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terça-feira, 9 de abril de 2019

Evitando o “Mar de Lamas” após o rompimento em Brumadinho - Protestos, revoltas e xingamentos contra a Vale! Moradores querem que a mineradora esvazie todo o rejeito de minério das barragens

Ao serem incomodados com o alarme falso do PAEBM – Dinheiro não aceita desaforo! Moradores vão processar a Vale por danos morais

Moradores em massa compareceream a reunião transtornados com  o alrme falso da mineradora (Foto/Rodrigo Ferreira) 

Durante a reunião do “Comitê Popular dos Atingidos Pela Mineração” desta segunda-feira (01) no auditório da igreja Nossa Senhora de Conceição Aparecida, do João XXIII, onde os moradores fizeram de uma reunião de um verdadeiro debate contra a Vale S/A de forma muito produtiva mesmo com muitas revoltas e insultos contra a mineradora, após o acionamento errôneo das sirenes do Plano de Ação de Emergências para Barragens de Mineração (PAEBM) que obrigaram os moradores que moram próximos das 32 barragens de água e de rejeito de minério ao saírem das suas casas pelas Zonas de Auto Salvamento (ZAS) para os pontos de encontros que foram demarcados pela própria mineradora. Sendo que a reunião do “Comitê Popular da Mineração” foi alvo de muitos protestos e xingamentos, e muitas revoltas por parte dos moradores dos bairros próximos e adjacentes do João XXIII. Onde todos os moradores compareceram em massa para poder reclamar e se protestar contra a mineradora sobre a falta de respeito com os moradores que tiveram que se evacuar das suas cassas e residências com o destino aos pontos de encontro, e sem ter nenhuma precisão sequer no momento.

Moradores protestaram e xingaram a mineradora (Foto/Rodrigo Ferreira) 
Ainda os moradores que se manifestaram durante a abertura do “seu nome e seu bairro” durante a reunião também foram aplaudidos pelos companheiros e pelos líderes comunitários com salvas de palmas ao demonstrar toda a sua revolta e a sua indignação ao descarregar toda a sua ira contra a mineradora que causou este enorme desrespeito gravíssimo com os moradores. Sendo do que a Vale cometeu erroneamente ao acionar as sirenes do Paebm que colocou todos os moradores em momentos de “pânico e desespero” por terem deixado todas as suas casas e residências, de forma muito constrangedora. Ainda os moradores do “Ribeira de Cima, Campestre, Rio de Peixe, Centro Gabiroba, Santa Ruth, João XXIII, Bela Vista, Bethânia, Pará, Machado, Fênix, Abóboras, Bálsamos, Conceição (de Baixo), Praia, Belvedere e Hamilton” ficaram totalmente transtornados e revoltados com esta situação em que a Vale cometeu erroneamente com os disparos das sirenes, de forma muito gravíssima, com os moradores que estavam cansados das suas rotinas em plena jornada de trabalho. O morador da Ribeira de Cima da Ribeira de Cima, “Eu ouvi dizer também que as sirenes depois que a sirene tocou. Muita gente já processou a Vale pelo susto que tomou, e as sirenes estão todas desligadas. Se as barragens estourar lá; ‘vai morrer todo mundo sem as sirenes serem acionadas’. Por que eu ouvi falar que as sirenes estão todas desligadas por causa das pessoas que ficaram muito assustadas e processaram a Vale”, disparou.

A moradora da Ribeira de Cima, “Eu gostaria de saber o porquê no dia em que a defesa civil [do município] passou no nosso bairro. Ela a simplesmente me alegou que a Ribeira de Cima faz parte do Belvedere. Mas não faz, Belvedere e um e Ribeira de Cima é outro. E a Ribeira de Cima não consta no mapa da barragem. Como que não consta sendo que a Ribeira de Cima está debaixo da barragem? Qual a providência que vocês vão tomar com a gente? Idoso saiu de casa, gente acamada saíram de casa, crianças estão todos colocando como vitimas todas dobradas. Qual que a solução que vocês tem para nós? Nós estamos correndo o risco, a prioridade é o quê? O que vocês devem fazer pra gente? Vocês devem é indenizar, e não é esperar acontecer para acreditar que o resto das pessoas vai ser assaltada não. Acorda!”, alertou. Mais uma moradora do Ribeira de Cima que é professora da rede de ensino municipal, “Estou em busca também de informações. Como a gente somos formadoras [es] de opinião. Não só os vizinhos. Mas, os próprios alunos com crianças pequenas nas escolas, todos os dias eles tocam esse assunto comigo. Então, e esse objetivo eu tenho que confortar. É claro que é assim; ‘eu falo algumas coisas com ele [com os meus alunos] eu não posso falar muita coisa’. Por que eu não tenho muitas informações mesmo.  Eu espero que [a população] não sejam indenizados não. Eu espero que sejam tomadas [todas] as providencias mesmo pra que mesmo nem precisa de indenizar ninguém. Pra que não hajam mortes e mais desabamentos. Mais essa questão dessa tortura em que  a gente está vivendo [realmente] mesmo. Eu estou aqui é para buscar as soluções de problemas”, preocupou.

Ainda a moradora da Ribeira de Cima, “Eu já não quero [mais] a resposta da Vale [S/A] não. Por quê a voz da Vale, ela pra mim não vale nada mais. Por quê ela tem dinheiro para comprar papel e para comprar [todas] as dignidades das pessoas, eu quero é ação. Eu quero que ela faça alguma coisa ou esvazie as barragens e indenize. Faça alguma coisa para que a gente possa ter tranquilidade e paz em vida. Por quê eu tenho meu filho com deficiente [físico] lá [em casa], e ele está apavorado com a Vale. Por que ele não vai aguentar correr na hora em que a sirene vai tocar”, desabafou. Outra moradora da Ribeira de Cima, “Eu espero solução também por quê reunião não adianta é nada, e a gente está apavorada. E a gente não está dormindo, e o meu filho de sete anos fica me perguntando; ‘ô mãe será que dia que a barragem vai estourar?’ Então, a gente não tem nem resposta, e a Vale só engana. Só acredita por quem é bobo por que a Vale não vale nada”, lamentou.

Sendo que a população ainda estão totalmente desesperadas e inseguras com as sirenes do Paebm que foram instaladas pela mineradora nestes bairros mais próximos das barragens de contenção do rejeito de minério. Ainda os moradores querem ser indenizados pela mineradora por danos morais ainda com vida e não após a morte, e sendo que os professores e alunos das redes estadual e municipal de ensino também estão bastantemente preocupados e desconfortados que estão deixando todos com trauma, de forma muito desconcentrada com esta situação, devido ao suposto rompimento das barragens da mineradora, caso, as barragens da Vale romper em última hora, após os moradores terem sido vítimas deste falso alarme cometido irregularmente pela própria mineradora. Sendo que a Vale e a defesa civil do município colocaram as placas de rotas fuga da maneira incorreta e em lugares inadequados que estão colocando em risco a população em risco, de forma muito incessível aos pontos de encontros que estão demarcados pela mineradora. 

Caso, houver o suposto rompimento destas barragens que afetarão estes bairros que vão resultar vitimas fatais com mortes diante desta catástrofe como aconteceu em Mariana-Mg (em 2015 com 19 mortes), e em Brumadinho-Mg com 395 corpos localizados que resultou 224 mortes até o momento. Para a moradora do Major Lage e membro do Observatório Social do Brasil de Itabira (OSBI) e do Comitê Popular da Mineração, Lia Andrade. “Eu estou acompanhando o Comitê [Popular dos Atingidos Pela Mineração] desde o primeiro dia. Hoje, o sentimento que eu trago que Bento Rodrigues [em Mariana-Mg] e nem Brumadinho [-Mg, na barragem Córrego do Feijão] não teve a oportunidade de discutir isso antes do acontecido, e nós estamos tendo a oportunidade de discutir e de tirar encaminhamentos que antes isso aconteça. Que é uma oportunidade para todos nós”, concluiu.  

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