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sexta-feira, 17 de novembro de 2023

Missa do “Dia das Crianças” – “Infelizmente a escravidão tem até hoje”, desabafou o dom Marco Aurélio

 

Durante a missa em pleno o feriado do  “Dia das Crianças” na Catedral Diocesana, o bispo diocesano dom Marco Aurélio Gubiotti falou sobre a escravidão que existe atualmente mesmo com o fim da abolição da escravdão que foi decretado pela Princesa Isabel em 1888 (Foto/Rodrigo Ferreira/Arquivo/Divulgação)

Itabira/Mg-Durante a missa do dia da padroeira de Nossa Senhora Aparecida em pleno feriado do dia das crianças na manhã desta quinta-feira (12). O bispo da Diocese Itabira-Coronel Fabriciano, dom Marco Aurélio Gubiotti falou sobre a importância e do significado da padroeira nesta data tão importante e comemorativa durante o feriado do dia das crianças. “Mas, o que é para nós? O que significa pra nós padroeira? Padroeira, é aquela que é convocada por Deus como nossa intercessora. Nós, sempre pelo mistério da paixão, morte e ressurreição de Jesus [Cristo] podemos e temos acesso direto a Deus. Nossos intercessores são irmãos e irmãs santos que nos auxiliam e que dão força para a nossa oração, e nos incentivam a pedirmos com confiança a misericórdia de Deus, e de uma maneira muito mais intensa. Maria mãe de Jesus nossa mãe, ela é nossa intercessor. Nós temos tantos títulos conhecidos para honrar a mãe de Deus e nós, mas um carinho todo especial pela imagenzinha de Aparecida que ela se chama aparecida por quê essa imagem apareceu lá no século XVIII aos pescadores do Rio Paraíba”, disse o bispo diocesano.

Durante a homilia, dom Marco Aurélio Falou sobre os 300 anos
de aparição da imagem de Nossa Senhora Aparecida 
(Foto/Rodrigo Ferreira/Arquivo/Divulgação)   
Na homilia, o bispo diocesano falou sobre o artista Cláudio Passe que foi chamado pela equipe responsável dos missionários e sedentoristas para projetar toda a arte interna da igreja basílica de Nossa Senhora Aparecida que ocorreu há algum tempo atrás, visando a celebração dos 300 anos da aparição da imagem em 2017. “Um momento difícil e turbulento da história do Brasil em que imperava a escravidão, infelizmente a escravidão tem até hoje. Mas, temos até hoje reincidentemente notícias de pessoas que estão trabalhando em regime, e como diz escravidão são regatadas, e precisam ser resgatadas, e essas pessoas elas são resgatadas por quê? Pra nós hoje, nosso ordenamento jurídico de escravidão é crime, naquele período era a lei, era a ordem. E é nessa realidade que surge das águas do Rio Paraíba, já um milagre por quê uma imagem ela é pesada e ela fica só no fundo”, contou o bispo diocesano.

Dom Marco Aurélio Celebra a missa matinal durante o feriado do 
“Dia das Crianças” (Foto/Rodrigo Ferreira/Arquivo/Divulgação)   
 
“Essa imagem aparece na rede dos pescadores, e aparece uma imagem negra para interceder pelo povo mais sofrido. Um modo dela aparecer demonstra a sua compaixão pelo os que sofrem, a mãe sofre a dor dos seus filhos. Maria nossa mãe, é assim também os corpos dilacerados dos irmãos escravos é retratado como o corpo dilacerado da imagem. A imagem apareceu com o corpo separado da cabeça. A imagem de Nossa Senhora Aparecida então é o retrato da mãe que sofre pelos seus filhos e os ajuda a vencer, a enfrentar, e vencer os seus sofrimentos. Então, é perfeitamente compreensível essa identidade que nós temos com aquela pequenina imagem”, recordou o bispo diocesano.

Durante a homilia, o bispo diocesano falou muito sobre o dia comemorativo de Nossa Senhora Aparecida durante missa em pleno feriado do dia das crianças. “Por quê é isso! Essa é maneira que nós honramos Nossa Senhora [Aparecida] não há males que nos acusem de idolatras, isso não colam. Não somos, Nossa Senhora [Aparecida] Não permite ser idolatrado. Nossa Senhora [Aparecida] se nós seguimos realmente seu testemunho, e ela sempre aponta pra o seu filho, e ela sempre nos conduz a Jesus [Cristo]. E nós queremos essa missa nos alimentar da palavra de Deus tão rica e tão bonita preparada para essa liturgia solene”, concluiu o bispo diocesano.


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