José Wilker (Foto/Reprodução/Instagram)
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É o último filme dele, inédito na TV e o único que ele dirigiu.
Obituário - Barreto:
'A grande paixão de Wilker era o cinema'
Por Jorge Antonio Barros
Por Jorge Antonio Barros
O produtor de cinema Luiz Carlos Barreto afirmou que, com a morte de José
Wilker, perdeu não só o ator, mas o amigo e conterrâneo do Ceará.
-- A gente perde muito com a morte do Wilker. Como diz Elisabeth Bishop, no
filme "Flores raras", de Bruno Barreto, a gente se entristece com as perdas e se
alegra com os ganhos. E Wilker nos proporcionou muitos. Era um grande ator
multimídia, mas sua grande paixão era o cinema -- afirmou Luiz Carlos Barreto,
em entrevista ao nosso blog.
Barreto foi o produtor de "Dona Flor e seus dois maridos", que teve José
Wilker no papel de Vadinho, o morto que volta do além para atazanar a viúva
(Sônia Braga) já de marido novo (Mauro Mendonça). Lançado em 1976 e relançado
dois anos depois, o filme é o campeão brasileiro de bilheteria com a marca de 11
milhões de espectadores.
Adeus ao ator - Wilker estreou no cinema em 'Soçaite de Baby Doll'
Por Ancelmo Gois
O escritor Flávio Moreira da Costa lembra de um momento especial com José
Wilker:
Da série "Pouca gente sabe": Zé Wilker e eu (como assistentes do
assistente de direção), e ainda Marieta Severo (como atriz) começamos juntos no
filme "Soçaite em Baby Doll", de Waldemar Lima (fotógrafo de "Deus e o Diabo") e
Luiz Carlos Maciel, de 1965. Infelizmente parece que não existe nem uma cópia do
filme. Wilker era magérrimo, tinha chegado de Recife fugindo do golpe, e assim
que as filmagens terminaram, arrumaram um outro bico numa outra filmagem: ele
era duríssimo. Com o tempo, e seu trabalho, construiu sua vida e sua carreira.
Obituário - Lucy
Barreto:'Wilker era muito conhecido no exterior'
Lucy Barreto, produtora de cinema, lembrou quando Wilker foi reconhecido nas
ruas de Londres por seu personagem Vadinho, de "Dona Flor e seus dois maridos",
de Bruno Barreto.
É a uma perda enorme. Wilker é considerado um dos maiores atores
brasilelros e provavelmente um dos mais conhecidos no exterior. Eu mesma vi ele
sendo reconhecido nas ruas de Londres e de Nova York, após os lançamentos de
"Dona Flor e seus dois maridos" e "Bye Bye Brasil".
Televisão - Wilker na calçada da fama
Por Jorge Antonio Barros
José Wilker foi o entrevistado do Vídeo Show, da TV Globo, na quarta-feira passada. O programa
se transformou numa plateia de cinema em homenagem à ligação de Wilker com a
sétima arte. Na conversa com Zeca Camargo, Wilker disse que foi um mico sair nu
em "Dona Flor e seus dois maridos", uma das maiores bilheterias do cinema
nacional, lançado em 1976, dez anos após o livro homônimo de Jorge Amado.
Adeus a Wilker - Zuenir: 'Wilker foi ator, diretor e pensador'
Por Jorge Antonio Barros
"Estou em estado de choque". Assim o escritor e jornalista Zuenir Ventura
recebeu a notícia da morte do ator José Wilker, com quem dividiu uma mesa de
debates sobre os 50 anos do golpe militar, no dia 17 do mês passado. O evento
foi realizado na Casa do Saber O GLOBO. Eles falaram sobre a censura à imprensa
e às artes no regime militar.
Em entrevista ao nosso blog, Zuenir lembrou da atuação de Wilker no
debate:
"Ele fez uma brilhantíssima apresentação, relembrando fatos, e falando da
cultura brasileira naquela época e hoje. Wilker conciliou a atividade de ator,
diretor, pensador e crítico da realidade cultural brasileira. Afirmou Zuenir.
Obituário - José Wilker e a política
Por Jorge Antonio Barros
No dia 17 de março passado, José Wilker participou da mesa da estreia do
Ciclo Ditadura, realizado pela Casa do Saber O GLOBO. Participaram do debate
sobre os 50 anos do golpe militar Zuenir Ventura e José Casado, com mediação de
Luiz Antônio Ryff, diretor de conteúdo da casa. Em entrevista ao nosso blog,
Wilker fez um desabafo, que revela sua desilusão com a política hoje.
Em resposta a Ryff, Wilker reconheceu que está em curso um processo de
despolitização da classe artística no Brasil, em contraste com anos anteriores e
até mesmo o período da arte engajada, durante a ditadura militar. No primeiro
debate Ciclo da Ditadura, realizado ontem na Casa do Saber, na Lagoa, Wilker
disse que a despolitização também é consequência das reformas realizadas pela
ditadura e pelo governo de hoje.
_A política partidária não favorece
nem a cultura e nem a educação. Afirmou Wilker, criticando a divisão do
Ministério da Educação e Cultura.
O ator criticou tamém aqueles que
pensam que o acontece na política não lhes diz respeito. Ele contou que há cerca
de dois anos um pequeno grupo de artistas começou a se reunir para discutir
política e entender o que está acontecendo no país.
Fonte: blog oglobo.globo.com/rio/ancelmo
Fonte: blog oglobo.globo.com/rio/ancelmo
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