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terça-feira, 16 de abril de 2019

120 Moradores estão revoltados com a Vale – Irresponsabilidade da mineradora omissa e assassina! “Mas, eu concordo com aquela irmã que disse que; ‘eu não acredito que informações confiáveis virão da Vale’”, defendeu o Dom Marco Aurélio


Indignação e revolta da população – Moradores são vitimas do Paebm! “Mas, essa reunião é justamente para a gente entender o quê que nós estamos precisando para ser encaminhados para os órgãos competentes”, disse o Marcelino Castro

Bispo diocesano Dom Marco Aurélio Gubiotti (Foto/Rodrigo Ferreira)

Após as iras e as indignações dos 120 moradores do “Ribeira de Cima, Campestre, Rio de Peixe, Centro Gabiroba, Santa Ruth, João XXIII, Bela Vista, Bethânia, Pará, Machado, Fênix, Abóboras, Bálsamos, Conceição (de Baixo), Praia, Belvedere e Hamilton” durante a reunião do “Comitê Popular dos Atingidos pela Mineração em Itabira e Região” na noite desta segunda-feira (01), no auditório da igreja Nossa Senhora de Conceição Aparecida, do João XXIII. O bispo da Diocese de Itabira - Coronel Fabriciano, Dom Marco Aurélio Gubiotti iniciou as discussões sobre os disparos do alarme falso das sirenes do Plano de Ação de Emergências para Barragens de Mineração (PAEBM), da Vale S/A durante a noite desta sexta-feira (23), do mês passado. Que causou muitas revoltas e indignações nos 120 moradores destes bairros que tiveram que se evacuar das Zonas de Auto Salvamento (ZAS) para atravessar as rotas de fuga com destino aos pontos de encontro que foram demarcadas pela própria mineradora e pela defesa civil do município, e sem haver nenhuma necessidade dos moradores de se deslocarem das suas casas para chegar neste enorme constrangimento sequer ao saber que nada mais do que um simples alarme falso que foi disparado erroneamente pela própria mineradora que assustou os moradores ao saírem das suas casas durante as evacuações para os pontos de encontros.


120 moradores revoltados com a inoperãcia do Paebm (Foto/Rodrigo Ferreira)
Durante a reunião do “Comitê Popular da Mineração”, o bispo diocesano Dom Marco Aurélio iniciou as discussões dizendo-se solidário com as manifestações e revoltas e as indignações destes 120 moradores que foram vítimas do alarme falso das sirenes do Paebm que foram instaladas recentemente pela Vale. Dom Marco Aurélio ainda ressaltou durante a reunião do colegiado que tem que criar diversas frentes de trabalhos como a maioria dentro dos membros do colegiado para conquistar e apurar todas as informações com relação às 15 barragens de rejeito de minério na cidade.  Para repassar todas essas informações do suposto rompimento destas barragens que mesmo que as unidades que são pertencentes à mineradora foram construídas com o material a jusante desde que a Vale se instalou na cidade em 1942. “Eu me sinto solidário com que manifestou a sua indignação aqui [no auditório da Igreja]. Mas, concordo com aquela irmã que disse que; ‘eu não acredito que informações confiáveis virão da Vale’. Nós precisamos nos unir. Nós precisamos acreditarmos mais em nós mesmos, e não ficar tomando benção dos representantes da Vale. As informações e as soluções só serão construídas se nós nos unirmos e buscarmos estas soluções. Solução está em nós, e não está em instâncias politicas e em nós. Se a Vale e se os Poderes Públicos [Municipal e Privado] fizeram alguma coisa por quê nós unirmos e conseguimos estas soluções. Precisamos acreditar mais em nós mesmos, e por isso a gente precisa se unir. Por isso que [muito] é importante essa reunião aqui e fazer as perguntas mesmo que nós não conseguimos todas as respostas. Mas, continuaremos buscando por que assim pouco a pouco nós colheremos os resultados da nossa união, e não podemos esquecer que nós não são os únicos atingidos”, disse. 

Ex-Secretário de Meio Ambiente, Nivaldo Ferreira (Foto/Acom Acita) 
Já o Morador do Santa Ruth, o professor e ex-presidente (2004/2006) da Interassociação dos amigos dos bairros de Itabira (ICRECI); e ex- Secretário Municipal de Meio Ambiente (SMMA), e também ex-presidente do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Codema) Nivaldo Ferreira dos Santos que trabalhou e exerceu diversas funções em sua pasta durante o governo do ex-prefeito (2013/2016) Damon Lázaro de Sena (PV). No encerramento da reunião do colegiado com os 120 moradores do “Ribeira de Cima, Campestre, Rio de Peixe, Centro Gabiroba, Santa Ruth, João XXIII, Bela Vista, Bethânia, Pará, Machado, Fênix, Abóboras, Bálsamos, Conceição (de Baixo), Praia, Belvedere e Hamilton”. Nivaldo Santos ainda relembrou que durante o governo do ex-prefeito (1997/2000) Jackson Alberto de Pinho Tavares (PT) foram discutidas as instalações das condicionantes que foram encaminhadas todas as solicitações destas emendas parlamentares aos deputados federais para angariar estes recursos durante o governo do ex-presidente da república (1995-1998/1999-2002) Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Sendo que quatro anos após a saída de Jackson Tavares da prefeitura durante o primeiro mandato (2001/2004) do atual prefeito Ronaldo Lage Magalhães (PTB), as emendas parlamentares das condicionantes foram deliberadas para as implantações nas construções do parque Belacamp, no Bela Vista e dentre outras áreas adjacentes da mineradora. Nivaldo Santos ainda sugeriu ao colegiado que busquem todas as informações com o Poder Publico Municipal (PPM) com relação aos relatórios das 15 barragens de rejeito de minérios que foram entregues pela Vale em 2018.

“Eu queria alertar e fazer um comentário aqui de certa forma pegando um pouquinho da fala de cada um. Eu tenho discutido sobre as questões ambientais em Itabira [-Mg] por vários caminhos, e inclusive eu já estive também na Prefeitura [Municipal de Itabira-PMI] e trabalhando nessa área [por 4 anos durante o governo Damon Sena]. Por reino de Deus o seguinte; ‘além da questão ambiental nós estamos a trabalhar no lado da questão social’. E essa questão social ela passa como foi dito aqui por várias pessoas, e tem uma questão da organização. E eu tenho pra mim o seguinte; ‘todas as articulações que estão sendo trabalhado aqui’. Ela precisa ser feita também através de pressão a Vale sim. Mas, não só a Vale, e eu acho que a estratégia tem que ser mais do que cobrar da Vale. E cobrar da Vale primeiro com certeza ela é dona das barragens, e ela [a Vale] que faz barulho nas cabeças dos outros de madrugada. Itabira infelizmente funciona mal. Mas, tem uma Defesa Civil [do município]. Que dia que a defesa civil participou da reunião do Comitê [Popular dos Atingidos pela Mineração em Itabira e Região]? Olha bem, Defesa Civil e Poder Público [Municipal – PPM], e alguém ali falou bastante do prefeito [Ronaldo Lage Magalhães-PTB] aqui, e eu não vou falar do prefeito [Ronaldo Magalhães] não. Mas, e os secretários municipais das áreas relacionadas a isso? Pra vocês terem ideia a Defesa Civil ela era até o inicio desse ano, e ela era parte da Secretaria [Municipal] de Desenvolvimento Urbano [SMDU]. A Secretaria de Desenvolvimento Urbano deu que informação para a popularidade?”, questionou.

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