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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Infraestrutura: Seminário discute engenharia pública e planejamento urbano


Da esquerda para direita Secretário Municipal de Obras Sebastião Lourenço Ayres, Presidente da Asseag Maria das Graças de Oliveira Lage, Prefeito Municipal Damon Lázaro de Sena (PV), Comandante do Corpo de Bombeiros Sargento Sávio Araújo e do representante do Crea/Itabira Francisco Bernardino (Foto/Ascom Ita)

Promovido pela Prefeitura de Itabira, Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos (Asseag) e Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG), o seminário de Engenharia Pública reuniu profissionais ligados ao setor e autoridades municipais. O evento aconteceu durante a manhã de quinta-feira (12), no auditório da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. O programa de Engenharia Pública pretende estabelecer parcerias entre poder público e setores organizados para que sejam oferecidos à população de baixa renda serviços relacionados à regularização dos imóveis gratuitamente. 
 
O Vereador Antônio Gonçalves Fernandes da Silva "Toninho da Pedreira" (PROS), representou o Presidente da Câmara Municipal Rodrigo Alexandre Assis Silva “Digere” (PV)  no Seminário de Engenharia Pública (Foto/Ascom Ita) 
  
A abertura oficial contou com a presença do prefeito Damon Lázaro de Sena, do secretário municipal de Obras Sebastião Lourenço Ayres, da presidente da Asseag Maria das Graças de Oliveira Lage, do comandante do Corpo de Bombeiros sargento Sávio Araújo e do representante do Crea/Itabira Francisco Bernardino. Posteriormente, o vereador Antônio Gonçalves Fernandes da Silva participou do seminário como representante da Câmara Municipal.

“Essa é mais uma ação de governo que faz com que a população tenha acesso aos serviços da Prefeitura. Queremos que as coisas aconteçam dentro da legalidade. A população que necessita terá essa assistência, mas não podemos permitir que pessoas que tem poder econômico para pagar pelos projetos venham usar esse serviço de forma irregular”, afirmou o prefeito. Ele acrescentou que também é necessário conscientizar os habitantes. “Cada um precisa aprender sobre suas obrigações. A possibilidade de atendermos a população com essa Engenharia Pública nos vislumbra a possibilidade de economizar gastos que faríamos, muitas vezes, por falta de conscientização quanto ao local para onde deve ser dirigida a água pluvial, o esgoto, entre outros”. 
 
O engenheiro civil e presidente da Federação da Associação dos Engenheiros e Agronomia de Minas Gerais (Faea-MG) Jean Marcus Ribeiro, ministra a palestra (Foto/Ascom Ita)
 
O engenheiro civil e presidente da Federação da Associação dos Engenheiros e Agronomia de Minas Gerais (Faea-MG), Jean Marcus Ribeiro, ministrou a palestra “Alianças pela urbanicidade”. “É um conceito novo e importante que já foi aplicado e é viável”, afirmou. Ele destacou que a execução do projeto envolve o poder público e a sociedade civil organizada. “É importante os segmentos da sociedade se envolverem para solucionar as questões urbanas”, disse.

Segundo o presidente da Faea, o projeto prevê uma parceria entre a associação de engenharia local e o Município visando a organização urbana, a segurança dos imóveis e de seus moradores, o bem-estar coletivo e o equilíbrio ambiental. “Não podemos continuar construindo sem planejamento”, ressaltou. Orientar os cidadãos e auxiliar a verificação do cumprimento das normas previstas no Estatuto da Cidade são alguns dos objetivos do trabalho conjunto. A parceria é concretizada após a discussão e aprovação de uma Lei Municipal autorizativa, elaboração do convênio de mútua cooperação e do plano de trabalho.  
 
 
O engenheiro Cassius Malagutti, que foi secretário de
Planejamento na cidade, apresentou  seu depoimento
(Foto/Ascom Ita)
O “Alianças pela urbanicidade” foi aplicado em São Sebastião do Paraíso (MG). O engenheiro Cassius Malagutti, que foi secretário de Planejamento na cidade, apresentou seu depoimento. Ele disse que os gestores tinham dificuldade de ordená-la urbanisticamente. Apontou que as edificações irregulares geram habitações de baixa qualidade, reduz a qualidade de vida da população, deteriora a paisagem urbana, desvaloriza os imóveis e reduz a arrecadação de taxas e impostos. Nos períodos chuvosos, aumenta-se o registro de queda de imóveis e deslizamentos de encostas ocupadas irregularmente. 

Ele mostrou fotos de como era a cidade antes do projeto: prédios com fissuras, tapumes fechando 100% das calçadas, entulhos nas calçadas, queimadas em área urbana, terrenos sem calçadas, disposição de lixo em locais inadequados, entre outros problemas. Depois, exibiu o vídeo mostrando as mudanças ocorridas no município após a execução do projeto.

“A Faea auxilia o município na redução de construções irregulares, ter terrenos e calçadas mais limpas, proporcionando uma cidade mais ordenada”, disse Cassius Malagutti. Outro ponto destacado foi a agilização dos processos de regularização dos imóveis (aprovações de projetos, por exemplo). A assistência técnica é oferecida a pessoas de baixa renda após avaliações do setor de Ação Social. 
 
Público presente durante o seminário de Engenharia Pública (Foto/Ascom Ita)
  
Ao final da palestra, o público pôde tirar dúvidas e fazer considerações a respeito da proposta.  Damon Lázaro de Sena demonstrou entusiasmo e interesse em implantar o projeto em Itabira, pois, segundo ele, a cidade precisa ser bem estruturada para receber o plano de diversificação econômica. “Saber que isso aconteceu em uma cidade de Minas Gerais é uma satisfação maior ainda”, ressaltou. O prefeito lembrou ainda que é necessário evoluir de forma sustentável para que as futuras gerações tenham qualidade de vida.

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