ser evento presencial devido a pandemia do Covid-19,
evitando todas as aglomerações nos espaços públicos devido ao “novo normal” em
que a população itabirana está vivenciando historicamente na terra de “Drummond”
desde março, após a pandemia do Covid-19 que se alastrou e viralizou no Brasil
e no mundo.
Carlos Drummond de Andrade é a atração principal deste evento (Foto/Acom Fccda/Divulgação) |
“Na verdade é um grande desafio para a gente,
é uma data muito importante a comemoração do [119º] aniversário [do nascimento]
de ‘Drummond’. Tanto é que esse ano é a edição da ‘19ª Semana Drummondiana’, e
desde 2002 é que se faz a ‘Semana Drummondiana’ ininterruptamente. Não houve
interrupção nessas comemorações, e estamos sendo desafiados mais uma vez para
essa semana sempre no formato ‘on-line’. Não vai haver nada que aglomere as
pessoas nas ruas e nos palcos. Melhor dizendo que os palcos [do teatro da
fundação cultural] foi usado assim para uma performance e para um cantor.
Então, a gente tem todo o cuidado de não deixar nem seis pessoas se reunirem
enquanto nós estávamos preparando a ‘19ª Semana Drummondiana’”, contou.
Pela primeira vez na terra do poeta Carlos
Drummond de Andrade “O Poeta Maior” que se completou 119 anos de vida neste
sábado (31), sendo que a edição deste evento comemorativo ao “Poeta Maior” é
realizado desde primeiro mandato (2001/2004) do atual prefeito Ronaldo Lage
Magalhães (PTB), após o sancionar a “lei
federal nº 10.401 que institui o ano 2002
como ‘Ano Nacional Carlos Drummond de Andrade’” ainda presencial, antes do
surgimento da pandemia que se alastrou nos solos itabiranos desde março deste
ano, impossibilitando de realizar diversos eventos presenciais na cidade.
O “Centenário de Drummond” foi decretado e sancionado no dia 27
de fevereiro de 2002 durante o governo do ex-presidente da república
(1995-1998/1999-2002) Fernando Henrique Cardoso “FHC” (PSDB) em pleno segundo
ano de governo Ronaldo Magalhães em 2002, do qual o ex-prefeito (1993/1996) e ex-deputado
federal (1999/2002) Olímpio Pires Guerra “Lí” “In Memoriam” (PDT) foi o autor
deste projeto que instituiu o “Centenário de Drummond” com a inclusão do
projeto “Drummonzinhos” que também foi instituído no mesmo ano, sendo que foi
um ato histórico e simbólico durante o segundo ano de governo Ronaldo Magalhães
que aconteceu em 2002, ainda em seu primeiro mandato de prefeito.
Que foi um grande marco histórico na terra natal de Drummond
“O Poeta Maior” da cidade. Onde ele nasceu e mudou-se para o Rio de Janeiro-Rj,
e permaneceu na capital carioca até a morte, em 1987, que já se completa há 33
anos que o ‘Drummond’ já faleceu. “Um marco que Itabira [-Mg] deve, e assim
grifar com letras garrafais: ‘O fato do poeta tem nascido em Itabira’. A gente
tem que se orgulhar, a gente tem que levar o nome desse fabuloso poeta contista
e escritor, e a cidade tem que respirar ‘Drummond’. Só que isso não pode
acontecer você forçando as pessoas, isso tem que ser feito de que forma? Junto
as crianças, junto ao meio acadêmico, fazendo visitas, chamando as pessoas para
as exposições que a fundação [cultural] faz. Estamos tendo atualmente desde o
ano passado uma exposição na ‘Casa de Drummond’ sobre a filha única que ele
teve que é a Maria Julieta. Infelizmente, o espaço ainda continua fechado por questões
da calamidade [pública estadual] que o ‘Covid-19’ trouxe. Mas, a exposição
continua montada e já estamos em fase de um projeto já avançado até para
fazermos uma exposição agora em caráter duradouro sobre ‘Drummond’. Com essa exposição
que vai ficar por mais tempo, e também uma exposição sobre ‘Drummond’ no
Memorial [Carlos Drummond de Andrade – MCDA]. Então, são os dois presentes que
a comunidade vai ganhar, é a nossa função de mostrar para as pessoas de Itabira”,
anunciou.
Quatorze anos após ser decretado oficialmente como o
ano comemorativo do “Centenário de Drummond” naquele ano. Em 2014, o atual senador
Álvaro Fernandes Dias (Podemos – PR) foi o autor do projeto de “lei
federal nº 13.131 que institui o Dia Nacional da Poesia a ser celebrada,
anualmente, no dia 31 de outubro, em homenagem à data de nascimento de Carlos
Drummond de Andrade”, que foi decretado e sancionado pela ex - presidente da
república (2011-2014/2015-2016) Dilma Vana Roussef (PT), do qual garantiram o total
reconhecimento destas duas datas tão importantes e comemorativas da cidade no complemento
da contrapartida do projeto comemorativo do “Centenário de Drummond”, do
saudoso “Lí” Guerra. Que tiveram a maior iniciativa de homenagear o ilustre
poeta itabirano que decretou o feriado nacional que simboliza a data
comemorativa com a inclusão do “Dia Nacional da Poesia”, sendo que Itabira
ganhou mais um reconhecimento nacional que se já completa há 6 anos que foi
decretado o “Dia Nacional da Poesia” neste ano.
Em contrapartida com o projeto de “Lei estadual
nº14493/2002, que institui o ‘Dia Estadual da Poesia’”, do qual o projeto de
lei foi de autoria do ex-deputado estadual (1999-2003/2003-2007/2011-2014/2015-2018)
e atual deputado federal Rogério Correia (PT), sendo que o “Dia Estadual da Poesia” foi sancionado
e decretado durante o governo do ex-governador de Minas Gerais (1999/2002) Itamar
Augusto Cautiero Franco “In Memoriam” (PPS) no dia 31 de outubro de 2002 que se
completou há 18 anos nesta semana em homenagem ao “Drummond”, 12 anos antes de
ser decretado o “Dia Nacional da Poesia”, sendo que Itabira é consagrada como a
capital estadual e nacional da poesia que são duas datas comemorativas que se
comtemplam no mesmo dia. “Na verdade em toda Minas Gerais e do Brasil, o quê que essa
cidade faz para levar o nome de ‘Drummond’ para ser estudado para a poesia dele
a ser conhecida por mais e mais pessoas. Eu não sou de Itabira, sou cidadã
honorária itabirana e quando eu me mudei pra cá no fim do século passado, e
você nem tinha nascido ainda. Eu notei que as pessoas tinham uma certa
resistência ao poeta [‘Drummond’], hoje, com muita alegria eu noto que as
escolas [das redes de ensino estadual e municipal] trabalham ‘Drummond’. Então,
eu já fiz isso nas ruas e em qualquer lugar que eu vou. Qualquer criança
itabirana ou que estude em escolas de Itabira, elas sabem recitar de um a dois
poemas no mínimo de ‘Drummond’”, confessou.
Durante a entrevista
para A Voz de Itabira, Marta Mousinho ainda relembrou o poema
“A Máquina do Mundo” do poema de “Drummond” que acabou se tornando livro
intitulado “Drummond e a Máquina do Mundo” que foi lançado pelo músico, cantor, compositor, professor de literatura da
Universidade de São Paulo (USP) e escritor José Miguel Wisnik na noite de
segunda feira (29/10), no teatro da fundação cultural durante a grade da programação
da edição da “17ª Semana Drummondiana” e do “2º Festival Drummond (Festival da
Literatura)” de 2018, três meses antes acontecer a maior tragédia
histórica e catastrófica do rompimento da barragem de Brumadinho que se
completará há 2 anos no dia 25 de janeiro de 2021 que resultou 395 localizados,
11 desaparecidos e 259 óbitos.
Onde o Wisnik conta o relacionamento de “Drummond” com a
mineradora, antes de Itabira ser consagrada como a capital nacional da poesia
em 2014, que já se completa há seis anos. De forma muito contraditória em que
Itabira sobrevive constantemente o antes e o depois, sendo que o “Drummond” defendeu
somente o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Extração do Ferro e
Metais Básicos de Itabira e Região “Sindicato Metabase” (Metabase) e o
Valériodoce Esporte Clube (VEC) em sua poesia, de menos a Vale (S/A). “Vocês
sabem que o poema de ‘A máquina do mundo’, de ‘Drummond’ foi considerado no
‘Século XX’, o melhor poema escrito em língua portuguesa. Isso, não é pouco”,
resumiu.
Marta Mousinho ainda relembrou sobre o museu territorial “Caminhos Drummondianos” com contem 44 poemas de ‘Drummond’ que estão gravados em placas de bronze e espalhados por todo o canto das áreas centrais do município por onde o “Drummond” percorreu ainda vivo, antes de sua morte na capital carioca. Que foi instalado em espaços públicos durante o governo do ex-prefeito (1997/2000) Jackson Alberto de Pinho Tavares (PT), do qual o ‘Drummond’ passou por todos os lugares como becos, vielas, ruas, praças, avenidas com destino ao “Paredão” até a antiga residência do Santeiro Alfredo Duval “In Memoriam”, “Escola Estadual Coronel José Batista (EECJB)”, “Pico do Amor”, “Fazenda do Pontal”, “Praça do Areão”, “Poço da Água Santa”. Já a “Casa de Drummond”, onde o “Drummond” morou, e se divide em três poderes: “Catedral Nossa Senhora do Rosário (CNSR)”, “Prefeitura/Câmara (hoje extintos)” e o “Pico do Cauê” que é o poder econômico do município, antes e pós-privatização da mineradora. Em comparação com o palácio do planalto que é o mais conhecido como o “Palácio dos 3 Poderes”, em Brasília-Df.
De forma bem modificada como a cidade anda diante de seu crescimento nas zonas rurais, Marta Mousinho ainda adiantou que existem pousadas nos distritos de Ipoema e Senhora do Carmo que estão com os poemas e versos estampados em todas as dependências destes estabelecimentos de hospedagens. Para fazer o turismo rural nestas localidades e levar a imagem e memória de Itabira através de “Drummond” que é a bandeira principal de origem de sua terra natal onde ele nasceu, e com a inclusão dos cardápios em bares e restaurantes utilizando o nome do “Poeta Maior” quando se trata da questão da diversificação econômica no município. “Isso que vai fazer a economia criativa, e traz as pessoas e desenvolve a cultura local. E trazendo as pessoas desenvolvendo a cultura local você também está fazendo um agito em restaurantes, bares, pousadas e no meio dos taxistas”, concluiu.
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