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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Educação - Quatro escolas são rejeitadas em Itabira, diz secretária

Segundo Luciane Ribeiro, caso o zoneamento para distribuição de vagas não seja respeitado, essas instituições correm o risco de serem extintas

Rodrigo Andrade

Luciane advertiu para o risco de quatro escolas
serem fechadas em Itabira  caso o zoneamento
seja quebrado (Foto/Rodrigo Andrade/DeFato)
A secretária municipal de Educação, Luciane Maria Ribeiro da Cruz Santos, foi pressionado por pais de alunos na tarde dessa quarta-feira, 5 de fevereiro, por causa de matrículas nas redes públicas de ensino. Ela esteve na Câmara de Vereadores, a convite da Comissão de Educação, para explicar sobre os mecanismos adotados pelo governo e defendeu o zoneamento. De acordo com ela, quatro escolas que são rejeitadas pela comunidade poderiam até ser fechadas se o modelo de distribuição for quebrado.
 
Segundo Luciane, as escolas estaduais Madre Maria de Jesus, no bairro São Pedro; Doutor José de Grisolia, no bairro Amazonas; Professora Marciana Magalhães, no Gabiroba; e Professora Maricas Magalhães, no Juca Rosa, não são bem quistas. A secretária argumentou que se o zoneamento não for respeitado, ou seja, se os pais puderem escolher onde o filho vai estudar, essas instituições não formariam turmas e teriam que deixar de funcionar.
 
O zoneamento é um método de distribuição exigido pelo Governo de Minas Gerais. Por esse mecanismo, os alunos são matriculados na escola mais próxima de sua residência, obedecendo ao número de vagas disponíveis. De acordo com Luciane, o município possui 22 mil alunos inscritos nas redes públicas municipal e estadual. “Na secretaria de Estado, Itabira era uma cidade conhecida por não cumprir o zoneamento. Quando assumimos, fizemos o compromisso de cumprir a legislação”, disse a secretária.
 
Plenarinho da Câmara ficou lotado para reunião com secretária de Educação (Foto/Rodrigo Andrade/DeFato)

Luciane afirmou que entende as reivindicações dos pais que querem escolher as escolas de seus filhos, mas argumentou que o município precisa zelar pelos milhares de alunos e não pode se render a pedidos individuais. “Os pais pensam nos filhos individualmente. O município precisa pensar em 22 mil estudantes. Temos que fazer a distribuição da forma justa”, justificou. Segundo comentou, apenas os alunos com alguma necessidade especial foram matriculados fora do zoneamento.
 
Sobre as escolas que são rejeitadas pela comunidade, a secretária pediu ajuda aos pais de alunos para melhorá-las. “Como professora, eu acredito que se a gente quer melhorar a educação, a gente deve cumprir o zoneamento. A população deve nos ajudar, nos informando os problemas das escolas para que a gente possa encontrar soluções para torná-las melhores”, defendeu.
 
 
Queixas  
Luciane ouviu queixas de pais de alunos (Foto/Rodrigo Andrade/DeFato)
 

A principal reivindicação dos pais era pela abertura de mais turmas na Escola Estadual Trajano Procópio de Alvarenga Silva Monteiro (Premen). Eles alegaram que a diretora da instituição informou que há três salas disponíveis para alunos do 6º ano, mas que a Secretaria Municipal de Educação não estava liberando matrículas.
 
Luciene disse que salas vazias não significam vagas na escola e que, antes do início do ano letivo, o Premen informou a disponibilidade de apenas uma turma para o 6º ano. Apesar disso, a secretária ficou de estudar a possibilidade de liberar novas matrículas para a escola. A resposta será dada na próxima semana. Enquanto isso, foi instruído que os alunos sigam para as escolas que foram matriculados seguindo o zoneamento.
 
 
Fonte: Site DeFato "On Line" 

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