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sábado, 2 de fevereiro de 2019

Tragédia em Brumadinho – A ganância fala mais alto! “O ser humano está sendo tratado num processo economicista como se ele fosse coisa”, desabafou o Carlos Estevam

Absurdo e vergonhoso por parte da Vale! “Então, não é levado em consideração o ser humano mais, é o lucro, essa e a visão do capital”, lamentou o Cacá


Vice-presidente do Sindicato Metabase, Carlos Estevam "Cacá" e as lideranças sindicais, e voluntariados discutem soluções para impor a segurança sobre o rompimento da barragem do Itabiruçu (Foto/Heitor Bragança)   

De acordo com o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Extração do Ferro e Metais Básicos de Itabira e Região (Metabase) Carlos Estevam “Cacá”, ele falou das providencias que serão tomadas com relação ao rompimento da barragem da Vale na mina Córrego do Feijão, em Brumadinho-Mg que aconteceu na tarde desta sexta-feira (25). Onde as lamas do rejeito de minério invadiram as áreas operacionais da mineradora, e também nas regiões das zonas rurais que ficam nas proximidades da mineradora também foi invadida pela lama do rejeito de minério que destruíram casas e residências que ficaram soterradas com vítimas fatais que sobreviveram durante a tragédia em Brumadinho que foram localizados pelo Corpo de Bombeiros, no local com; 121 mortos, 94 pessoas identificadas; 226 desaparecidos, 176 desalojadas, 192 resgatados, 395 localizados até agora. Sendo que as vitimas do rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão ainda estão desaparecidas neste momento após a tragédia em Brumadinho, do qual as lamas do rejeito de minério que foram dragadas durante o despejo dentro da barragem que estourou durante o rompimento que acabou invadindo as casas e residências que ficaram soterradas com destroços que resultaram em mortes e desaparecimentos das pessoas que são vitimas fatais desta tragédia em Brumadinho.

Vice-presidente do Metabase, Carlos Estevam "Cacá" (Foto/Heitor Bragança)   
“Nós temos aqui em Itabira barragens de 40 anos, e em outras cidades nós temos barragens também antigas [há mais de décadas]. Eu tive a oportunidade em um determinado momento da minha vida profissional, no principio quando eu entrei pra Vale. Algum conhecimento sobre barragem; batimetria, piezômetros hidráulicos, piezômetros abertos que são as formas de monitoramento. Mas, ainda já está claro que tornou-se insuficiente apenas isto pra poder monitorar um possível risco igual que aconteceu nessa barragem que estava há três anos em besouros, ali em Brumadinho. Nós, queremos exigir que a empresa tem uma tratativa mais séria em relação a isto. Por quê a gente pode observar a maioria das barragens que eu conheço. Elas ficam acima das áreas habitadas, e o risco com isto, e é isso que nós estamos vendo esse resultado lamentável que aconteceu agora de novo lá em Brumadinho [-Mg]”, contou.

Em reunião de ultima hora deste sábado (26), no auditório “José Felipe Adão”, na sede do Sindicato Metabase. Carlos Estevam afirmou que o movimento é para discutir e debater sobre as atitudes que serão tomadas após a tragédia ocorrida em Brumadinho, e sabendo que ainda as barragens de Itabira-Mg também poderão acontecer à mesma tragédia que aconteceu em Brumadinho. Como em Mariana-Mg que também teve o rompimento da barragem de Fundão no subdistrito de Bento Rodrigues no dia 6 de novembro de 2015 que completou 4 anos no ano passado após a tragédia que resultou 18 mortes com 1 corpo desaparecido que não foi localizado sequer até o momento após o rompimento da barragem de Fundão durante a dragagem do rejeito de minério  que eram despejados dentro da barragem, do qual; a Samarco Mineração S/A,  Vale S/A; são mantenedoras da mineração  em conjunto com a Anglo Australiana BHP Billiton que integram a Fundação Renova.  Que resultou 18 mortos e 1 desaparecido após a tragédia em Mariana. Em Brumadinho, 192 pessoas escaparam da avalanche das lamas do rejeito de minério que deixou as casas, residências, ônibus e automóveis com pessoas mortas e soterradas, e também desaparecidos durante o rompimento da barragem de Brumadinho, do qual os funcionários das empresas terceirizadas que são contratadas da Vale também morreram e desapareceram durante o horário de trabalho na área operacional da mineradora durante o rompimento da barragem de brumadinho na mina Córrego do Feijão.

“Então, o propósito desse encontro que a gente vai trabalhar no sentido de ampliar por que existe um clamor nacional em cima do tema, e esse clamor é justo. Por que vidas foram perdidas, e famílias perderam pessoas. O ser humano está sendo tratado num processo economicista como se ele fosse coisa. Então, não é levado em consideração o ser humano mais, é o lucro, essa e a visão do capital. E então, nós queremos reverter essa máxima do capital e colocar o ser humano em primeiro lugar por que de fato é o ser humano que importa. Nós, como trabalhadores, como moradores de também cidades mineradoras, como pessoas envolvidas de uma forma ou de outra podemos ser atingidos por essas tragédias e outras mais, e não só as questões das barragens. Nós temos aqui representantes de vários segmentos também que não estão ligados diretamente com a questão da barragem. Talvez a gente tem que discutir pra frente outros temas que não só barragem. Mas, o imediato esta proposto está para resolver essas questões relativas com relação a barragem”, defendeu.                              
                    
Lideranças sindicais e representantes das entidades locais
participam da primeira reunião emergencial apos o rompimento
da barragem de Brumadinho (Foto/Heitor Bragança)    
Durante a reunião de ultima hora com as lideranças sindicais e voluntariados das entidades, Carlos Estevam e os dirigentes sindicais ouviram todos os membros e os colegiados que estiveram presente nesta primeira reunião emergencial para poder tomar as devidas providencias durante os relatos dos membros da diretória da classe sindical, e também dos voluntariados das entidades sobre a tragédia da barragem de Brumadinho que resultou vitimas fatais e pessoas desabrigadas que tiveram as suas casas e destruídas com os seus bens e pertences durante o rompimento da barragem. Sendo que todas as lideranças sindicais e voluntariados das entidades mostraram toda a disposição para desempenhar todas as ações voluntarias para a localização das vitimas que se encontram mortas, desaparecidas e soterradas após a tragédia em Brumadinho, e eles ainda garantiram em dar todo o suporte e a assistência aos familiares das vitimas da tragédia que ocorreu em Brumadinho. No início da reunião Carlos Estevam ainda relembrou de outras tragédias como a de Mariana-Mg que foi uma grande catástrofe muito histórica na cidade, e causou uma enorme destruição da parte da cidade. Com o intuito de criar os movimentos populares “a curto, a médio e a longo prazo” para fazer todas as apurações das investigações da causa do rompimento da barragem do brumadinho para poder cobrar todas as devidas providencias da mineradora.  

“A gente percebe que está bem diversificado aqui a comunidade. Que é um momento muito voluntário de participar e contribuir. Que é um momento [mais] difícil que nós estamos passando pela quinta vez na Vale. Outras tragédias já aconteceram, e essas tragédias não são reportadas. Hoje, deu muita repercussão [muito grande] por se tratar como [a tragédia de] Mariana [de 2015] foi muito grande. Embora, não tenha dado ou ter surtido efeito necessário de mitigação dos riscos. Houve uma omissão muito grande, e as pessoas confiando que as medidas corretivas haviam sido tomadas. A empresa [Vale] colocando que usando uma das melhores condições de tecnologias de monitoramento e muito mais. Que as populações pudessem ficar tranquilas que não aconteceria mais. E gente sabe que esse modelo de barragens, é um modelo já ultrapassado e obsoleto”, relembrou.

Outro ponto foi relembrado à implantação do “Plano de Contingência” durante a reunião do Conselho Municipal de Meio Ambiente (Codema) que foi aprovado pelo colegiado durante o primeiro ano de governo do ex-prefeito Damon Lázaro de Sena (PV). Em entrevista a imprensa Carlos Estevam, ele afirmou que ainda pretende discutir e tirar todas as ideias para o desempenho das ações sobre o rompimento das setes barragens do; Pontal, Santana, Itabiruçu, Conceição, Dona Rita, Cumbucal, Rio de Peixe; de Itabira, do qual se encontram instaladas dentro da mineradora  há mais de décadas. Carlos Estevam ainda afirmou pretende dar todo o pontapé inicial para fazer tudo o que está sendo discutido, de forma ativa para a implementação da elaboração dos processos de exploração e de segurança nas principais barragens de rejeitos de minérios como; Conceição, Itabiruçu e Pontal; onde são depositados todos os rejeitos de minérios durante a dragagem na mineradora dentro das minas; Conceição, Periquito e Cauê; e em diversas áreas operacionais da mineradora diariamente.

Ainda evitando o rompimento destas barragens que são mais críticas e movimentadas pela mineradora durante as atividades operacionais nas minas. Sendo que três  itabiranos mortos que são vitimas desta catástrofe durante o rompimento da barragem da mineradora, na mina Córrego do Feijão, em Brumadinho até o momento. Com o propósito de elaborar a carta aberta e também o pedido de uma Comissão Parlamentar do Inquérito (CPI) especifica para poder apurar todas as irregularidades sobre o rompimento de barragem, em Brumadinho, e também com a preocupação com a barragem do Itabiruçu, em Itabira. Sabendo que a responsabilidade ainda será maior devido às obras de alteamento da barragem que acontecerá ainda pela frente, da qual a carta será circulada em todo o território nacional. Até que a carta aberta chegue às mãos dos governos estadual e federal para poder tomar todas às providencias cabíveis com relação ao rompimento da barragem de Brumadinho. 

“Nós, estamos debatendo aqui hoje, é a questão da precariedade da forma como que o minério é tratado em forma de roupa. Tem outras formas podem mitigar isso. Por exemplo; filtragem a seco, e existem [ainda] a tecnologia de filtragem de decomposição a seco. Várias formas que podem ser utilizados a não ser dessa forma. Que ela tem uma vantagem muito grande de que o impacto ambiental ele é muito menor na decomposição a seco. A lei não tem perigo, e tem um impacto ambiental que se desmata excedores de matas virgem e muito mais pra repor minério. Mas, tem a questão da segurança, e tem que se levar em conta essa decomposição a seco ela não traz isso dessa amonta. Aqui nós estamos tirando uma proposta da Cpi [Comissão Parlamentar do Inquérito], e dentro desse trabalho que a gente vai fazer nós vamos exigir a Vale a recomposição a seco. É uma composição menos criminosa do que é feita hoje”, concluiu.                      
      


Veja o vídeo da reportagem do Jornal Minas, da Rede Minas: 





Agora, veja o vídeo do pronunciamento e da entrevista coletiva do presidente da Vale Flávio Schwazrtman, na íntegra:





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