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terça-feira, 15 de outubro de 2013

REINVINDICAÇÃO:


TRABALHADORES DECIDEM QUE SÓ A LUTA  ARRANCA PROPOSTA DECENTE!
 
15/10/2013
 
  
Trabalhadores insatisfeitos com o acordo coletivo proposto pela Vale (Foto/Metabase/Arquivo/Divulgação)  

Na assembleia realizada segunda-feira, 14 de outubro, os trabalhadores mostraram sua grande insatisfação com a proposta da Vale para o Acordo Coletivo de Trabalho. E não poderia  ser diferente, pois, de fato, ela é uma tremenda porcaria. Não valoriza a mão de obra qualificada e só desmotiva os empregados. Por esses motivos, muitos trabalhadores da Vale migraram para outras empresas que oferecem melhores salários e condições de trabalho e respeitam os trabalhadores. 
 
Até o momento, as negociações sinalizam que a empresa quer fechar o pior acordo dos últimos dez anos. Por isso propõe a mixaria de 5% que sequer repõe a inflação dos
últimos doze meses. Na prática, isso significa uma perversa diminuição do salário real, pois joga na lata de lixo a produtividade dos trabalhadores nos últimos dois anos.
 
Na próxima negociação,  22 e 23 de outubro, a intenção da Vale é dar uma pincelada mentirosa na contraproposta, impor goela abaixo dos trabalhadores o arrocho salarial e encerrar o acordo.
 
Mas os trabalhadores deixaram claro na assembleia que não aceitam esse autoritarismo, que estão dispostos a ir à luta para arrancar da Vale uma proposta digna e fizeram, por escrito, várias propostas de mobilização. 
 


Mercado prevê “resultados fortes” no 3º trimestre;  mesmo assim Vale insiste em arrochar os trabalhadores

Receita de 12,9 bilhões de dólares e lucro líquido de 3 bilhões  estão entre os números esperados
 
Mina da Conceição (Foto/Vale/Arquivo/Divulgação)
  
Cai mais uma máscara da Vale. Enquanto a empresa choraminga lágrimas de crocodilo com os trabalhadores sobre dificuldades econômicas e financeiras, os analistas de mercado veem a situação completamente diferente.  

“Esperamos um trimestre forte, o melhor desde 2011”, afirmam os analistas da corretora Citi. De acordo com as previsões, a receita da Vale de julho a setembro deverá ser de 12,9 bilhões de dólares e o lucro líquido ficará na casa de 3 bilhões de dólares. Entre as razões para isso, estariam o aumento nas exportações e a alta do preço do minério de ferro. Para completar a boa fase, a Citi ainda aposta que as vendas da Vale crescerão 11% em relação ao segundo trimestre e 2% em comparação com a mesma época do ano passado.  

Não dá, portanto, para cair na cantilena da chefia de que a Vale perdeu valor de mercado e que não há condições de avançar na proposta. Pura balela. A Vale tem plenas condições de atender as reivindicações econômicas dos trabalhadores. Mas insiste em arrochar os salários para aumentar ainda mais os seus lucros à custa da exploração dos empregados. Mais uma prova de que é uma empresa rica, mas não valoriza os trabalhadores. 


NA NEGOCIAÇÃO DOS DIAS 22 E 23 DE OUTUBRO VAMOS EXIGIR UMA PROPOSTA DECENTE!

Empregados da Vale vão para o trabalho exercerem as suas atividades insatisfeitamente com os seus defasados salários (Foto/Metabase/Arquivo/Divulgação)

Quem luta conquista
 
Metalúrgicos: 8% de reajuste
Empregados dos Correios: 8% de reajuste
Bancários: 8% de reajuste, elevação de 10% na parcela fixa da PLR e 8,5% de reajuste no piso salarial


Dissídio

Presidente do Sindicato Metabase Paulo Soares é orientado pelos empregados da Vale para ajuizar o dissídio coletivo(Foto/Metabase/Arquivo/Divulgação)  

Na assembleia, diante da intransigência da Vale, alguns trabalhadores sugeriram que o Metabase ajuizasse dissídio coletivo no TST – Tribunal Superior do Trabalho. Ocorre que com a promulgação da Emenda Constitucional nº 45 em 2004 há muita dificuldade para solicitar a interferência do TST nas negociações. Uma delas é que o pedido só é aceito se ambas as partes, ou seja, sindicato e empresa estiverem de acordo em ajuizar o dissídio. Além disso, o TST só acata a solicitação após o “esgotamento de negociação prévia”.
 
 

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