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quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

“Acordo Coletivo 2019-2020” em crise - Com a “tragédia catastrófica de ‘Mariana 19 x 259 Brumadinho’” e no “beco sem saída”! Vale quer jogar toda a culpa e a irresponsabilidade em cima dos trabalhadores

André Viana e Carlos Estevam "Cacá" falam sobre o novo modelo do acordo coletivo apresentado aos empregados da Vale (Foto/Acom Metabase) 

A Vale (S/A) ainda cortou lanche, plano de saúde (odôntia e implante) dos seus empregados da mineradora. Para poder arcar com todas as indenizações extrajudiciais com os familiares da vitimas da tragédia de Brumadinho-Mg que morreram soterrados dentro do “Mar de Lamas” durante o rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão que resultou; 395 localizados, 11 desaparecidos, 259 mortes; e também com os simulados de evacuação em Itabira-Mg e região. Principalmente, o simulado de rompimento de barragem que aconteceu em Itabira, durante o 32º aniversário da morte do poeta Carlos Drummond de Andrade, em plena manhã comreuniões preparatórias durante a tarde de sábado (17/08), do ano passado.

André Viana falam dos lucros bilionários que a Vale produziu antes
 e depois da tragédia de Brumadinho (Foto/Acom Metabase)
Que foi uma grande e verdadeira a maior contradição histórica que foi anunciada pelo músico, cantor, compositor, professor de literatura da Universidade de São Paulo (USP), escritor José Miguel Wisnik durante o lançamento do livro “Drummond e a máquina do mundo” que aconteceu na noite de segunda feira (29/10), no teatro da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCDDA) durante a programação da “17º Semana Drummondiana” e “2º Festival Drummond (Festival da Literatura)” de 2018, três meses antes acontecer a maior tragédia histórica e catastrófica do rompimento da barragem de Brumadinho que se completará 1 ano no próximo sábado (25). Onde o Wisnik conta o relacionamento de “Drummond” com a mineradora, antes de Itabira ser consagrada a capital nacional da poesia em 2014, que já se completa há quatro anos. Sendo que o “Drummond” somente defendeu o Sindicato Metabase e o Valériodoce Esporte Clube (VEC) em sua poesia, de menos a Vale.    

Trabalhadores aprovaram o novo modelo
do Acordo Coletivo 2019-2020 (Foto/Acom Metabase)
Durante a assembleia do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT-2019/2020) na manhã desta quarta-feira (27/11), do ano passado. Cerca de 1.136 trabalhadores da Vale S/A compareceram novamente em massa para mais uma rodada de negociação do “Act - 2019/2020”. Que aconteceu na sede da Associação dos Técnicos Industriais da Vale (ATIVA), onde o presidente Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Extração do Ferro e Metais Básicos de Itabira e Região (Metabase), vereador André Viana Madeira (Podemos) apresentou o novo modelo do “Act – 2019/2020” com reajuste de “3,5%” no piso salarial que resultou na diferença de “0,01%” no percentual de “3,4%” no reajuste do salário mínimo de “1.045,00”, sendo que o “Act - 2019/2020” foi aprovado pelos trabalhadores da mineradora por 817 (71%) votos contra os 319 (27%) votos contrários que resultou 14 (2%) abstenções que aconteceram em duas assembleias que teve o seu encerramento durante a noite desta quarta-feira as 19:30 horas. Além do reajuste salarial, a Vale ainda propôs o aumento do cartão alimentação para “R$ 760,00” e o pagamento do 13º crédito no cartão em contrapartida do 13º salário. Que foram totalmente incluídos dentro do limite do cartão alimentação.   

Com o prazo que foi estipulado para 10 dias uteis após a assinatura do “Act – 2019/2020”, e com a inclusão da manutenção do reajuste e dos benefícios, e também o reajuste das referencias financeiras em “100%” da variação do Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC). De acordo com o vice-presidente do Metabase, Carlos Estevam José “Cacá”, ele ainda falou sobre a situação da conjuntura nacional e mundial diante das dificuldades situacionais e financeiras em que os trabalhadores enfrentam com este novo reajuste de “3,5 %” que foi imposto pela própria mineradora com diferença “0,01 %” dos “3,4%” do novo reajuste do salário mínimo (citado acima). Que já se encontra sancionado pelo presidente da república Jair Messias Bolsonaro (Aliança Pelo Brasil) diante da crise econômica mundial e do desemprego que resultou “13 Milhões” de trabalhadores que estão desempregados no momento. “E o que acontece conosco, é que nós temos hoje um exemplo; ‘o salário mínimo [de ‘R$ 1.039,00’] vai ter um aumento de 3,4%’. A Vale [S/A] está propondo um aumento de ‘3,5%’, isso muito aquém do que ela pode dar (...) Mas, não! É colocado para o trabalhador uma condição miserável para que ele se submeta as contagens do capital nesse momento aqui [na assembleia]”, exemplificou o sindicalista.

André Viana descarrega as urnas para fazer todas as apurações
das cédulas  (Foto/Acom Metabase)
Mesmo com a baixa proposta de “3,5%” que foi oferecida pela própria mineradora, de forma muito lamentável para os empregados da Vale. A empresa nunca deixou de ter alta produção do minério durante a atividade minerária diante da tragédia catastrófica da barragem de brumadinho que resultaram 259 mortes fatais com os empregados da mineradora e contratadas da Vale dentre familiares, amigos, parentes e entes queridos, de forma muito lamentável nos momentos de angustia e de tristeza. De acordo com o André Viana, ele ainda afirmou para os trabalhadores que; desde 2012 a 2018, a mineradora teve um crescimento econômico de “R$ 81,1 Bilhões” (27,6 %) por parte dos “83 Mil” empregados da mineradora, e com o crescimento superior de lucro líquido de “42 Bilhões” (37%), em 2013, de forma muito exorbitante.

“Eu gostaria de mostrar alguns dados por quê o [Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Extração do Ferro e Metais Básicos de Itabira e Região -] Metabase fez aqui [em Itabira-Mg]. O estudo econômico encomendou com o dinheiro que você trabalhador contribui. Nós encomendamos uma equipe de economistas. Qual que é a real situação da Vale [S/A] hoje? Vamos ver os dados interessantes por que é uma análise econômica da Vale baseada no Diário Oficial [da União – DOU]. Então, nós veremos esses próprios dados oficiais desde a economia desde os dados [oficiais] da Vale, é muito importante você prestar atenção nesse momento. Para você não engolir mentiras que são induzidas a varias palavras. A Vale tem superado os patamares históricos na arrecadação”, adiantou o André Viana. 

Trabalhadores comparecem em massa na assembleia e aprovaram
o novo Acordo Coletivo (Foto/Rodrigo Ferreira)
Ainda com relação ao ano de 2013 para 2018 houve um maior recorde de produção de “384 Bilhões” de toneladas de minérios já produzidos em metros cúbicos, de forma muito significante na história da mineradora dentro desta contrapartida. Ainda com o crescimento do lucro bruto em “151%”, em 2017; em contrapartida com o crescimento do lucro líquido de “R$ 25 Bilhões” (45,6%) anuais por parte dos 70.027 empregados da mineradora (com “20 Mil” demissões durante todo esse período equivalendo à queda de “4,52%”), desde 2018, antes de acontecer à tragédia do rompimento da barragem de Brumadinho que resultou em números exorbitantes com mortes fatais até o momento. Em Itabira, a Vale produz “41 Milhões” (equivalendo a 39% da produção global dos empregados da mineradora) de toneladas de minério equivalendo a produção anual de “400 Milhões” de toneladas de minério até a fim da exaustão do minério que acontecerá em 2028, do qual a mineradora terá o encerramento das suas atividades minerarias extrativistas no momento. “Mesmo que a Vale [S/A] está acabando o leite e correndo sangue. Mas, está dando o sangue ainda, e se a Vale tiver vergonha na cara ela vinha e fez o Acordo Coletivo [de Trabalho – ‘ACT-2019/2020’] para a cidade de Itabira [-Mg] ela dava uma proposta [de reajuste salarial e benefícios] diferente. Por quê foi a única cidade do estado mineiro que não parou a produção. Todo mundo parou, de menos Itabira parou”, explicou o André Viana.  
            
Em comparação com os lucros de produção extrativista mineraria “pós-tragédia” em Brumadinho. André Viana ainda apresentou novos dados dos lucros brutos líquidos, em que a mineradora faturou durante a tragédia de brumadinho mesmos com os gastos e com os pagamentos das indenizações “extra – judiciais” que foi imposta pela Vale. A mineradora ainda teve um lucro bastante considerável acima do déficit com os familiares das vitimas da tragédia de Brumadinho, sendo que a Vale quebrou o maior recorde de produção histórica em minério de ferro em 2018, do qual a produção  de extração minerária gerou quase “R$12 Bilhões” em caixa em apenas no “3º trimestre” e mais “R$14,5 Bilhões” no “4º trimestre”. Ainda fazendo com que o lucro da empresa crescer em “45,6%”. Mesmo com o crime em Brumadinho com centenas de mortes fatais, o desempenho da mineradora durante o ano de 2019 ainda é bem superior ao ano anterior. A empresa teve um tamanho crescimento na arrecadação e na redução nos custos de produção, fazendo com que o lucro bruto aumentasse “13,5%” durante o “1º semestre”, de 2019 com relação ao ano de 2018. André Viana ainda finalizou dizendo que cada trabalhador produziu incríveis “R$1.022.000” para a Vale em um ano. Isto descontando todos os custos de produção e impostos nos salários dos próprios empregados da mineradora.


Cerca de 1.136 empregados da mineradora participaram em massa da assembleia do Metabase na parte da manhã (Foto/Acom Metabase)

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