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terça-feira, 26 de agosto de 2014

'Estuprei e matei, mas antes a deixei rezar', diz assassino

Menor acusado do assassinato da professora Delaine Guerra (Foto/Silvio Andrade/DeFato)
O jovem que confessou ter matado a professora Delaine Maria Guerra, 50 anos, no distrito de Ipoema, afirmou ontem que, pouco antes de cometer o assassinato, estuprou a mulher e a deixou rezar diante da imagem de Nossa Senhora Aparecida.
 
“Estuprei e matei a professora, mas antes deixei-a rezar diante da imagem de Nossa Senhora Aparecida. Ela disse: ‘Deus, perdoa-lhe, pois [ele] não sabe o que está fazendo”, contou friamente o jovem. Delaine Guerra repetia palavras ditas por Jesus, quando crucificado. Ontem, a Polícia Civil fez a reconstituição da morte da professora, que foi degolada pelo jovem, na época com 17 anos. O crime ocorreu na casa da vítima no dia 14 de junho do ano passado e só está sendo desvendado agora.
 
Às 14h, viaturas – uma delas com o jovem – chegaram à residência onde o crime ocorreu, na rua Joaquim dos Santos, Centro de Ipoema. Ao todo, participaram 25 policiais civis, entre eles, quatro peritos e três delegados, além de investigadores e escrivães de Itabira, Santa Bárbara, Santa Maria de Itabira e Ferros.
 
Antes do início da reconstituição, o rapaz reclamou que está dividindo uma cela no presídio de Itabira com o comerciante Silvano Aparecido Santos, 41, a quem ele acusa de ser o mandante do crime.
 
Após fazerem medições e fotografar a casa por vários ângulos, às 14h52, os peritos começaram a reconstituição. O jovem contou que estava em um barranco de cerca de 20m, observando a chegada da professora, pois sabia que ela estaria sozinha em casa. Aqui, surge uma contradição.
 
Quando prestou depoimento, afirmou que Delaine Guerra estava com o namorado e esperou que ele saísse e somente depois a atacou. Ontem, ele disse que o homem não esteve na residência.
 
O jovem passou pelos fundos da casa e abordou a mulher na porta da cozinha, já pegando uma faca na pia.
 
O rapaz disse aos delegados que levou a mulher para copa e que iria matá-la. Neste instante, a professora pediu para ir até a sala e rezar. Friamente, ele contou aos policiais que em frente à estante de livros, Delaine Guerra se ajoelhou diante da imagem de Nossa Senhora Aparecida e rezou: “Deus, perdoa-lhe, pois [ele] não sabe o que está fazendo”.
 
Em seguida, a levou para o quarto e a estuprou. Segundo o jovem, um outro homem também teria violentado Delaine Guerra. Depois, o jovem matou a professora, com um golpe no pescoço, no corredor da casa.
 
O delegado Paulo Henrique Moreira Campos, que preside o inquérito, e uma perita pediram que toda cena dentro da casa fosse repetida. A repetição revelou contradições do jovem.
 
O trabalho foi encerrado por volta das 17h. Hoje, a polícia fará uma acareação entre o jovem e Silvano Aparecido. Uma coletiva de imprensa está marcada para amanhã, quando os delegados falarão sobre o caso.
 
 
Fonte: Jornal Diário de Itabira 

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