Douglas Freire (Foto/Divulgação)
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Temos a nossa frente mais uma importante página da história do país a ser escrita: a eleição presidencial. É necessário que tenhamos sem influências (principalmente da mídia – que muitas vezes é superficial), a visão realista sobre os fatos e acontecimentos que se deram na última década no Brasil. Vamos sucintamente abordar alguns exemplos que nos proporcionará esse ângulo diferenciado para reflexão.
Talvez muitos dos jovens entre 16 e 20 anos (que vão votar para presidente da república em 2014) não lembram de como era o Brasil há 10 anos atrás, mas, basta fazer essa pergunta aos parentes ou a pessoas de sua confiança com idade pouco superior, para constatar ou não os relatos que seguem.
A parcela mais simples da sociedade brasileira – grande maioria, classificada como pertencente a classe social ‘C’ – ‘D’ – ‘E’ não tinha as mesmas condições que hoje as pessoas que compõe esse mesmo enquadramento econômico tem. Ter um carro próprio, TV a cabo em casa, poder comprar um pacote de viagem – inclusive utilizando o meio de transporte aéreo como opção, acesso aos estudos seja técnico ou superior, itens de beleza como perfumes e cremes, telefone, computador e internet, máquina de lavar roupas, entre outras tantas possíveis citações, eram coisas que somente os ricos ou, privilegiados economicamente podiam ter.
E o que dizer da dificuldade imensa que era para conseguir um trabalho digno (com todos os direitos trabalhistas sendo respeitados), como também, o aspecto de alimentação era muito limitado; por exemplo entre vários itens, as pessoas que não tinham uma condição econômica privilegiada, só conseguiam ter carne no cardápio doméstico apenas uma, duas vezes no mês. Sabemos que ainda se faz necessário melhorias em diversas áreas como saúde, serviços, segurança, carga tributária e infraestrutura no país. Entretanto, não podemos negar que o foco de prioridades em comparação com o que era antes, mudou. O que evidência uma evolução onde, todas as classes sociais saíram de algum modo ganhando.
Ouço às vezes de alguns cidadãos que com muito trabalho, dedicação e inteligência, alcançaram um patamar importante de vida (como donos de supermercados, lojas, ou mesmo proprietários de sítios e fazendas), que se dizem contra o atual modelo de gestão do Brasil. Não entro no mérito até porque, cada um tem sua opinião e enxerga as coisas por ângulos diferentes. Mas, como apenas um jovem de 23 anos, penso que na verdade a dificuldade da mão de obra em determinadas áreas e funções, é latente pela falta de condições adequadas do trabalho, incentivos e uma valorização maior do bom profissional, além do modo como se gerencia os recursos humanos. Um caseiro de sítio, com seus direitos trabalhistas assegurados, tendo remuneração de 4 mil reais por mês, será que não teria mão de obra?
Enfim... Compartilho uma analogia modesta para sua percepção leitor: Se numa escala de 0 a 10, o Brasil conseguiu chegar por exemplo, no 3, o que será melhor agora: seguir em frente para gradativamente avançar cada vez mais, ou abraçar a possibilidade real de voltarmos ao número 2 – onde a economia era estagnada, a distribuição de renda e de oportunidades se fazia para poucos, os comércios ficavam sempre vazios e o desemprego batia altas taxas?
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